Papa denuncia ‘colonização’ da ideologia de gênero e aborto

Durante a visita à Hungria, o Papa Francisco denunciou o aborto e a ideologia de gênero, citando ambos como exemplos de “colonização ideológica”. A denúncia do papa ocorreu durante um discurso em Budapeste para autoridades civis e outros dignitários em um antigo mosteiro carmelita. O Papa também lamentou as “formas autorreferenciais de populismo” e “supranacionalismo” que ganham força na Europa. “Este é o caminho funesto percorrido por aquelas formas de ‘colonização ideológica’ que anulariam diferenças, como no caso da chamada teoria de gênero, ou que colocariam diante da realidade da vida conceitos redutores de liberdade, por exemplo, ao alardear como progresso um ‘direito ao aborto’ sem sentido, que é sempre uma derrota trágica”, disse o Papa, que está em Budapeste em sua visita de três dias. Antes de seu discurso, o Papa Francisco se encontrou com a presidente da Hungria, Katalin Novák, e o primeiro-ministro, Viktor Orbán. Ambos os políticos possuem iniciativas centradas na família, incluindo bônus do governo de US$ 33.000 para casais que têm três filhos. As medidas do governo ajudaram a aumentar a taxa de natalidade. O aborto é legal na Hungria até as primeiras 12 semanas de gravidez. É permitido até 24 semanas sob certas condições. Em novo decreto emitido no ano passado, as mulheres que procuram um aborto devem primeiro ouvir os batimentos cardíacos do feto.

Projeto de lei de combate ao discurso de ódio avança na Irlanda e teme-se uso para silenciar a Igreja

A Irlanda se encaminha para aprovar uma proibição mais ampla de crimes de discurso de ódio. Críticos alertam sobre os efeitos na liberdade de expressão, mas o texto já foi aprovado no Dáil, a Câmara Baixa do Parlamento Irlandês, por 110 a 14 em 26 de abril. O projeto de lei foi apresentado em 2022, como uma atualização de uma lei de 1989. O argumento para a atualização legislativo foi os desenvolvimentos tecnológicos e novas minorias proeminentes, especificamente pessoas de diferentes raças e religiões, com deficiência e as que se identificam como LGBTQ. Agora, o texto segue para o Senado para debate. Em outubro, o Departamento de Justiça apresentou um afirmando que muitos consideram a lei de 1989 “ineficaz”. São apenas cerca de 50 processos por violações nos últimos 30 anos. Conforme o resumo, a atualização legislativa protege a “genuína liberdade de expressão”. Porém, a realidade é diferente. J.K. Rowling, a autora de Harry Potter já foi acusada de ser “transfóbica” por afirmar que “mulheres trans” não são mulheres. Também existe a preocupação de que a lei seja usada para processar padres ou leigos católicos que expressam o ensino católico. O texto considera que uma “corporação” pode ser responsável por cometer crimes, o que significaria que a Igreja pode ser culpada pelas “expressões de seus membros”.

PL da Censura é retirado da pauta a pedido do relator

A pressão nas redes de populares e de empresas deu resultado e o PL da Censura foi retirado de pauta a pedido do relator do texto na Câmara, o deputado Orlando Silva. A proposição foi acatada pela liderança e o texto não foi à votação, como estava previsto. Ainda hoje, o presidente da Câmara, Arthur Lira, reuniu-se com o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, onde conseguiu a liberação de R$ 10 bilhões de emendas, R$ 3,5 bilhões para o Senado e R$ 6,2 para a Câmara. A liberação das emendas foi forma de o Governo facilitar a aprovação do PL 2630. O plano fracassou porque parlamentares favoráveis ao projeto argumentaram perceber exageros no texto. A decisão pelo adiamento deu-se para serem realizadas mudanças na proposta. Neste mesmo dia, o ministro Alexandre de Moraes determinou o colhimento de depoimento pela Polícia Federal dos presidentes do Google, da Meta, do Spotify e da Brasil Paralelo por opinarem contra o projeto. O ministro acusou o Google de “abuso de poder econômico” após a empresa se manifestar contra o PL da Censura.

Pastor é preso e acusado de atacar religiões de matrizes africanas e por transfobia

Líder religioso responde por intolerância religiosa e a outras duas ações penais por racismo e homofobia. Na manhã desta quinta-feira, 27 de abril, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), com apoio da Polícia Militar de Pernambuco, cumpriu um mandado de prisão e um de busca e apreensão contra o pastor Aijalon Berto acusado de atos de intolerância religiosa (racismo) e descumprimento de ordens judiciais na Comarca de Igarassu. Segundo apurado no processo criminal, o pastor atacava reiteradamente as religiões de matriz africana. Além disso, também responde a outras duas ações penais por racismo e homofobia, todos na Comarca de Igarassu. O pastor é líder do Ministério Dúnamis Pernambuco. Segundo sua esposa, que publicou um vídeo nas redes sociais, a porta da residência do casal foi arrobada durante a operação. Ainda de acordo com a mulher, no local estava também a filha do pastor. Fonte: https://portaldeprefeitura.com.br/2023/04/27/video-pastor-e-preso-acusado-de-atacar-religioes-de-matrizes-africanas-e-por-transfobia-em-igarassu/

Maior igreja da FSSPX será dedicada na quarta-feira

Na próxima quarta-feira, 3 de maio, será consagrada a Imaculada, maior igreja católica no Kansas (EUA) e a maior da FSSPX no mundo. O templo terá capacidade para 1500 pessoas sentadas e está praticamente concluído. S.E.R. D. Fellay quem celebrará a missa. St. Mary’s é uma pequena cidade americana onde a FSSPX mantem um Priorado e uma escola (St. Mary’s Academy & College). São cerca de 900 alunos. A maioria de sua população é de fiéis da Fraternidade, incluindo ocupantes de cargos da prefeitura, câmara municipal e em outros órgãos públicos Em 8 de novembro de 1978, um incêndio destruiu a antiga capela da Imaculada. Desde então, a comunidade celebra as missas em lugares provisórios e busca construir uma nova igreja que pudesse acomodar os fieis. É possível ler mais sobre o projeto no link.

Francisco: “o risco não desapareceu: penso na transição do comunismo para o consumismo”

O Papa Francisco encerrou sua viagem apostólica à Hungria depois de realizar um encontro com o mundo acadêmico e universitário na Universidade Católica Péter Pázmány, além de ter participado da cerimônia de despedida no aeroporto internacional de Budapeste. Na universidade católica, o Santo Padre referiu-se ao conhecimento, aos avanços técnicos, à sensação de ser e ter, ao risco de o homem se deixar esmagar pelas máquinas, perder o contato com a realidade e a capacidade de cultivar o espírito. Fez também referência ao perigo “daquelas ideologias que carregam uma falsa ideia de liberdade e ao que viveu a Hungria, que assistiu à sucessão de ideologias que se impuseram como verdades, mas que não deram liberdade”. “Ainda hoje” -afirmou- “o risco não desapareceu: penso na passagem do comunismo ao consumismo. Em comum, ambos os ‘ismos’ contêm uma falsa ideia de liberdade; a do comunismo era uma ‘liberdade’ forçada, limitada de fora, decidida por outro; a do consumismo é uma ‘liberdade’ libertária, hedonista, achatada em si mesma, que escraviza o consumo e as coisas”. Francisco afirmou que “é fácil passar dos limites impostos ao pensamento, como no comunismo, para um pensamento sem limites, como no consumismo, e de uma liberdade que se restringe a uma liberdade sem freios”. “Jesus ensina que é a verdade que liberta o homem das suas dependências e dos seus fechamentos”, sublinhou o Papa, acrescentando que “a chave para aceder a esta verdade é um conhecimento que nunca se desvincula do amor, relacional, humilde e aberto, concreto e comunitário, corajoso e construtivo”. O Papa também disse que a cultura é como “um grande rio” que “permite navegar pelo mundo e abraçar países e terras distantes, satisfaz a mente, rega a alma e faz crescer a sociedade”. “A própria palavra cultura deriva do verbo cultivar. O conhecimento implica uma semeadura diária que, penetrando nos sulcos da realidade, dá frutos”, disse o Bispo de Roma. A seguir, o pontífice citou Romano Guardini, que se referiu a duas formas de conhecer: uma delas é aquela que “nos leva a mergulhar nas coisas e no seu contexto”, e outra que “consiste em apreender, decompor, classificar, tomar posse do objeto, domine-o. Este último, disse ele, em que “energia e matéria foram conduzidas para um único fim: as máquinas”. Nesta linha, o Papa esclareceu que Guardini “não demoniza a tecnologia, que nos permite viver melhor, comunicar e ter muitas vantagens, mas alerta para o risco de que ela se torne reguladora, senão dominadora, da vida”, e convidou a pensar, entre outras coisas, “da crise ecológica, da natureza que simplesmente reage ao uso instrumental que lhe demos”. Assegurou ainda que esse risco se reflete “na solidão de indivíduos muito ‘redes sociais’ mas ‘anti-sociais’”, que recorrem à técnica “para preencher o vazio que experimentam, correndo de forma ainda mais frenética enquanto, escravos do capitalismo selvagem, sentem ainda mais dolorosamente suas próprias fragilidades, numa sociedade onde a velocidade externa anda de mãos dadas com a fragilidade interna”. Diante deste panorama, o Papa chamou a refletir sobre a “arrogância de ser e ter”, onde o “paradigma tecnocrático exaspera, com certo uso de algoritmos que podem representar um risco ulterior de desestabilizar o humano”. De fato, citando Benson, o Papa alertou contra “ideologias opostas” que convergem “numa homologação que coloniza ideologicamente”. “O homem, em contato com as máquinas, achata-se cada vez mais, enquanto a vida comum se torna triste e rarefeita”, continuou o pontífice, que perante tal panorama, pediu que a universidade seja um lugar onde o pensamento “nasce, cresce e amadurece aberto e sinfônico, o ‘templo’ onde o conhecimento é chamado a se libertar dos limites estreitos do ter e do possuir para se tornar cultura, ou seja, o ‘cultivo’ do homem e suas relações fundamentais: com o transcendente, com a sociedade, com a história , com a criação”. O Papa recordou o que foi afirmado pelo Concílio Vaticano II, no qual “a cultura deve estar subordinada ao aperfeiçoamento integral da pessoa humana, ao bem da comunidade e de toda a sociedade humana”. Portanto, é preciso cultivar o espírito de modo que se promova a capacidade de admiração, intuição, contemplação e julgamento pessoal, bem como o poder de cultivar o senso religioso, moral e social’. Francisco disse que a cultura “nos acompanha no conhecimento de nós mesmos”, o que significa “saber reconhecer os próprios limites e, consequentemente, refrear a presunção de autossuficiência”, afirmando que isso “faz bem, porque se trata de todos nos reconhecermos como criaturas quando nos tornamos criativos, mergulhando no mundo, em vez de dominá-lo”. Por fim, desejou que esta universidade, junto com todas as outras, fossem centros de universalidade e liberdade, “uma fecunda obra de humanismo, uma oficina de esperança”. Fonte: https://www.infocatolica.com/?t=noticia&cod=46321

Ocorreu neste último sábado (29/04) a I Liga Cristo Rei Regional Nordeste.

Ocorreu neste último sábado (29/04) a I Liga Cristo Rei Regional Nordeste. O evento foi organizado pelas seguintes entidades: Confraria Dom Vital, Centro São Domingos e Centro Dom Henrique Soares. O evento faz parte da iniciativa de leigos católicos que desejam estudar e defender a Fé Católica tão atacada pelos próprios Bispos que deveriam guardá-la e ensiná-la. A Liga Cristo Rei nasceu de uma iniciativa do Centro Dom Bosco (RJ) que organiza todos os anos o seu encontro nacional. O Centro Dom Bosco, auxilia católicos que desejam criar centros de estudo em suas cidades. Os católicos que desejam maiores informações a respeito, entrem em contato pelo email [email protected].

Regimes autoritários querem explorar internet “fragmentada” para controle a fala, alerta especialista da ICANN

Os críticos dizem que os temores de que o governo Obama cedesse a supervisão da internet para a ‘comunidade internacional’ agora estão se concretizando. Especialista sênior em engajamento da ICANN (Internet Corporation for Assigned Names and Numbers), David Hubermann, afirmou que governos autoritários querem controlar o povo através de uma “fragmentação” da internet. Neste contexto, o termo se refere ao bloqueio do acesso à Internet de ou para determinados países ou regiões do mundo. Outra alternativa é a criação de barreiras à interação entre diferentes serviços e funções da Internet. Uma medida como essa é implementada pelo governo chinês através do chamado Grande Firewall da China. Para os que não conhecem, a ICANN é uma organização sem fins lucrativos que era supervisionada pelo governo dos EUA até o governo Obama. A entidade coordena a manutenção e os procedimentos de vários bancos de dados relacionados ao sistema de nomes de domínio da Internet e ao endereçamento IP. Essas informações são necessárias para permitir que os computadores se localizem na internet. A fala de David Hubermann foi feita em comentários no CloudFest 2023 da indústria de infraestrutura online no mês passado. O especialista afirmou que “a potencial fragmentação da Internet é um tópico preocupante”. E destacou especificamente China, Irã e Rússia como “governos autoritários que desejam controlar seu povo”. A ICANN rejeitou as propostas de cortar o acesso da Rússia à internet para anular a propaganda do Kremlin em defesa de sua invasão da Ucrânia. “Nós dizemos que não. Temos que permanecer neutros”, disse David, concordando com a posição de Elon Musk. Em sua análise, o corte da Rússia seria uma medida que pioraria a situação por impedir os russos de verem o contraponto. Porém, a ameaça de “fragmentação” da internet já está chegando aos países ocidentais. Medidas como o PL 2630/2020, ao tentarem acabar com o anonimato na rede, também ameaçam a privacidade dos usuários.

A coroação de Carlos III será um ato ecumênico e sincretista

Pela primeira vez desde o cisma anglicano, os bispos católicos estarão presentes na próxima coroação do rei britânico. O arcebispo católico de Westminster, cardeal Vincent Nichols, pronunciará uma bênção sobre Carlos III no final da coroação, de acordo com a liturgia da coroação publicada pela Igreja Anglicana na noite de sábado. Assim como um arcebispo ortodoxo. Haverá mais participação de outras comunidades religiosas cristãs na coroação no próximo sábado pela primeira vez a pedido expresso do novo rei. Além de Nichols, o rei será abençoado pelo arcebispo greco-ortodoxo da Grã-Bretanha, Nikitas Loulias, e também pela presidente das Igrejas Livres, Helen Cameron. Além disso, Carlos III prometerá proteger todas as religiões antes do juramento de coroação, que também é novidade. Após a cerimônia de coroação, será lida uma saudação conjunta de outras religiões. De acordo com o programa, representantes do judaísmo, islamismo, hinduísmo, budismo e sikhs saudarão Carlos III como “vizinhos na fé”. Fonte: https://www.infocatolica.com/?t=noticia&cod=46324