Dom Hilario González García, Bispo de Saltillo, no estado mexicano de Coahuila, denunciou um novo roubo da Eucaristia em sua diocese. Com o comunicado, o prelado avisou que o roubo ocorreu na madrugada desta segunda-feira, 8 de janeiro, na igreja de São Francisco, na cidade de Saltillo e alertou que o ladrão foi automaticamente excomungado. O bispo indicou que o roubo foi realizado “arrombando a ferragem que protegia uma das janelas” do templo. Uma vez lá dentro, observou ele, “de lá retiraram indevidamente dois tabernáculos: um que estava fora de uso e ficava na sacristia, e outro que ficava no presbitério, que reservava as Sagradas Formas Eucarísticas num cibório”. Dois outros utensílios litúrgicos foram roubados. O roubo soma-se ao ocorrido no dia 25 de novembro de 2023 na capela do Sagrado Coração de Jesus, na periferia da cidade, onde também foi furtado o cibório com o Santíssimo Sacramento. Na ocasião, Dom González também advertiu que o autor do roubo havia sido excomungado. O prelado mexicano lembrou também que, segundo o Código de Direito Canônico, a lei da Igreja Católica, os lugares sagrados são violados quando, para escândalo dos fiéis, neles são cometidos atos gravemente lesivos que, na opinião do Ordinário de o local, são de tal gravidade e são tão contrários à santidade do local, que o culto não pode ser exercido ali até que a lesão seja reparada por um rito penitencial conforme os livros litúrgicos. Informações com a ACI.
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Padre italiano excomungado após chamar Papa Francisco de ‘usurpador’
Um padre italiano foi excomungado pelo seu bispo local por dizer numa homilia que o Papa Francisco “não é o papa” e chamá-lo de “um usurpador”. A Diocese de Livorno, na Toscana, emitiu o decreto de excomunhão em 1º de janeiro notificando os católicos de que o Padre Ramon Guidetti “cometeu publicamente um ato cismático” durante a missa e incorreu na “excomunhão tardiae sententiae”, ou uma excomunhão automática. Dom Simone Giusti informou à sua diocese que os católicos não devem assistir a nenhuma missa oferecida pelo padre excomungado ou também “incorrerão na gravíssima pena de excomunhão”. O bispo citou o Cânon 751, que define o cisma como “a recusa da submissão ao Sumo Pontífice ou da comunhão com os membros da Igreja a ele sujeitos”. Em um vídeo enviado ao YouTube, o padre Guidetti chama o Papa Francisco de “usurpador” e “maçom” durante sua homilia proferida em 31 de dezembro de 2023, que marcou o aniversário de um ano do falecimento de Bento XVI. Durante a homilia, o padre ainda negou que o Papa Francisco foi o papa na última década. O padre Guidetti, de 48 anos, atuava desde 2017 como pároco da Igreja de San Ranieri, localizada fora da cidade costeira de Livorno, cerca de 240 quilômetros ao norte de Roma. Conforme um jornal local de Livorno, o bispo local se reuniu com o padre Guidetti antes do Natal para discutir a sua dissidência e procedeu ao decreto oficial de excomunhão após o ato público de cisma do padre em 31 de dezembro. Informações com a CNA.
Santuário de Aparecida aguarda posicionamento da Igreja sobre mosaicos de padre Rupnik
O Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida (SP), está aguardando o posicionamento da Igreja sobre as denúncias de abusos contra o padre jesuíta Marko Ivan Rupnik, para tomar qualquer decisão em relação aos mosaicos que revestem a fachada do templo. Os mosaicos são obra do Centro de Arte Espiritual Aletti, escola dedicada à promoção da arte sacra, fundada pelo padre Rupnik, em Roma, Itália. O padre Marko Rupnik é cofundador da Comunidade Loyola, na Eslovênia, que surgiu na década de 1980 e onde teria abusado de freiras adultas. Em um comunicado de 2 de dezembro de 2022, os jesuítas disseram que, após uma investigação preliminar confiada à Companha de Jesus, a Congregação para a Doutrina da Fé (CDF), da Santa Sé, “considerou que os fatos em questão prescreveram, por isso arquivou o processo no início de outubro” daquele ano. Alguns dias depois, em 14 de dezembro, o superior-geral dos jesuítas, padre Arturo Sosa, confirmou que Rupnik havia sido excomungado em maio de 2020 por ter dado a absolvição, em confissão, a uma das freiras de que abusou. Ela confessou o pecado sexual de que ele era cúmplice, o que acarreta excomunhão. Os jesuítas publicaram uma cronologia do caso Rupnik em 18 de dezembro, segundo a qual, em maio de 2020 a Congregação para a Doutrina da Fé havia, de fato, declarado a excomunhão de Rupnik, mas a sentença foi revogada no mesmo mês. O padre Rupnik está proibido de atender confissões, exercer a direção espiritual e acompanhar exercícios espirituais. Também não pode fazer atividades públicas sem a autorização do seu superior. Em 21 de fevereiro, os jesuítas anunciaram restrições “mais rígidas” contra o padre Rupnik, após novas acusações de abuso que teriam acontecido entre 1980 e 2018. Segundo a Associated Press (AP), os denunciantes seriam 14 mulheres e um homem e seriam “pessoas individuais” e outras “que fizeram parte do Centro Aletti”. Os jesuítas informaram que, após ler o dossiê, o delegado da Delegação para as Casas e Obras Interprovinciais Romanas da Companhia de Jesus (DIR), que é a autoridade sobre o padre Rupnik, padre Johan Verschueren, decidiu “promover um procedimento interno na Companhia onde o próprio padre Rupnik possa dar sua própria versão dos fatos”. Diante deste procedimento e de “forma cautelar”, o superior “reforçou as regras restritivas contra o padre Rupnik, proibindo-o, por obediência, de qualquer exercício artístico público, especialmente em estruturas religiosas”. Em março do ano passado, o santuário de Aparecida inaugurou a primeira parte da obra de revestimento de suas quatro fachadas por mosaicos que representam cenas bíblicas. Segundo o próprio santuário, a “concepção artística” dessa obra “é do Centro de Arte Espiritual Aletti”, fundado por Rupnik. A primeira fachada a ser revestida por mosaicos foi a norte, com cenas do livro do Êxodo. As obras começaram em 2019 e “contaram com o envolvimento direto de 177 profissionais. Entre eles, 27 mosaicistas de diversas nacionalidades, ligados ao Centro Aletti”, disse o santuário na época. Além do santuário de Aparecida, as obras do padre Rupnik e do Centro Aletti estão presente em diversos outros templos no mundo todo, como na capela Redemptoris Mater do Palácio Apostólico, no Vaticano, nos santuários de São Pio de Pietrelcina, na Itália, de Fátima, em Portugal, e de Lourdes, na França. Em 31 de março, o bispo de Lourdes, dom Jean-Marc Micas, disse por meio de um comunicado que os mosaicos do padre Rupnik poderão ser retirados do santuário de Lourdes por causa do sofrimento das vítimas que chegam ao templo em busca de consolação. Segundo ele, uma decisão sobre os mosaicos será tomada neste mês de abril. A próxima fachada a ser inaugurada com mosaicos é a sul. Segundo a assessoria de imprensa do santuário, este mosaico já está aplicado na fachada sul desde outubro de 2022. Mas, a área encontra-se ainda isolada por conta de obras estruturais de reconstrução da colunata sul. Fonte: ACI Digital.