Dois terços dos americanos apoiam alguma restrição ao aborto

Em pesquisa divulgada pelos Cavaleiros de Colombo, cerca de dois terços dos americanos apoiam algum nível de restrições governamentais ao aborto. A pesquisa foi conduzido com o Instituto Marista de Opinião Pública do Marist College e revela que 66% dos americanos acreditam que “devem ser impostos limites sobre quando o aborto é permitido” e apenas 33% acreditam que “o aborto deve ser permitido sem quaisquer limites”. Os entrevistados que se autodenominaram pró-vida eram mais propensos a apoiar limites ao aborto, com 91% escolhendo essa resposta. Entre os entrevistados que disseram ser pró-escolha, 48% ainda acreditavam que deveria haver alguns limites ao aborto. 84% dos republicanos apoiaram alguns limites ao aborto, assim como 49% dos democratas e 66% dos independentes. Cerca de 40% dos entrevistados disseram que o aborto não deveria ser permitido na maioria das circunstâncias: 9% disseram que não deveria ser permitido em nenhuma circunstância, 9% disseram que só deveria ser permitido para salvar a vida da mãe e 22% disseram que deveria só será permitido em casos de estupro, incesto e para salvar a vida da mãe. 18% dos entrevistados disseram que o aborto só deveria ser permitido nos primeiros três meses de gravidez. A pesquisa descobriu que 58% dos americanos se consideram pró-escolha e 40% dos americanos se consideram pró-vida. Cerca de 70% dos republicanos consideravam-se pró-vida, assim como 16% dos democratas e 39% dos independentes. A sondagem também concluiu que 53%, é contra a utilização do dinheiro dos impostos para apoiar o aborto nacionalmente. 67% não apoiam a utilização do dinheiro dos impostos americanos para apoiar o aborto no estrangeiro. 66% dos entrevistados disseram não acreditar que médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde pró-vida devam ser legalmente obrigados a realizar abortos. E 83% disseram apoiar o trabalho dos centros de recursos para gravidez, que prestam serviços a mulheres grávidas, mas não oferecem aborto. Por fim, algo que mostra que há um ponto de diálogo entre os dois lados da discussão é que 86% acreditam que as leis podem proteger tanto a mãe quanto o bebê.

México virou destino de “turismo de aborto”

María Lourdes Varela, diretora da América Latina da campanha de oração 40 Dias pela Vida, denunciou o que considerou um crescente negócio de “turismo” de aborto em destinos turísticos populares no México. A fala foi a ACI Prensa. A líder pró-vida destacou que “há uma forte promoção de ‘pacotes turísticos de aborto’”, o que “mostra que o que é ilegal simplesmente se tornou legal e que não se importam com como uma mulher aborta, desde que possam cobrar pelo aborto”. “A menina [que aborta] é submetida a um procedimento em cidade que não é a sua, sem diagnósticos graves ou acompanhamento de médio e longo prazo. O provável é que, uma vez terminado o aborto, nunca mais a tenham de ver”, denunciou o líder pró-vida. Varela ainda criticou que “a indústria do aborto não se importa se há consequências, só quer concretizar um homicídio rapidamente e, sem marcações adicionais, fechar uma venda e aumentar a sua riqueza”. Na Cidade do México, desde 2007, o aborto a pedido foi descriminalizado até a 12ª semana de gestação. Nos últimos cinco anos, legislação semelhante foi aprovada nos estados de Oaxaca, Hidalgo, Veracruz, Baja California, Colima, Sinaloa, Guerrero, Baja California Sur, Quintana Roo e Aguascalientes. O assassinato pode ser realizado tanto em centros de saúde públicos como privados. Em setembro de 2021, o Supremo Tribunal de Justiça da Nação (SCJN), o mais alto órgão judicial do México, com poderes de tribunal constitucional, abriu as portas à descriminalização do aborto em todo o país ao declarar inválidos os artigos que criminalizavam a prática no Código Penal do estado de Coahuila. Em decisões subsequentes, o SCJN repetiu o mesmo critério para outros estados. Varela indicou que após a anulação do caso Roe vs. Wade, em 24 de junho de 2022, em cidades fronteiriças com os Estados Unidos, como Tijuana, foram abertos vários centros de aborto. Isto, disse ela, confirma “que o ‘turismo da morte’ é usado para aumentar as vendas com o sangue de inocentes”.

Primeiro-ministro da Polônia sugere projeto de lei pró-aborto

O recentemente eleito primeiro-ministro Donald Tusk afirmou que o seu grupo político de centro-esquerda, a Coligação Cívica, apresentará um projeto de lei que permitirá abortos durante os primeiros doze meses de gestação. Ele faz parte de uma mudança governamental no país que se afasta da liderança conservadora e se aproxima de uma posição pró-União Europeia. A fala foi durante entrevista na sexta-feira passada. Atualmente, a legislação polonesa Polônia torna o aborto ilegal, exceto em casos de violação, incesto ou para salvar a vida da mãe. Os pró-vida salientam que os fetos não são culpados pelas circunstâncias da sua concepção e que a morte deliberada de um bebê é moralmente injustificável e nunca é necessária do ponto de vista médico. Intervenções médicas para lidar com abortos espontâneos ou gravidez ectópica não são abortos. A agenda pró-aborto pode não ter sucesso. Os motivos incluem a oposição da coligação política “Terceira Via”, que defendeu o regresso à proibição de abortos eletivos na Polônia e tem o apoio do substancial bloco eleitoral católico rural do país. A liderança do presidente católico pró-vida, com poder de veto sobre qualquer legislação pró-aborto, e uma alteração na constituição nacional poderia colocar as leis pró-aborto em risco de serem inconstitucionais. O primeiro-ministro sugeriu que a oposição legislativa pode não ser um impedimento para promover uma expansão da política de aborto. Nas suas observações na sexta-feira, ele reconheceu que o projeto de lei do seu partido para criar um “direito” limitado ao aborto pode não obter o apoio necessário dos legisladores conservadores. Porém, ele sugeriu maneiras de avançar a mudança mesmo sem o apoio da maioria. Conforme sua fala, “se a lei não for possível porque não obtivemos a maioria dos votos, procuraremos formas de implementar regulamentos, decisões administrativas, persuasão e certas políticas conduzidas pelo ministério da saúde” para permitir o aborto. A Polônia não seria o primeiro país tradicionalmente católico a remover proteções para os nascituros. O país destaca-se por reverter suas leis sobre o aborto e criado proteções para os nascituros, encontrando companhia em países como os EUA e El Salvador, apesar da tendência global para a liberalização das leis sobre o aborto. Informações com o Notes From Poland.

O aborto foi a principal causa de mortes no mundo em 2023

Pelo quinto ano consecutivo, o aborto continuou foi a principal causa de morte no mundo pelo quinto, apesar da revogação de Roe v. Wade em 2022 ter contribuído para reduzir a tragédia. 73 milhões de abortos foram cometidos em todo o planeta em 2023. Dados são do Worldometer, um recurso apartidário que rastreia e estima estatísticas em tempo real sobre uma ampla variedade de assuntos. O site usa dados de fontes como as Nações Unidas, a Organização Mundial da Saúde (OMS), Fundo Monetário Internacional (FMI). O total é superior ao número de mortes atribuídas às próximas sete causas de morte combinadas: doenças transmissíveis, cancro, tabagismo, consumo de álcool, HIV/SIDA, acidentes rodoviários e suicídio.

O Congresso reage ao STF

Desde quando, por ordem da Ministra Rosa Weber, o julgamento da ADPF 442 (liberação do aborto até a 12ª semana) foi incluído na sessão virtual de 22 a 29 de setembro de 2023, a população, como um todo, sentiu a crueza do golpe. Em uma única semana, sem que o povo pudesse comparecer fisicamente à sessão, seria julgado, e possivelmente aprovado, por onze Ministros, o atentado à vida dos mais frágeis membros da espécie humana. No dia 22 de setembro, a Ministra apresentou seu voto em favor do aborto. O próximo a votar, Luís Roberto Barroso, grande apologista do direito ao aborto, sem dúvida alguma, acompanharia o voto da relatora. Eis, porém, uma surpresa. Ele pediu que o processo fosse destacado do plenário virtual e recolocado no plenário físico. No dia 27 de setembro, o Congresso reagiu ao STF: o deputado Domingos Sávio (PL/MG) e outros apresentaram uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC 50/2023) estabelecendo a competência do Congresso Nacional para derrubar decisões do Supremo Tribunal Federal que extrapolem os limites constitucionais (como é o caso da ADPF 442, se aprovada). No dia 28 de setembro, Rosa Weber abriu a sessão de posse de Luís Roberto Barroso como novo presidente do STF. No dia 30 de setembro ela se aposentou, pois no dia 2 de outubro atingiria a idade limite de 75 anos para integrar a Suprema Corte. No dia 29 de setembro, um dia depois de assumir a presidência, eis uma nova surpresa: Barroso afirmou que o tema da descriminação do aborto talvez ainda não estivesse “maduro” para ser votado[1]. No dia 4 de outubro, nova reação do Congresso, desta vez vinda do Senado. A Comissão de Constituição e Justiça aprovou a PEC 8/2021, que limita as decisões monocráticas e os pedidos de vista dos Ministros do STF. E no mesmo dia o senador Flávio Arns (PSB-PR) e outros apresentaram a PEC 51/2023, que atribui mandato de quinze anos e exigência de idade mínima de cinquenta anos aos Ministros do Supremo Tribunal Federal. No dia 6 de outubro, uma terceira surpresa. Barroso disse não ter planos para retomar o julgamento da ADPF 442[2]. No domingo, 8 de outubro, Dia do Nascituro, houve Caminhadas pela Vida em várias cidades do Brasil, inclusive em Anápolis, com grande participação popular, em protesto à ADPF 442. No dia 10 de outubro, a Câmara reagiu aprovando na Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família o parecer do deputado Pastor Eurico (PL-PE) ao Projeto de Lei 580/2007, que altera o Código Civil para proibir explicitamente o casamento e a união estável de pessoas do mesmo sexo. O projeto vai contra a decisão do STF que, em 2011, julgando duas ações (ADPF 132 e ADI 4277), reconheceu a união estável de duplas homossexuais. No dia 14 de outubro, o Senado reagiu à liberação do porte de drogas para consumo próprio pelo STF, no julgamento do Recurso Extraordinário 635659. A reação veio do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que apresentou a PEC 45/2023, que acrescenta o inciso LXXX ao caput do artigo 5º da Constituição Federal, considerando crime “a posse e o porte, independentemente da quantidade, de entorpecentes e drogas afins”. Mas a maior reação do Congresso foi a obtenção de 305 assinaturas de deputados pela deputada Chris Tonietto (PL-RJ) para o requerimento de urgência do PL 578/2007 – o Estatuto do Nascituro – cujo último substitutivo reconhece explicitamente que a criança por nascer é pessoa, em conformidade com o Pacto de São José da Costa Rica. Considerações Quando tudo parecia perdido, o Congresso e o povo reagem, e o presidente do STF Luís Roberto Barroso recua. Lembremos, porém, que o recuo é puramente estratégico e que está em poder dele, a qualquer momento, colocar a ADPF 442 em pauta. Lembremos ainda que as reações do Congresso só terão efeito se os parlamentares sentirem o apoio popular. Em particular, é preciso pedir ao presidente da Câmara deputado Arthur Lira que ponha em pauta a votação do requerimento de urgência do Estatuto do Nascituro. Para isso, é possível usar o canal Disque Câmara [0800 0 619 619]. E lembremos, acima de tudo, que a salvação do Brasil depende de nossas orações e de nossa conversão pessoal. Anápolis, 9 de novembro de 2023. Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz Vice-presidente do Pró-Vida de Anápolis. [1] https://www.cnnbrasil.com.br/politica/barroso-diz-que-debate-sobre-aborto-nao-esta-maduro-e-descarta-crise-com-congresso/ [2] https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2023/10/barroso-diz-que-aborto-precisa-de-mais-debate-e-nao-sera-pautado-no-stf.shtml

Ohio consagra o aborto em sua constituição e se torna um dos estados mais pró-aborto dos EUA

Apesar da oposição dos defensores pró-vida, a nova legislação em Ohio para consagrar o aborto na constituição estadual foi aprovada por ampla margem na terça-feira, 07 de novembro. Com a aprovação, o estado de Ohio se torna um dos mais pró-aborto nos EUA, ao lado de redutos democratas como Califórnia e Vermont. A mudança ocorreu após uma enorme campanha pró-aborto financiada por grupos de lobby de fora do estado e o fracasso de uma iniciativa eleitoral anterior destinada a fortalecer o processo de emenda constitucional do estado. Imagens católicas foram usadas para promover a medida radical a favor do aborto. Com 96% dos votos contados, a emenda foi aprovada por uma margem de 56% contra 44%. A medida pró-aborto é chamada de Direito à Liberdade Reprodutiva com Emenda de Proteções para Saúde e Segurança. Ela foi elaborada pelos membros de Ohio da União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU) e apoiada pelo braço de defesa dos Médicos pelos Direitos Reprodutivos (OPRR) de Ohio, o Protect Choice Ohio (PCO). Aprovada, ela altera o Artigo I da constituição do estado de Ohio para garantir que “[todo] indivíduo tem o direito de tomar e executar suas próprias decisões reprodutivas, incluindo, mas não se limitando a, decisões sobre contracepção, tratamento de fertilidade, continuidade da própria gravidez, cuidados com aborto espontâneo e aborto.” Até então, a lei de Ohio tornava o aborto legal até 22 semanas de gravidez. Conforme a linguagem da alteração, o Estado é orientado a não “sobrecarregar, penalizar, proibir, interferir ou discriminar” o “direito” ao aborto. As restrições ao aborto continuariam a ser tecnicamente admissíveis após a “viabilidade”, embora os médicos tenham autoridade para decidir a viabilidade “caso a caso”. Além disso, os abortos até ao nascimento são permitidos pela alteração se forem considerados necessários para proteger a vida ou a saúde da mãe, uma norma que pode ser ampliada para incluir o bem-estar mental e emocional da mãe, a fim de justificar o aborto eletivo. Os defensores da vida salientam que a morte deliberada de um bebê em gestação nunca é clinicamente necessária. Além de proibir explicitamente a proteção dos nascituros e impedir os pais de se envolverem caso a sua filha de menor pretenda fazer um aborto, a nova legislação também pode deixar as crianças com confusão de gênero vulneráveis à esterilização e mutilação com intervenções de gênero irreversíveis. A linguagem extrema levou os católicos e outros defensores da vida a manifestarem-se veementemente contra a medida. Desde a histórica vitória pró-vida na Suprema Corte dos EUA em junho de 2022, que reverteu quase 50 anos de precedente federal radical sobre o aborto estabelecido em Roe v. Wade, os defensores pró-vida experimentaram um misto de vitórias e derrotas nos estados. Embora estados como Texas, Idaho, Oklahoma, Alabama e Kentucky tenham aprovado extensas leis pró-vida para proibir quase todos os abortos em todo o estado, e outros estados como Flórida, Carolina do Norte e Nebraska tenham implementado restrições parciais ao aborto com base na idade gestacional, outros estados como Califórnia, Oregon, Nova Iorque e Novo México avançaram na direção oposta. Os eleitores na Califórnia, Vermont e Michigan aprovaram medidas em 2022 que consagram o aborto nas suas constituições estaduais. Entretanto, medidas opostas no Kentucky e no Kansas para esclarecer que as constituições desses estados não contêm direito ao aborto, e uma medida de Montana para proteger crianças nascidas após abortos mal sucedidos, falharam todas nas urnas. Informações com o LifeSiteNews.

Apoiadores do aborto em Ohio superam pró-vida por 3 a 1

Defensores do esforço para consagrar o aborto na Constituição de Ohio superam os seus oponentes pró-vida por uma margem de quase 3 para 1 nos últimos meses. Conforme documentos de campanha divulgados no final de outubro, que contabilizaram as doações de 8 de setembro em diante, o Ohioans United for Reproductive Rights receberam cerca de US$ 28,7 milhões em contribuições totais. A campanha pró-vida Protect Women Ohio recebeu apenas cerca de US$ 9,9 milhões. Um dos maiores contribuintes do lado pró-aborto foi o Sixteen Thirty Fund, com sede em Washington, D.C., que contribuiu com mais de 3,3 milhões de dólares. O Fairness Project, que recebe doações do Sixteen Thirty Fund, doou outros US$ 2 milhões. Michael Bloomberg, ex-prefeito de Nova York, doou US$ 1 milhão para a campanha pró-aborto. Outro grande doador foi o Open Society Policy Center, com sede em Nova Iorque, que doou cerca de 3,5 milhões de dólares. Este grupo e a Fundação Tides, que doou quase US$ 1,5 milhão, estão ambos associados a Soros. A American Civil Liberties Union (ACLU), com sua fundação e afiliadas estaduais, doaram cerca de US$ 2,8 milhões. Juntas, a Planned Parenthood e suas afiliadas locais doaram mais de US$ 1,8 milhão. A maior pessoa individual que contribuiu foi Lynn Schusterman, um filantropo bilionário baseado em Oklahoma, que doou cerca de US$ 2,5 milhões. Amy Natoce, secretária de imprensa da Protect Women Ohio, disse à CNA que “não é surpresa que a ACLU esteja despejando milhões de dólares em Ohio para cimentar a sua alteração radical contra os pais na nossa constituição”. Natoce acrescentou que “quer os eleitores sejam pró-escolha, pró-vida ou algo entre os dois, a questão 1 vai muito longe e é radical demais para os habitantes de Ohio”. A maioria do financiamento da Protect Women Ohio desde 8 de setembro veio diretamente de seu comitê, Protect Women Ohio Action Inc., que é uma coalizão de organizações pró-vida, incluindo Susan B. Anthony Pro-Life America, com sede em Washington, D.C. O comitê doou cerca de US$ 7,7 milhões, o que representou mais de três quartos das doações da campanha. Os outros dois grandes doadores estão associados à Igreja Católica: 1 milhão de dólares dos Cavaleiros de Colombo, uma organização fraterna católica, e 300 mil dólares da Diocese de Columbus, Ohio. O dia da eleição é terça-feira, 7 de novembro, mas a votação antecipada já começou. Votar “sim” na Questão 1 altera a Constituição de Ohio para adicionar um novo direito à “liberdade reprodutiva”, que inclui “aborto” e “contracepção”. Votar “não” na Questão 1 impede que esta linguagem seja adicionada à constituição do estado. Embora a linguagem permita algumas restrições ao aborto após a “viabilidade”, que normalmente ocorre por volta das 24 semanas de gravidez, muitas organizações pró-vida alertam que a linguagem ambígua da medida pode permitir o aborto até o nascimento e remover o consentimento dos pais e as regras de notificação para menores que abortam. Sondagens recentes mostraram apoio popular à alteração do aborto por margens de dois dígitos. Uma pesquisa Ohio Pulse da Universidade Baldwin Wallace do início de outubro descobriu que mais de 58% dos eleitores registrados apoiam a emenda e apenas pouco mais de um terço se opõe a ela, mostrando uma margem de cerca de 25 pontos a favor da emenda. Outra pesquisa, da Universidade de Ohio, no final de meados de outubro, descobriu que 52% dos eleitores registrados apoiavam a emenda e 36% eram contra, o que representava uma margem de cerca de 16 pontos a favor da emenda. Informações com a CNA.

Os abortos realizados por clínicas virtuais aumentaram 72% um ano após a decisão no caso Dobbs

O número de abortos legalmente fornecidos por clínicas exclusivamente virtuais por meio de prescrições de pílulas abortivas aumentou 72% no ano seguinte à reversão do caso Roe v. Wade pela Suprema Corte Americana. Informações são de um relatório do #WeCount, um projeto de pesquisa da Sociedade de Planejamento Familiar, um grupo que apoia o aborto legal. É o primeiro censo dos provedores de aborto nos EUA após a decisão da Suprema Corte dos EUA em junho de 2022 no caso Dobbs vs. Jackson Women’s Health Organization e mostra como eles veem as tendências em seu setor. Conforme os pesquisadores, só foram considerados dados de clínicas licenciadas dentro do sistema de saúde, excluindo o que podem ser procedimentos ilegais. O aumento de abortos em clínicas exclusivamente virtuais, que utilizam a telemedicina para prescrever aos pacientes medicamentos indutores de aborto, está de acordo com alguns estudos anteriores que mostram resultados semelhantes após Dobbs. Mesmo antes dessa decisão, dados dos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças, com sede em Atlanta, mostravam que mais de metade dos abortos realizados nos EUA eram químicos ou médicos, e não cirúrgicos. Esse novo relatório do #WeCount examinou o período de abril de 2022 a junho de 2023 e concluiu que, embora os abortos tenham diminuído nos estados que proibiram ou limitaram o procedimento, os abortos aumentaram nacionalmente nos Estados Unidos. Informações com o Detroit Catholic.

Os mais iguais

Por Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz O escritor inglês George Orwell (1903-1950) escreveu “A revolução dos bichos”, uma sátira da Revolução Comunista de 1917. Os animais, oprimidos pelo fazendeiro e sua família, resolvem, liderados pelos porcos, fazer uma revolução, tomar posse da granja, dar-lhe o nome de “Granja dos Bichos” e instaurar um regime chamado “animalismo”. Entre os mandamentos do animalismo, ditados pelos porcos, há um que é fundamental: “Todos os animais são iguais”. No entanto, ao longo do tempo, os porcos passam a adquirir direitos que os demais animais não possuíam. Para justificar tais privilégios, os porcos resolvem, então, alterar o mandamento da igualdade: “Todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais do que os outros”. * * * Diz a Constituição Federal, no caput de seu artigo 5º: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”. Seria de se esperar que essa igualdade atingisse também o nascituro (a criança por nascer). Se as pessoas já nascidas têm direito à vida, o nascituro deveria gozar do mesmo direito. Agir de outro modo seria cometer um preconceito de lugar: dentro e fora do útero. No entanto, a Ministra Rosa Weber, em seu voto na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 442, proferido em 22.09.2023, diz que a igualdade perante a lei, a que se refere a Constituição, não alcança o bebê no ventre materno. Eis suas palavras: Não há igualdade de posição jurídica subjetiva entre pessoas nascidas e o embrião ou feto (p. 27). A norma inscrita no art. 5º, caput, da CF, não prescreve o feto como uma pessoa constitucional, sujeito titular de direitos fundamentais (p. 27-28). Não há que se falar em direito fundamental à vida do embrião ou feto (p. 29). Se o Código Civil diz que “a lei põe a salvo desde a concepção os direitos do nascituro” (art. 2º, parte final), isso não significa, para a Ministra, que os direitos do nascituro sejam equivalentes aos dos já nascidos. Poderia Rosa Weber, parodiando George Orwell, dizer: “Todos são iguais perante a lei. Mas os nascidos são mais iguais do que os nascituros”. * * * Curiosamente, a Ministra conhece o Pacto de São José da Costa Rica e gasta muitas páginas comentando o seu artigo 4º: Art. 4. n. 1. Toda pessoa tem direito a que se respeite sua vida. Este direito estará protegido pela lei e, em geral, a partir do momento da concepção. Ninguém pode ser privado da vida arbitrariamente. A cláusula “em geral” significaria, segundo Weber, uma exceção ao direito à vida “a partir do momento da concepção”. Infelizmente, a Ministra não faz qualquer alusão ao artigo 3º da mesma Convenção: Art. 1, n. 2. Para os efeitos desta Convenção, pessoa é todo ser humano. Art. 3. Toda pessoa tem direito ao reconhecimento de sua personalidade jurídica. Combinando logicamente as duas sentenças, temos a conclusão: Todo ser humano tem direito ao reconhecimento de sua personalidade jurídica. Portanto, o direito de ser reconhecido como pessoa cabe a todo ser humano, sem distinção de lugar (dentro ou fora do organismo materno) e sem exceções. Trata-se de um direito absoluto. Logo, para a referida Convenção, o nascituro é pessoa[1]. Ora, por definição, pessoa é sujeito de direitos. E entre os direitos, não pode faltar o direito à vida, sem o qual nenhum outro tem consistência. Se o nascituro é reconhecido como pessoa – assim o afirma o Pacto de São José da Costa Rica – como entender a cláusula “em geral”, que aparece no artigo 4º, quando se fala da proteção de seu direito à vida? Não é possível interpretá-la como uma excepcionalização, pois uma pessoa sem direito à vida é um monstro lógico. A única interpretação possível é a de uma generalização, ou seja, como sinônimo de sempre. Isso traz consequências importantíssimas, que a Ministra quisera evitar: Não há aborto legal. A hipótese do artigo 128, inciso II do Código Penal (quando a gravidez resulta de estupro) não é “excludente de ilicitude”, como pretende a Ministra (cf. p. 25), mas simples escusa absolutória, mera não aplicação da pena ao criminoso, sem que o aborto deixe de ser crime. Em nenhuma hipótese o aborto pode ser legal, uma vez que ele é inconciliável com a personalidade do nascituro reconhecida desde a concepção. O pedido da ADPF 442, de que os artigos 124 e 126 do Código Penal sejam reinterpretados de modo a não incluir o aborto praticado nas doze primeiras semanas de vida só pode ter resposta negativa. * * * Ao iniciar seu voto, a Ministra reconhece que o que ela vai decidir é contra a vontade da maioria: “O aborto é contrário à moral majoritária da sociedade” (p. 6). Ela, porém, afirma que a tutela dos direitos fundamentais pela Constituição é “por essência de natureza contramajoritária” (p. 7). E mais ainda: “o conceito de democracia não se fisionomiza, nas sociedades contemporâneas, pela simples prevalência do princípio majoritário” (p. 18). Parece que, segundo ela, o Supremo Tribunal Federal teria o direito de “corrigir” a vontade da maioria, que se opõe ao aborto, a fim de fazer prevalecer a vontade de uma minoria, que pleiteia o direito ao aborto. Faltou dizer quem outorgou à Suprema Corte tamanho poder. No fim de seu voto, Rosa Weber, esquecendo-se de que é juíza, passa a comportar-se como parte. Usa a primeira pessoa do plural (“nós”) como se representasse as “mulheres”, mesmo sabendo que a maioria delas é contrária ao aborto: Nós, mulheres, não tivemos como expressar nossa voz na arena democrática. Fomos silenciadas! (p. 128). O que ela não percebe é que seu voto pretende silenciar a voz do nascituro. Anápolis, 5 de outubro de 2023. Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz Vice-presidente do Pró-Vida de Anápolis. [1] O que torna inaplicável a primeira parte do artigo 2º do Código Civil: “A personalidade civil da pessoa começa do seu nascimento com vida”. Fonte: https://providaanapolis.org.br/os-mais-iguais/

Bispos europeus premiam a presidente do Parlamento Europeu por defender os valores cristãos

A Comissão das Conferências Episcopais da União Europeia (COMECE) concedeu o prêmio In Veritate 2023 à maltesa Roberta Metsola, presidente do Parlamento Europeu. A premiação é atribuída a personalidades em reconhecimento das suas realizações notáveis na combinação dos valores cristãos e europeus. O prêmio leva o nome de Dom Tadeusz Pieronek, o falecido bispo polonês e promotor da Conferência Internacional de Cracóvia. Em seu discurso após receber o prêmio, destacou que os valores cristãos e europeus “nos ajudarão a preparar-nos para uma futura União Europeia que incluirá democracias com ideias semelhantes, como a Ucrânia, a Moldávia, a Geórgia e os Bálcãs Ocidentais”. E destacou o espírito acolhedor da União Europeia, que recebeu milhares de refugiados ucranianos nos últimos anos, afirmando que o Parlamento Europeu continuará a defender firmemente “os seus valores cristãos e europeus, a fé e a esperança de uma paz duradoura”. O Padre Manuel Barrios Prieto, secretário-geral da COMECE, sublinhou o compromisso de Metsola com “a democracia, os valores cristãos e o avanço do processo de integração europeia”. Referiu-se também ao presidente do Parlamento Europeu como “um exemplo a seguir”. Pessoalmente contra o aborto, Roberta Matsola se comprometeu a defender a posição da maioria do Parlamento Europeu enquanto representante da entidade. A maioria é favorável ao assassinato de crianças no ventre materno. Na abertura da XXIII Conferência Internacional de Cracóvia, o Padre Barrios afirmou que o evento é de grande importância para o diálogo entre políticos, acadêmicos, meios de comunicação, sociedade civil e Igreja. Recordou também “os dois sonhos do Papa Francisco para a Europa de hoje: união e paz”. O prêmio In Veritate 2023 também foi concedido ao Padre Andrzej Boniecki, editor-chefe honorário do semanário polonês Tygodnik Powszechny. Informações com ACIPrensa.