A Diocese de Charlotte, na Carolina do Norte, está no centro de uma controvérsia litúrgica após o anúncio do Bispo Michael Martin de restringir a celebração da Missa Tradicional em Latim (TLM) a uma única capela em Mooresville. Inicialmente prevista para entrar em vigor em 8 de julho, a medida foi adiada para 2 de outubro devido à significativa reação de fiéis e clérigos locais. A decisão de centralizar a TLM em uma capela específica segue as diretrizes do motu proprio Traditionis Custodes, emitido pelo Papa Francisco em 2021, que busca promover a unidade litúrgica na Igreja. No entanto, muitos fiéis expressaram preocupação com a limitação do acesso à forma tradicional da liturgia, que tem uma comunidade ativa na diocese. Em resposta às preocupações, o Bispo Martin afirmou: “Quero ouvir as preocupações desses paroquianos e seus padres, e estou disposto a dar-lhes mais tempo para absorver essas mudanças.” catholicism.org A nova capela em Mooresville está passando por reformas para acomodar os fiéis da TLM e será consagrada para o culto católico. Enquanto isso, um espaço temporário será utilizado para as celebrações. A diocese também planeja nomear um capelão para atender às necessidades espirituais da comunidade tradicionalista. A situação em Charlotte reflete um debate mais amplo dentro da Igreja sobre a implementação das reformas litúrgicas e o lugar da tradição na vida eclesial contemporânea.
Categoria: Atualidade
Crianças cobaias?
No dia 28 de setembro de 2023, morreu Yonatan Moshe Erlichman, um menino israelense de oito anos, depois de sofrer uma parada cardíaca e quase se afogar em uma banheira. Em 2020, quando tinha cinco anos, Yonatan participara de um vídeo de um programa do governo para incentivar a vacinação contra Covid-19 em crianças[1]. A vacina usada em Israel é a de RNA mensageiro, da Pfizer, a mesma que agora está sendo usada no Brasil para vacinar crianças de seis meses a cinco anos desde 01/01/2024, segundo Nota Técnica do Ministério da Saúde[2] sobre o Programa Nacional de Imunização (PNI). A família de Yonatan emitiu uma nota comunicando e lamentando a morte da criança, mas sem fazer qualquer correlação entre o trágico desfecho e a vacina da Pfizer. O caso de Yonatan, porém, não é único. Não só em crianças, mas na população como um todo, tem-se presenciado um aumento de mortes súbitas. Em 02/11/2023, o Distrito Federal havia registrado 39 casos de óbitos por mal súbito naquele ano, 175% a mais do que o notificado no ano anterior (2022)[3]. A taxa de mortalidade infantil nos EUA aumentou pela primeira vez em vinte anos. Entre 2021 e 2022, a taxa passou de 5,44 para 5,60 crianças mortas por 1000 nascidas vivas, o que representa um acréscimo de 3 %[4]. Para discutir a obrigatoriedade da vacinação infantil contra Covid-19, a deputada Bia Kicis (PL-DF) organizou duas audiências públicas na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) da Câmara dos Deputados: uma no dia 08/11/2023 e outra no dia 21/11/2023. Participaram, presencialmente ou “on line”, vários médicos do Brasil e do exterior, todos unânimes em discordar da vacinação compulsória em crianças. Esteve presente também Dr. Eder Gatti, Diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações (PNI), defendendo a posição do Ministério da Saúde. As citações a seguir, diretas ou indiretas, referem-se às falas dos médicos naquelas audiências. Não é uma vacina Segundo Dr. Caio Salvino, farmacêutico bioquímico e microbiologista, não é correto chamar de vacina o imunizante da Pfizer. Enquanto as vacinas clássicas contêm vírus mortos ou atenuados que, inoculados no organismo, produzem anticorpos, a “vacina” da Pfizer age de modo bem diferente. Ela contém uma cadeia de RNA mensageiro (RNAm) que, injetado no organismo, comanda a síntese de uma proteína do coronavírus chamada proteína S (“spike”). O corpo humano, portanto, é levado a sintetizar um elemento estranho (a proteína de um vírus!), contra o qual serão produzidos anticorpos. Concordou com ele Dr. Roberto Zeballos, imunologista, que se recusa a chamar de vacina um imunizante feito por engenharia genética. Não é eficaz Segundo Dr. Francisco Cardoso, infectologista, não há até agora nenhum estudo randomizado duplo cego ensaio clínico que comprove que algum desses imunizantes reduzam a transmissão, o adoecimento, o contágio, a hospitalização ou óbito. A vacinação não impede a transmissão entre seres humanos. O próprio vacinado adoece e pode transmitir o vírus para outros. Todos os estudos feitos até hoje de eficiência / eficácia das vacinas contra Covid-19 medem apenas a imunogenicidade, ou seja, a produção de anticorpos neutralizantes. Ora, os anticorpos dizem no máximo que o organismo tem a intenção de matar aquele corpo. O que se deve medir – e não se mediu – é a redução da carga viral (eliminação viral), que é a resposta efetiva. É desnecessária Dr. Chris Flowers, radiologista britânico, líder de 3000 médicos voluntários que analisaram os documentos produzidos pela Pfizer sobre a “vacina”, disse: “Todos nós, médicos, sabemos que o sistema imunológico das crianças é muito mais robusto que o dos adultos. Há um risco muito baixo de doença grave, hospitalização ou morte”. Segundo Dr. Cássio Guimarães, cardiologista, “crianças sadias e adolescentes de 6 meses a 17 anos” constituem um grupo de “baixa prioridade”, segundo a Organização Mundial de Saúde. “A vacinação desse grupo tem um impacto limitado sobre a saúde pública”. É perigosa Dr. Cássio Guimarães relata que vários estudos mostram que não há correlação entre a Covid-19 e a miocardite (inflamação no coração). Ao contrário, várias pesquisas revelam uma correlação entre a vacina anti-Covid-19 e a miocardite, tendo com resultados morte súbita, taquicardia ventricular e disfunção cardíaca. O mesmo médico diz que a proteína “spike” sintetizada pelo organismo que recebeu o RNAm, causa lesão do endotélio (revestimento dos vasos sanguíneos), que pode resultar em trombose e morte súbita. Dr. Francisco Cardoso confirma: há centenas de estudos, ignorados pelo Ministério da Saúde, constatando danos relevantes à saúde das pessoas, em especial nos imunizantes de RNAm: miocardite, trombose, AVC e danos cerebrais. É obsoleta O manual “Estratégia de vacinação contra a Covid-19 – 2024”[5] traz, na página 8, a bula da “Vacina Pfizer pediátrica (RNAm)”. O princípio ativo da vacina é chamado de Cominarty®, um composto de RNA mensageiro (RNAm) de cadeia simples, embebido em nanopartículas lipídicas, com estrutura 5-cap altamente purificado, produzido usando transcrição in vitro sem células a partir dos modelos de DNA correspondentes, codificando a proteína S (spike) do coronavírus 2 vírus da síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV-2) (Original). Dr. Caio Salvino notou que a bula promete proteção apenas contra a versão original do vírus, ou seja, a cepa de Wuhan, de 2020. Ora, depois da cepa original, houve várias outras, geralmente denominadas por letras do alfabeto grego: delta, gama, ômicron… A criança inoculada pelo imunizante da Pfizer produziria anticorpos contra o “spike” do vírus Wuhan, que é uma cepa ancestral. A presença de tais anticorpos não comprova imunidade contra a ômicron em todas as suas subvariantes, sublinhagens e recombinantes. Em outras palavras, o Ministério da Saúde quer obrigar os pais a imunizar suas crianças contra um vírus que não está mais em circulação. Conclusão Terminamos com as palavras de Dr. Chris Flowers: “Vamos proteger nossas crianças. Elas não são ratos de laboratório! Não vamos usar algo que causa mais danos do que benefícios”. Anápolis, 9 de fevereiro de 2024. Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz Vice-presidente do Pró-Vida de Anápolis. [1]https://www.israelnationalnews.com/news/377612 [2] NOTA TÉCNICA Nº 118/2023-CGICI/DPNI/SVSA/MS, de 14/12/2023. https://sbim.org.br/images/files/notas-tecnicas/nt-1182023-cgic-dpni-svsa-ms.pdf [3] https://www.metropoles.com/distrito-federal/em-2023-mortes-por-mal-subito-aumentaram-mais-de-178-no-df [4] https://www.cdc.gov/nchs/data/vsrr/vsrr033.pdf [5] https://www.gov.br/saude/pt-br/vacinacao/publicacoes/estrategia-de-vacinacao-contra-a-covid-19-2013-2024
Cresce a espiritualidade de martírio na Nigéria
2023 foi um ano difícil para o Ir. Peter Olarewaju, postulante do Mosteiro Beneditino na Diocese de Ilorin, na Nigéria. Ele foi sequestrado com duas pessoas do mosteiro e sofreu diversos tipos de tortura. Ele observou seu companheiro, o Ir. Godwin Eze, ser assassinado. Após libertado, o Ir. Olarewaju disse que o seu sequestro foi uma bênção, pois fortaleceu a sua fé. “Estou preparado para morrer como mártir neste país perigoso. Estou pronto a qualquer momento para morrer por Jesus. Sinto isso muito fortemente”, disse numa entrevista à ACI África em 26 de novembro de 2024, dias após ter sido liberto. O testemunho do monge não é um caso isolado na Nigéria, onde os raptos contra seminários e outros locais de formação têm aumentado. Embora algumas vítimas dos raptos tenham sido mortas, aqueles que sobreviveram à provação partilharam que regressaram mais fortes e prontos para morrer pela sua fé. O seminarista Melchior Maharini, um tanzaniano sequestrado com um sacerdote da comunidade dos Missionários da África (M.Afr./Padres Brancos) na Diocese Católica de Minna, na Nigéria, em agosto do ano passado, disse que o sofrimento que suportou durante as três semanas em que esteve mantido em cativeiro fortaleceu sua fé. “Senti minha fé ficar mais forte. Aceitei a minha situação e entreguei tudo a Deus”, disse o seminarista à ACI África em 01 de setembro de 2023. Muitos outros seminaristas na Nigéria foram raptados por militantes do Boko Haram, pelos Fulani e por outros grupos de bandidos que operam na nação mais populosa de África. Em setembro do ano passado, o seminarista Na’aman Danlami foi queimado vivo num incidente de sequestro mal sucedido na Diocese de Kafanchan. Poucos dias antes, o seminarista Ezekiel Nuhu, da Arquidiocese de Abuja, que fora passar férias no sul de Kaduna, foi sequestrado. Em outubro de 2021, o Seminário Maior Cristo Rei da Diocese de Kafanchan foi atacado e três seminaristas sequestrados da instituição. E em agosto do ano passado, o seminarista David Igba narrou à ACI África como encarou a morte quando um carro em que viajava a caminho do mercado em Makurdi foi baleado por pastores Fulani. Num dos ataques que atraíram a condenação global em 2020, o seminarista Michael Nnadi foi brutalmente assassinado após ter sido raptado com três pessoas do Seminário Maior Bom Pastor, na Diocese Católica de Kaduna. Os responsáveis pelo sequestro confessaram que mataram o seminarista Nnadi porque ele não conseguia parar de pregar para eles, chamando-os destemidamente à conversão. Após o assassinato do seminarista Nnadi, seus companheiros que sobreviveram ao sequestro seguiram para o Seminário Maior Santo Agostinho em Jos, no estado de Plateau, na Nigéria, onde corajosamente continuaram sua formação. À medida que a perseguição cristã se intensifica na Nigéria, os formadores dos Seminários do país partilharam com a ACI África uma espiritualidade emergente nos Seminários Nigerianos que muitos podem achar difícil de compreender: A espiritualidade do martírio. Os formadores afirmam que na Nigéria aqueles que iniciam a formação sacerdotal são continuamente levados a compreender que a sua vocação implica agora estar prontos para defender a Fé até a morte. Mais do que nunca, os seminaristas são lembrados de que devem estar prontos para enfrentar perseguições, incluindo a possibilidade de serem raptados e até mortos. Pe. Peter Hassan, Reitor do Seminário Maior Santo Agostinho, na Arquidiocese de Jos, no estado de Plateau, disse que os Seminários, assim como a sociedade nigeriana, aceitaram a iminência da morte por serem cristãos. Ele acha reconfortante ver cada vez mais jovens matriculados na formação sacerdotal, sabendo que enfrentam o perigo de serem sequestrados e até mortos. “Os cristãos nigerianos têm sido vítimas de violência de proporções apocalípticas durante quase meio século. Posso dizer que aprendemos a aceitar a realidade da morte iminente”, disse o padre Hassam numa entrevista de 12 de janeiro à ACI Africa. Ele acrescentou: “No entanto, é bastante inspirador e reconfortante ver muitos jovens que continuam prontos para abraçar uma vida que certamente os transformará em espécies criticamente ameaçadas. No entanto, estes mesmos jovens estão dispostos a pregar o evangelho da paz e a abraçar a cultura do diálogo para uma coexistência pacífica.” Pouco depois do sequestro e assassinato do seminarista Nnadi, o Seminário Maior Santo Agostinho Jos abriu suas portas aos três seminaristas que sobreviveram ao sequestro. O padre Hassan relatou à ACI África que a presença dos três ex-alunos do Seminário Maior Good Shepherd foi “uma espécie de bênção para nossos seminaristas, um alerta para a dura realidade que nem mesmo os muito jovens”. De volta ao Seminário Maior Bom Pastor, os seminaristas permaneceram resilientes, matriculando-se em grande número mesmo após o sequestro de 2020 e o assassinato do seminarista Nnadi. Numa entrevista à ACI África, o Pe. Samuel Kanta Sakaba, Reitor do Seminário Maior Bom Pastor, disse que os formadores da instituição católica, que tem atualmente 265 seminaristas inscritos, deixam claro que ser sacerdote na Nigéria apresenta aos Srianos o perigo de serem sequestrados ou mortos. A ACI África perguntou ao padre Sakaba se os formadores discutem ou não com os seminaristas os riscos que enfrentam, incluindo o de serem sequestrados, ou serem mortos. O sacerdote respondeu: “Sim, como formadores, temos o dever de levar os nossos seminaristas através de experiências práticas, tanto acadêmicas, experiências espirituais e físicas. Partilhamos esta realidade de perseguição com eles, mas para compreenderem, ligamos a realidade da perseguição cristã na Nigéria às experiências de Jesus. Dessa forma, sentimos que seria mais fácil para eles não apenas terem forças para enfrentar o que estão enfrentando, mas também ver sentido em seu sofrimento”. O padre Sakaba também partilha a alegria dos Seminários que, disse ele, anseiam por “voltar para Deus de uma forma santa”. “Aconteça o que acontecer, todos voltaremos para Deus. Como é alegre voltar para Deus de uma forma santa, de um modo de sacrifício. Esta santidade é aceitar esta cruz, esta dor”, disse ele, e acrescentou: “Jesus aceitou a dor do Calvário, e isso o levou à sua ressurreição. A perseguição purifica o indivíduo para que ele se torne o
Dois terços dos americanos apoiam alguma restrição ao aborto
Em pesquisa divulgada pelos Cavaleiros de Colombo, cerca de dois terços dos americanos apoiam algum nível de restrições governamentais ao aborto. A pesquisa foi conduzido com o Instituto Marista de Opinião Pública do Marist College e revela que 66% dos americanos acreditam que “devem ser impostos limites sobre quando o aborto é permitido” e apenas 33% acreditam que “o aborto deve ser permitido sem quaisquer limites”. Os entrevistados que se autodenominaram pró-vida eram mais propensos a apoiar limites ao aborto, com 91% escolhendo essa resposta. Entre os entrevistados que disseram ser pró-escolha, 48% ainda acreditavam que deveria haver alguns limites ao aborto. 84% dos republicanos apoiaram alguns limites ao aborto, assim como 49% dos democratas e 66% dos independentes. Cerca de 40% dos entrevistados disseram que o aborto não deveria ser permitido na maioria das circunstâncias: 9% disseram que não deveria ser permitido em nenhuma circunstância, 9% disseram que só deveria ser permitido para salvar a vida da mãe e 22% disseram que deveria só será permitido em casos de estupro, incesto e para salvar a vida da mãe. 18% dos entrevistados disseram que o aborto só deveria ser permitido nos primeiros três meses de gravidez. A pesquisa descobriu que 58% dos americanos se consideram pró-escolha e 40% dos americanos se consideram pró-vida. Cerca de 70% dos republicanos consideravam-se pró-vida, assim como 16% dos democratas e 39% dos independentes. A sondagem também concluiu que 53%, é contra a utilização do dinheiro dos impostos para apoiar o aborto nacionalmente. 67% não apoiam a utilização do dinheiro dos impostos americanos para apoiar o aborto no estrangeiro. 66% dos entrevistados disseram não acreditar que médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde pró-vida devam ser legalmente obrigados a realizar abortos. E 83% disseram apoiar o trabalho dos centros de recursos para gravidez, que prestam serviços a mulheres grávidas, mas não oferecem aborto. Por fim, algo que mostra que há um ponto de diálogo entre os dois lados da discussão é que 86% acreditam que as leis podem proteger tanto a mãe quanto o bebê.
México virou destino de “turismo de aborto”
María Lourdes Varela, diretora da América Latina da campanha de oração 40 Dias pela Vida, denunciou o que considerou um crescente negócio de “turismo” de aborto em destinos turísticos populares no México. A fala foi a ACI Prensa. A líder pró-vida destacou que “há uma forte promoção de ‘pacotes turísticos de aborto’”, o que “mostra que o que é ilegal simplesmente se tornou legal e que não se importam com como uma mulher aborta, desde que possam cobrar pelo aborto”. “A menina [que aborta] é submetida a um procedimento em cidade que não é a sua, sem diagnósticos graves ou acompanhamento de médio e longo prazo. O provável é que, uma vez terminado o aborto, nunca mais a tenham de ver”, denunciou o líder pró-vida. Varela ainda criticou que “a indústria do aborto não se importa se há consequências, só quer concretizar um homicídio rapidamente e, sem marcações adicionais, fechar uma venda e aumentar a sua riqueza”. Na Cidade do México, desde 2007, o aborto a pedido foi descriminalizado até a 12ª semana de gestação. Nos últimos cinco anos, legislação semelhante foi aprovada nos estados de Oaxaca, Hidalgo, Veracruz, Baja California, Colima, Sinaloa, Guerrero, Baja California Sur, Quintana Roo e Aguascalientes. O assassinato pode ser realizado tanto em centros de saúde públicos como privados. Em setembro de 2021, o Supremo Tribunal de Justiça da Nação (SCJN), o mais alto órgão judicial do México, com poderes de tribunal constitucional, abriu as portas à descriminalização do aborto em todo o país ao declarar inválidos os artigos que criminalizavam a prática no Código Penal do estado de Coahuila. Em decisões subsequentes, o SCJN repetiu o mesmo critério para outros estados. Varela indicou que após a anulação do caso Roe vs. Wade, em 24 de junho de 2022, em cidades fronteiriças com os Estados Unidos, como Tijuana, foram abertos vários centros de aborto. Isto, disse ela, confirma “que o ‘turismo da morte’ é usado para aumentar as vendas com o sangue de inocentes”.
Primeiro-ministro da Polônia sugere projeto de lei pró-aborto
O recentemente eleito primeiro-ministro Donald Tusk afirmou que o seu grupo político de centro-esquerda, a Coligação Cívica, apresentará um projeto de lei que permitirá abortos durante os primeiros doze meses de gestação. Ele faz parte de uma mudança governamental no país que se afasta da liderança conservadora e se aproxima de uma posição pró-União Europeia. A fala foi durante entrevista na sexta-feira passada. Atualmente, a legislação polonesa Polônia torna o aborto ilegal, exceto em casos de violação, incesto ou para salvar a vida da mãe. Os pró-vida salientam que os fetos não são culpados pelas circunstâncias da sua concepção e que a morte deliberada de um bebê é moralmente injustificável e nunca é necessária do ponto de vista médico. Intervenções médicas para lidar com abortos espontâneos ou gravidez ectópica não são abortos. A agenda pró-aborto pode não ter sucesso. Os motivos incluem a oposição da coligação política “Terceira Via”, que defendeu o regresso à proibição de abortos eletivos na Polônia e tem o apoio do substancial bloco eleitoral católico rural do país. A liderança do presidente católico pró-vida, com poder de veto sobre qualquer legislação pró-aborto, e uma alteração na constituição nacional poderia colocar as leis pró-aborto em risco de serem inconstitucionais. O primeiro-ministro sugeriu que a oposição legislativa pode não ser um impedimento para promover uma expansão da política de aborto. Nas suas observações na sexta-feira, ele reconheceu que o projeto de lei do seu partido para criar um “direito” limitado ao aborto pode não obter o apoio necessário dos legisladores conservadores. Porém, ele sugeriu maneiras de avançar a mudança mesmo sem o apoio da maioria. Conforme sua fala, “se a lei não for possível porque não obtivemos a maioria dos votos, procuraremos formas de implementar regulamentos, decisões administrativas, persuasão e certas políticas conduzidas pelo ministério da saúde” para permitir o aborto. A Polônia não seria o primeiro país tradicionalmente católico a remover proteções para os nascituros. O país destaca-se por reverter suas leis sobre o aborto e criado proteções para os nascituros, encontrando companhia em países como os EUA e El Salvador, apesar da tendência global para a liberalização das leis sobre o aborto. Informações com o Notes From Poland.
Ditadura de Ortega liberta bispos, padres e seminaristas
A ditadura de Daniel Ortega libertou e enviou no domingo ao Vaticano dois bispos nicaraguenses presos e 15 padres e seminaristas. Os portais La Prensa e Confidencial noticiaram pela primeira vez a libertação. O bispo auxiliar Silvio José Báez, de Manágua, exilado, confirmou em prantos a libertação dos bispos, padres e seminaristas. Os libertos chegaram a Roma na tarde de domingo e foram recebidos como “convidados da Santa Sé”. Libertação semelhante ocorreu em outubro de 2023, quando 12 padres presos foram enviados da Nicarágua para Roma. A ditadura de Ortega publicou a lista definitiva de bispos, padres e seminaristas desobrigados: Sua Excelência Rolando Alvarez, bispo de Matagalpa Sua Excelência Isidoro Mora, bispo de Siuna Padre Oscar José Escoto Saigado, vigário geral da Diocese de Matagalpa Padre Jader Danilo Guido Acosta, terceiro vigário da catedral de Matagalpa Padre Pablo Antonio Villafranca Martinez, sacerdote da Arquidiocese de Manágua Padre Carlos Avilés Cantón, vigário geral da Arquidiocese de Manágua Padre Héctor Del Carmen Treminio Vega, sacerdote da Arquidiocese de Manágua Padre Marcos Francisco Díaz Prado, sacerdote da Diocese de Leão Padre Fernando Isaías Calero Rodríguez, sacerdote da Diocese de Matagalpa Padre Silvio José Fonseca Martínez, vigário da família, da infância e da juventude, Arquidiocese de Manágua Padre Mikel Salvador Monterrey Arias, sacerdote da Arquidiocese de Manágua Padre Raúl Antonio Zamora Guerra, sacerdote da Arquidiocese de Manágua Padre Miguel Agustín Mantica Cuadra, vigário pastoral da Arquidiocese de Manágua Padre Jhader Antonio Hernández Urbina, sacerdote da Arquidiocese de Manágua Padre Gerardo José Rodríguez Pérez, sacerdote da Arquidiocese de Manágua Padre Ismael Reineiro Serrano Gudiel, sacerdote da Arquidiocese de Manágua Padre José Gustavo Sandino Ochoa, sacerdote da Diocese de Jinotega Seminarista Tonny Daniel Palácio Sequeira Seminarista Alester De Jesús Sáenz Centeno
Bispos africanos opõem-se definitivamente ao documento Fiducia Suplicans para evitar escândalos
Os bispos católicos africanos rejeitaram o documento Fiducia Suplicans afirmando que as bênçãos a pessoas que vivem em situação de casal irregular não podem ocorrer naquele continente. Num comunicado tornado público nesta quinta-feira, 11 de janeiro, os bispos, através do Simpósio das Conferências Episcopais de África e Madagascar (SECAM), salientaram que as bênçãos propostas na declaração do Dicastério para a Doutrina da Fé serão escandalosas se aplicadas no continente. “As Conferências Episcopais de toda a África, que reafirmaram firmemente a sua comunhão com o Papa Francisco, acreditam que as bênçãos extralitúrgicas propostas na declaração Fiducia Supplicans não podem ser realizadas em África sem se exporem a escândalos”, indicaram os bispos. Os prelados acrescentaram que a Doutrina da Igreja Católica sobre o casamento cristão e a sexualidade permanece intacta. “O contexto cultural de África, profundamente enraizado nos valores do direito natural relativos ao casamento e à família, complica ainda mais a aceitação das uniões do mesmo sexo, uma vez que são consideradas inerentemente corruptas e contraditórias às normas culturais.”, afirmaram. Os membros do SECAM acrescentaram: “Nós, os bispos africanos, não consideramos apropriado que África abençoe uniões homossexuais ou casais do mesmo sexo porque, no nosso contexto, isso causaria confusão e estaria em contradição direta com o ethos cultural das comunidades africanas.” Na sua declaração de cinco páginas, os bispos afirmam que a linguagem da Fiducia supplicans “permanece demasiado sutil” para ser compreendida pelas pessoas comuns e que “não é fácil justificar que pessoas do mesmo sexo que vivem em uniões estáveis não reivindiquem a legitimidade da seu estado.” No entanto, os bispos reconheceram que alguns países do continente africano preferem ter “mais tempo para aprofundar a declaração, que oferece a possibilidade destas bênçãos, mas não as impõe”. Informações com a ACI África.
Eucaristia é roubada em Saltillo, norte do México
Dom Hilario González García, Bispo de Saltillo, no estado mexicano de Coahuila, denunciou um novo roubo da Eucaristia em sua diocese. Com o comunicado, o prelado avisou que o roubo ocorreu na madrugada desta segunda-feira, 8 de janeiro, na igreja de São Francisco, na cidade de Saltillo e alertou que o ladrão foi automaticamente excomungado. O bispo indicou que o roubo foi realizado “arrombando a ferragem que protegia uma das janelas” do templo. Uma vez lá dentro, observou ele, “de lá retiraram indevidamente dois tabernáculos: um que estava fora de uso e ficava na sacristia, e outro que ficava no presbitério, que reservava as Sagradas Formas Eucarísticas num cibório”. Dois outros utensílios litúrgicos foram roubados. O roubo soma-se ao ocorrido no dia 25 de novembro de 2023 na capela do Sagrado Coração de Jesus, na periferia da cidade, onde também foi furtado o cibório com o Santíssimo Sacramento. Na ocasião, Dom González também advertiu que o autor do roubo havia sido excomungado. O prelado mexicano lembrou também que, segundo o Código de Direito Canônico, a lei da Igreja Católica, os lugares sagrados são violados quando, para escândalo dos fiéis, neles são cometidos atos gravemente lesivos que, na opinião do Ordinário de o local, são de tal gravidade e são tão contrários à santidade do local, que o culto não pode ser exercido ali até que a lesão seja reparada por um rito penitencial conforme os livros litúrgicos. Informações com a ACI.
O aborto foi a principal causa de mortes no mundo em 2023
Pelo quinto ano consecutivo, o aborto continuou foi a principal causa de morte no mundo pelo quinto, apesar da revogação de Roe v. Wade em 2022 ter contribuído para reduzir a tragédia. 73 milhões de abortos foram cometidos em todo o planeta em 2023. Dados são do Worldometer, um recurso apartidário que rastreia e estima estatísticas em tempo real sobre uma ampla variedade de assuntos. O site usa dados de fontes como as Nações Unidas, a Organização Mundial da Saúde (OMS), Fundo Monetário Internacional (FMI). O total é superior ao número de mortes atribuídas às próximas sete causas de morte combinadas: doenças transmissíveis, cancro, tabagismo, consumo de álcool, HIV/SIDA, acidentes rodoviários e suicídio.