Editora Cluny Media resgata livros católicos perdidos e negligenciados do passado recente

A editora católica Cluny Media, com sede em Providence, Rhode Island, está em uma missão para resgatar livros católicos perdidos e esquecidos. John Emmet Clarke, o editor-chefe de 31, criou a empresa para republicar livros de autores já falecidos e cujas obras estão esgotadas há décadas, algumas podendo ser encontradas em sebos, se existirem. Ele procura “livros simplesmente bons, difíceis de encontrar, muito caros ou simplesmente esquecidos, para licencia novas edições ou recuperá-los do domínio público e lançá-los novamente”. A empresa foi fundada em 2015 e acumula um catálogo de cerca de 360 títulos de ficção e não-ficção, com livros sobre espiritualidade esgotados e indisponíveis. O logotipo da empresa retrata um monge escrevendo em um livro – uma homenagem aos monges da Abadia de Cluny, cuja biblioteca foi durante séculos um dos maiores repositórios da palavra escrita. Alguns dos livros que eles republicaram são clássicos perdidos de autores católicos conhecidos, incluindo o católico francês George Bernanos, a escritora americana Willa Cather, o romancista italiano Ignazio Silone e a convertida católica norueguesa Sigrid Undset. Outras são de autores cujas obras caíram no esquecimento porque os gostos mudaram e não dava mais lucro publicá-las. Alguns dos livros estão agora em domínio público e não estão mais protegidos pelas leis de direitos autorais, mas para outros, é preciso um pouco de trabalho de detetive legal para determinar quem possui os direitos das obras. Porém, o foco da empresa é o conhecimento da tradição literária católica. O pai, de John Clarke, é cofundador e advogado. Ele quem ajuda a lidar com os desafios de determinar com quem estão os direitos autorais das obras ainda não em domínio público. Como a editora começou Nos primeiros dias da empresa, usavam da “A Deeper Vision: The Catholic Intellectual Tradition of the Twentieth Century” (Ignatius, 2015) de Robert Royal como referência para ajudar a identificar obras a serem publicadas. Entre os primeiros livros de Cluny estava o livro de 1920 do filósofo católico francês Jacques Maritain, “Art and Scholasticism”, que editor-chefe foi designado para ler quando era estudante de graduação. “O professor teria que xerox o livro para nós porque não podia pedir para comprarmos porque só estava disponível usado. Você não pode pedir a 20 alunos que gastem US$ 100 cada um em uma cópia usada”, relatou Clarke a CNA. Ele lembra que leu os livros de Maritain como uma “edição em papel grampeado para impressora” para quatro aulas enquanto estudava filosofia. “Finalmente enviei um e-mail ao meu professor depois de me formar: ‘Estamos começando esta editora e estamos tentando recuperar obras perdidas. Você sabe por que ‘Arte e Escolástica’ nunca foi republicado em uma edição de qualidade? Ele disse: ‘Acho que é porque ninguém com quem estão os direitos de Maritain’. Então esse se tornou um de nossos primeiros trabalhos. Identificamos o detentor dos direitos, licenciamos o livro e o republicamos”, relatou Clarke. Ele relata que algumas obras são mais difíceis de descobrir a situação. Para republicar “All in the Family”, foram “três ou quatro anos, tentando descobrir quem em sua família ou seus agentes literários anteriores era o tomador de decisão”. A obra é um romance de 1966 sobre uma família de Boston no estilo Kennedy, do autor vencedor do Prêmio Pulitzer Edwin O’Connor, mais conhecido por seu romance “The Last Hurrah”. Os livros da editora estão disponíveis online. Adaptado de CNA.

Igreja celebra Corpus Christi

Com procissões pelo país, a Igreja Católica celebra hoje a Solenidade da Corpus Christi. Diversas cidades decoram suas ruas com os tapetes de serragem, tradição portuguesa para celebrar a data. A procissão também é um ato público de fé, para os fiéis testemunharem a presença real de Cristo na Eucaristia. A maioria das dioceses reúne paróquias para uma missa campal e procissão à tarde. Muitas paróquias também celebram missas em horários alternativos para os que não puderem participar das celebrações campais. Além de dia de preceito, a liturgia do dia tem uma Sequência própria, composta por Santo Tomás de Aquino e que resume a doutrina católica sobre a Eucaristia. Aos que quiserem ouvir, a execução em português é do canal O Som da Palavra, executada por Breno Cury. Já o canal Iniciativa Condor disponibiliza a execução em latim.

Documentário “What Is a Woman?” atinge 132 milhões de visualizações no Twitter

It’s the movie they really don’t want you to see: #WhatIsAWoman? Watch the explosive documentary starring @MattWalshBlog FREE on Twitter for 24 hrs. https://t.co/qDi7thCNid — Daily Wire (@realDailyWire) June 2, 2023 O documentário “What Is a Woman?”, do jornalista Matt Walsh, alcançou 132 milhões de visualizações no Twitter. A marca foi atingida no início da tarde de sábado, depois de o Daily Wire deixar o filme em exibição gratuita na plataforma pelo final de semana. Inicialmente, o filme ficaria disponível somente na sexta-feira, mas ficou disponível durante todo o final de semana após acumular 78 milhões de visualizações durante as 24 horas previstas inicialmente. No documentário, Matt Walsh vai a diversos entrevistados e questiona “O que é uma mulher?”, desafiando-nos a responderem sem usarem a palavra “mulher” na definição. Inicialmente, a exibição foi suprimida pelos executivos do Twitter, uma decisão que, segundo o proprietário Elon Musk, foi “um erro”. O Daily Wire decidira o filme gratuitamente em homenagem ao seu aniversário de um ano. O Twitter supostamente desistiu do acordo devido a certas cenas que apresentavam personagens “misturando o gênero” de outros. Elon Musk resolveu o problema pessoalmente e promoveu o filme em sua própria conta no Twitter. O dono da plataforma também criticou a mutilação infantil e dizendo que “todo pai deveria assistir” ao documentário. Essa postagem agora é um tweet fixado em sua conta.

Milhares fazem peregrinação de 3 dias na França pela restauração da Missa Tradicional

Mais de 20.000 peregrinos católicos lotaram a magnífica catedral gótica de Notre Dame du Chartres, na França, na segunda-feira de Pentecostes. Os peregrinos vieram da França e caminharam por três dias enquanto rezavam para ser concedida plena liberdade para a celebração Missa Tradicional. Muitos jovens católicos estavam entre os peregrinos. Metade tinha menos de 20 anos. A peregrinação começou na Vigília de Pentecostes, 27 de maio, na bela Igreja de Saint Sulpice, a poucos quarteirões da Catedral de Notre Dame de Paris, onde a peregrinação de Chartres costumava começar antes do incêndio que destruiu a torre medieval central. Com centenas de bandeiras, estandartes e cruzes liderando os vários capítulos de peregrinos, eles partiram pelas ruas de Paris após uma Missa Solene em Saint Sulpice. Na rota para Chartres, os peregrinos percorreram mais de 95 kilômetros, com escolta policial para ajudar na direção do trânsito. O trajeto faz parte da rota medieval de peregrinação de Paris a Santiago de Compostela. Acampados por duas noites no interior da França, os peregrinos participaram de uma missa de Pentecostes cantada nos campos ao longo do caminho. Enquanto caminhavam por horas a fio, homens, mulheres, jovens e até crianças podiam ser ouvidos recitando e cantando o rosário e a ladainha de Nossa Senhora, bem como hinos e cantos tradicionais, canções folclóricas e vivas animadas. Em contraste com as chuvas torrenciais do ano passado, este ano viu céu limpo e estradas quentes e poeirentas, com uma brisa ocasional para amenizar o calor. Além de franceses, grupos viajaram de muitos países europeus, incluindo Inglaterra, Irlanda, Itália, Alemanha, Áustria, Polônia, Holanda, Espanha e Ucrânia e juntaram-se à peregrinação. Outros viajaram de outro continente, vindo do Brasil, Nova Zelândia e EUA. Com os pés cansados e as pernas doloridas, os peregrinos chegaram a Chartres sob a alegria dos moradores locais. O Bispo de Chartres, Monsenhor Philippe Christory, saudou a multidão e presidiu a Missa Solene. A catedral estava lotada com 3.000 crianças, enquanto mais de 18.000 peregrinos adultos enchiam a praça e as ruas do lado de fora. Mesmo com o aumento das restrições à celebração da Missa Tradicional, os católicos que amam o Rito Antigo veem seu número aumentar. Os fiéis que fazem a Peregrinação de Pentecostes de Chartres esperam que as autoridades da Igreja atendam aos seus pedidos de plena liberdade para poder celebrar a Missa Tradicional.

Mães no campus: como as faculdades católicas estão ajudam as mães a estudarem e cuidarem de seus filhos?

Faculdades e Universidades católicas colocam seus valores pró-vida em ação com iniciativas para ajudarem as mães a alcançarem o diploma. Entre as ações estão descontos nas mensalidades, arranjos habitacionais especiais, salas dedicadas à amamentação, vagas de estacionamento para “grávidas” e até mesmo babá grátis. Isso é o que mostra uma nova pesquisa de faculdades e universidades católicas dos EUA e entrevistas com mães de estudantes e administradores escolares feita pela EWTN News. Num empreendimento conjunto, a Catholic News Agency, o National Catholic Register e a EWTN News In Depth fizeram uma série e de notícias e reportagens de TV examinando como as mães são acolhidas em Campus universitários. Pesquisa de colégios católicos Para entender melhor que apoio está disponível para estudantes mães que buscam um diploma hoje, a EWTN News realizou pesquisa detalhada com 64 faculdades e universidades católicas nos EUA. Foi enviado um questionário para as instituições e elas foram contatadas pelos meios possíveis, pedindo-se que respondessem à pesquisa. 17 das 64, ou 26,5% das instituições, responderam. As 17 instituições que responderam à pesquisa foram: Ave Maria University, em Naples, Flórida; Belmont Abbey College, em Belmont, Carolina do Norte; Universidade Católica da América, em Washington, D.C.; Benedictine College em Atchison, Kansas; Faculdade da Cristandade em Front Royal, Virgínia; Universidade de Dayton em Dayton, Ohio; Universidade Franciscana de Steubenville em Steubenville, Ohio; Universidade Mount Saint Mary em Emmitsburg, Maryland; Universidade Saint Francis em Loretto, Pensilvânia; Universidade St. Leo em St. Leo, Flórida; Universidade de St. Peter em Jersey City, Nova Jersey; Universidade de Maria; Thomas More College em Merrimack, New Hampshire; Universidade de Dallas em Irving, Texas; Universidade de Notre Dame em Notre Dame, Indiana; Universidade Viterbo em LaCrosse, Wisconsin; Wyoming Catholic College em Lander, Wyoming. Todas as 17 instituições mantém políticas em vigor para lidar com questões habitacionais imediatas, mas poucas têm recursos mais abrangentes para ajudar com cuidados infantis, mensalidades e outros recursos. Entre as descobertas da pesquisa: Quinze das 17 instituições (88%) permitiram que as alunas grávidas permanecessem nos dormitórios, com as duas faculdades restantes oferecendo opções de moradia fora do campus. Sete instituições (41%) tinham opções de moradia especializadas para acomodar mães grávidas ou mães com filhos pequenos. Oito instituições (47%) ofereciam bolsas exclusivamente dedicadas a estudantes grávidas ou mães. Onze instituições (64%) possuíam salas de amamentação ou espaços destinados a esse fim. Cinco (29%) ofereciam creche no campus. Quatorze (82%) tinham recursos adicionais disponíveis no campus para estudantes grávidas ou pais, como estacionamento para gestantes, serviços de aconselhamento e suprimentos gratuitos para bebês. A University of Mary, Ave Maria, Belmont Abbey e The Catholic University of America se destacaram pela ampla gama de serviços que oferecem, segundo a pesquisa. É possível conferir a série completa de reportagens aqui.

Milhares marcham por Roma em defesa da vida

Milhares de pessoas se reuniram para marchar pelas ruas de Roma no sábado, 20 de maio, em testemunho da sacralidade da vida humana para a Demonstração Nacional Italiana pela Vida. Exibindo faixas com o lema deste ano “Scegliamo la vita” ou “we choose life”, os pró-vida marcharam da Piazza della Repubblica de Roma, passando pela basílica papal de Santa Maria Maior à praça da basílica papal de São João de Latrão, catedral do Papa. Uma multidão entusiasmada de jovens, padres, irmãos religiosos, seminaristas e irmãs, junto com famílias com crianças pequenas se juntaram à manifestação, cantando alto em italiano e rezando o rosário. A marcha foi liderada por uma banda de bateristas e escolta policial. Notavelmente presente estava um bispo ortodoxo romeno. De acordo com o site da Demonstração de Roma pela Vida, a manifestação visa “lembrar a toda a sociedade que ‘o reconhecimento da dignidade inerente a cada membro da família humana constitui o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo’ (Declaração Universal dos Direitos Humanos, 10.12.1948) e que a criança ‘precisa de proteção e cuidados especiais, incluindo proteção legal adequada, tanto antes como depois do nascimento’ (Convenção sobre os Direitos da Criança, 20.11.1989).” Na Basílica de Latrão, após testemunhos pró-vida de famílias italianas, Massimo Gandolfini, líder declarado do movimento pró-vida e pró-família na Itália e presidente da Family Day Association, discursou invocando os apóstolos e São João Paulo II em testemunho da necessidade de defender, sustentar e valorizar a beleza e a sacralidade da vida humana. Mais de seis milhões de bebês perderam a vida por causa do aborto na Itália desde sua legalização em 1978. O arcebispo Vincenzo Paglia, presidente da Pontifícia Academia para a Vida, se referiu à lei como “um pilar de nossa vida social” em agosto passado, e a Academia João Paulo II para a Vida Humana e a Família pediu ao prelado que se retratasse ou fosse substituído. Na Itália, o aborto é legal a pedido nos primeiros 90 dias de gravidez e, depois, tecnicamente legal apenas se houver risco de vida para a mãe. Mais fotos com o LifeSiteNews.

Monumento à vida é instalado na Universidade Católica de Washington DC

O novo “Monumento Nacional da Vida”, uma escultura de bronze gigante representando a Virgem Maria grávida do Menino Jesus, foi inaugurado no campus da Faculdade Teológica da Universidade Católica da América em Washington, D.C. A estátua é do artista canadense Timothy Paul Schmalz, que a chamou de “Advento”. O artista esteve na cerimônia de inauguração com o Arcebispo de Washington, Cardeal Wilton Gregory, e o Cardeal canadense Marc Ouellet. Dom Gregory rezou sobre o monumento, dando uma bênção especial à estátua e aos presentes. A estátua é de bronze com o ventre da Santíssima Virgem feito de aço inoxidável refletivo. A Virgem Mãe embala amorosamente seu ventre onde está Jesus, um bebê ainda não nascido. Nossa Senhora é retratada com um semblante sereno e pacífico enquanto carrega o Menino Jesus em seu ventre. O aço forma uma espécie de auréola ao redor do Menino Jesus. O artista Paul Schmalz acredita que a presença de símbolos positivos para a vida é uma forma de encorajar as mulheres a serem mães. Com a queda da natalidade em muitos países, as mulheres pararam de ver os bebês acompanhados dos símbolos e isso deve ter afetado muitas a verem a gravidez como algo ruim. O trabalho de Paul Schmalz é exibido em todo o mundo, desde sua peça “Angels Unawares” exibindo imigrantes no Vaticano até seu “Homeless Jesus” na Terra Santa. Além de outras obras religiosas, o artista possui obras não religiosas nos EUA e além. Uma versão menor do Monumento Nacional à Vida está em exibição na Igreja de San Marcello al Corso, em Roma. Schmalz também tem planos de colocar cópias em tamanho real do National Life Monument em todos os estados dos EUA.

Maior igreja da FSSPX será dedicada na quarta-feira

Na próxima quarta-feira, 3 de maio, será consagrada a Imaculada, maior igreja católica no Kansas (EUA) e a maior da FSSPX no mundo. O templo terá capacidade para 1500 pessoas sentadas e está praticamente concluído. S.E.R. D. Fellay quem celebrará a missa. St. Mary’s é uma pequena cidade americana onde a FSSPX mantem um Priorado e uma escola (St. Mary’s Academy & College). São cerca de 900 alunos. A maioria de sua população é de fiéis da Fraternidade, incluindo ocupantes de cargos da prefeitura, câmara municipal e em outros órgãos públicos Em 8 de novembro de 1978, um incêndio destruiu a antiga capela da Imaculada. Desde então, a comunidade celebra as missas em lugares provisórios e busca construir uma nova igreja que pudesse acomodar os fieis. É possível ler mais sobre o projeto no link.

Basílica dos franciscanos oferecerá recital em Brasília/DF

O Santuário São Francisco de Assis em Brasília/DF, que recentemente tornou-se uma Basílica Menor pelo Papa Francisco, convida toda a comunidade a um recital a ser realizado no dia 29/04 (sábado) às 19:30. Convém que todos cheguem às 19:00 e se for possível, ainda mais cedo para participarem da Santa Missa às 18:00. O evento é intitulado Recital Entrando na Casa do Rei. Se apresentarão a Orquestra KOPA, Scola Cantorum de Brasília e Escola de Música Pauliny. O Santuário São Francisco de Assis localiza-se na 915 Norte.

Objetos sagrados católicos em busca de um novo lar: uma janela para a rica história de apostosia da Inglaterra

Os artefatos incluem um rosário de Maria Antonieta da França e um livro de orações que pertenceu a um cortesão martirizado do rei Henrique VIII. Valiosos artefatos católicos sagrados, incluindo chinelos papais, um rosário de Maria Antonieta e um Livro de Horas pertencente a um cortesão martirizado do rei Henrique VIII, fazem parte de um tesouro de objetos significativos encontrados na casa de uma das famílias católicas mais antigas da Inglaterra. A família Constable-Maxwell que reside em Bosworth Hall, uma casa senhorial no coração da zona rural de Leicestershire, no centro da Inglaterra, protegeu esses objetos sagrados, testemunho da rica herança católica da Inglaterra que sobreviveu ao período de quase 300 anos de recusa após a Reforma. . Mas a família, chefiada por Robert Turville-Constable-Maxwell, cujos ilustres ancestrais católicos ingleses incluem St. Thomas More, agora está procurando um novo lar para os vasos sagrados e paramentos onde possam ser adequadamente cuidados no futuro. Entre os objetos mais significativos está o rosário de Maria Antonieta, a última rainha da França e a filha mais nova da imperatriz Maria Teresa da Áustria, que foi executada durante a Revolução Francesa em outubro de 1793. Maria Antonieta havia dado o rosário a um padre missionário irlandês, padre Henry Essex Edgeworth, também conhecido como abade Edgeworth, que era então capelão de seu marido, o rei Luís XVI. Quando o rei foi guilhotinado em janeiro de 1793, o abade Edgeworth fugiu para a Inglaterra em busca de segurança e se refugiou na casa do conde de Shrewsbury. O abade Edgeworth acabou retornando à França para continuar seu trabalho missionário e deixou o rosário com a família Shrewsbury. Foi então transmitido através das gerações, terminando com Mary Fortescue-Turville, uma proprietária anterior de Bosworth Hall que morreu na propriedade em 1906. O rosário, um dos vários que Marie-Antoinette teria dado, foi então mantido no salão e lá permaneceu desde então. Outro objeto principal é um Livro de Horas que pertenceu ao Beato Adrian Fortescue, um dominicano da Ordem Terceira, cortesão do rei Henrique VIII e primo-irmão da segunda esposa de Henrique, Ana Bolena. Leal a Roma, ele apoiou a recusa do Papa Clemente VII de anular o casamento de Henrique com Catarina de Aragão para que ele pudesse se casar com Ana. Em 1539, Sir Adrian foi preso, condenado por alta traição sem julgamento, uma das 50 pessoas igualmente condenadas e decapitado no mesmo ano. Tal como acontece com St. Thomas More e St. O juramento também reconheceu o rei como chefe supremo da Igreja na Inglaterra, formalizando a ruptura de Henrique com Roma. A piedade pessoal do Beato Adrian, cujos descendentes já foram proprietários de Bosworth Hall, foi atestada por seu Livro de Horas, que foi deixado para se deteriorar por muitos séculos, mas foi reparado e restaurado por um descendente do mártir em 1903. A família Constable-Maxwell recentemente emprestou-o à Ordem de Malta, que desde então o devolveu a Bosworth Hall. O bem-aventurado Adriano era membro da Ordem cujas propriedades, como as dos mosteiros, foram confiscadas pelo rei Henrique. Chinelos papais, bolsas e casulas Em outra parte da casa está um chinelo vermelho ornamentado que pertenceu ao Beato Papa Pio IX (1792-1878) e foi usado com frequência por ele, sem dúvida com o que faltava, que talvez permaneça em Roma. Foi dado por Mons. Talbot, o camareiro inglês do papa, à filha de George Fortescue-Turville, que viveu em Bosworth Hall no final do século XIX. Também são mantidos no salão um par de chinelos papais usados ​​pelo Papa Leão XIII (1810-1903), visivelmente pequenos em tamanho, o próprio Papa sendo pequeno em estatura. Particularmente marcantes são algumas bolsas e vestimentas elaboradamente bordadas que datam da época da Reforma e que sobreviveram milagrosamente à violenta perseguição que se seguiu. Eles incluem o “Bosworth Burse” do século XVI, que homenageia a memória de St. John Payne e um milagre relacionado a ele e um cálice. Payne, segundo a história, tinha dúvidas sobre a presença real na Eucaristia quando estudava como seminarista. Ele havia quase concluído seus estudos na Abadia de Douai na França e estava assistindo à primeira missa de seu amigo Robert Gwyn em 1575 quando, enquanto Gwyn elevava o cálice, Payne viu a figura de Cristo no vaso sagrado. Payne foi ordenado um ano depois, voltou para a Inglaterra e morou em Ingatestone House, onde foi capelão de Lady Petre, uma recusante que rejeitou a Igreja da Inglaterra e permaneceu leal a Roma, e ancestral de Robert Constable-Maxwell. Enquanto estava na Ingatestone House, que abrigou vários padres apóstatas e continha dois buracos de padres visíveis até hoje, o padre Payne foi traído por um empregado da casa e posteriormente preso, julgado e condenado à morte – torturado, arrastado, enforcado e esquartejado em Chelmsford. em 2 de abril de 1582. São João Payne está entre os Quarenta Mártires da Inglaterra e País de Gales canonizados pelo Papa Paulo VI em 1970. Véu do Cálice e Salva Cisalpina Outra parte da coleção é um véu de cálice inglês pré-reforma que remonta ao século XV e bordado com emblemas da Paixão. Além disso, há uma casula rosa do século XIX, bem preservada, contendo painéis bordados do século XV, mostrando o apóstolo São Tiago Menor com o Fuller’s Club (instrumento que ele tradicionalmente segura, projetado para engrossar a lã e eliminar suas impurezas) e o St. Lawrence com a grelha, o instrumento ao qual ele foi amarrado e assado até a morte no fogo. Tal como acontece com o véu do cálice, os registros mostram que os painéis bordados e alguns dos outros itens em Bosworth Hall foram comprados da Abadia de Owston em 1539, depois que foi apreendido por Henrique VIII como parte de sua dissolução dos mosteiros e seu conteúdo vendido. Por fim, entre os objetos mais notáveis ​​está uma grande salva de prata dada a Charles Turville pelo Cisalpine Club em 1850 e contendo os nomes de todos, ou quase todos, os chefes das famílias católicas da Inglaterra. O movimento cisalpino pretendia promover a causa da emancipação católica após a perseguição que se seguiu à Reforma. Embora respeitando