Na mesma semana em que o aplicativo Telegram foi, novamente, bloqueado no Brasil, o Congresso aprovou o regime de urgência para o PL 2630/2020, também chamado de PL das Fake News ou PL da Censura. O projeto é iniciativa do Senador Alessandro Vieira (CIDADANIA/SE) e já foi aprovado no Senado. Tramitar em regime de urgência significa que não haverá discussão nas comissões, indo direto para a votação em plenário. Se aprovado também na Câmara, o texto retorna para o Senado referendar as mudanças ocorridos. O projeto tem recebido elogios dos veículos de imprensa tradicionais e críticas das chamas Bigs Techs. Políticos de direita também criticaram, enquanto políticos de esquerda apoiam a tramitação. A tramitação do projeto começou em 2020, o que explica ele versar também sobre questões como “medidas sanitárias”. À época, o país ainda enfrentava muitas discussões sobre a Covid-19. O texto também recebeu sugestões do TSE e do Poder Executivo. Entre elas, a proibição de veiculação de propaganda eleitoral dois dias antes do pleito e um dia após. A Google emitiu uma carta pública contra o projeto (que pode ser encontrada aqui). Segundo a empresa, o PL 2360/2020: Acaba protegendo quem produz desinformação; Coloca em risco o acesso e a distribuição gratuita de conteúdo na internet; Dá amplos poderes a um órgão governamental para decidir o que os brasileiros podem ver na internet; Traz sérias ameaças à liberdade de expressão; Prejudica empresas e anunciantes brasileiros; Dificulta o acesso dos brasileiros à Busca do Google ao tratar buscadores como redes sociais. O Inteiro teor do projeto pode ser conferido no site da Câmara dos Deputados. Muito do PL 2630/2020 parece ter origem nas ações recomendadas no documento Ações e Diretrizes para a Regulação de Plataformas Digitais no Brasil, do Comitê Gestor da Internet. O texto é fruto de discussões de um seminário organizado pela instituição nos dias 1 e 2 de setembro de 2022 e contou com a participação de pesquisadores, especialistas jurídicos e representantes das empresas. O arquivo pode ser consultado na íntegra aqui. Mudanças Previstas Entre as medidas previstas, estão, ao nível de Estado: Multa por não cumprimento de decisão judicial de remoção de conteúdo; Proibição de políticos bloquearem usuários em suas redes; O texto estende a imunidade parlamentar às redes sociais. Para as empresas: Criação relatório de transparência; Possibilidade de recurso contra exclusão de conteúdo; Plataformas terão que informar os motivos da exclusão de conteúdo; Empresas deverão pagar por conteúdo jornalístico; Limitação no disparo de mensagens em massa; Criação de ferramentas que proíbam o uso de crianças e adolescentes, principalmente o acesso de conteúdos nocivos; Responsabilização solidária das plataformas por conteúdo distribuídos por meio de publicidade; Uso de robôs simulando pessoas será de responsabilidade das plataformas. Para os usuários, a identificação dos usuários de redes sociais e aplicativos de mensagem, com o objetivo de reduzir o anonimato na internet e facilitar a responsabilização. Algo que não precisa ser feito via legislação especial, considerando os esforços da polícia em investigar os crimes cibernéticos já tipificados. No artigo 11, anteriormente, o projeto falava que as empresas deveriam atuar “preventivamente” para remover determinados conteúdos perigosos. Após as críticas de entregar às empresas poder de censura, o texto foi alterado para “devem atuar diligentemente para prevenir e mitigar práticas ilícitas no âmbito de seus serviços”. Os conteúdos ilícitos são abordados nos incisos do artigo 11: I – crimes contra o Estado Democrático de Direito, tipificados no Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940; II – atos de terrorismo e preparatórios de terrorismo, tipificados pela Lei nº 13.260, de 16 de março de 2016; III – crime de induzimento, instigação ou auxílio a suicídio ou a automutilação, tipificado no Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940; IV – crimes contra crianças e adolescentes previstos na Lei nº 8.069, de 13 de julho 1990, e de incitação à prática de crimes contra crianças e adolescentes ou apologia de fato criminoso ou autor de crimes contra crianças e adolescentes, tipificados no Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940; V – crime de racismo de que trata o art. 20, 20-A, 20-B e 20-C da Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989; VI – violência contra a mulher, inclusive os crimes dispostos na Lei nº 14.192, de 4 de agosto de 2021; e VII – infração sanitária, por deixar de executar, dificultar ou opor-se à execução de medidas sanitárias quando sob situação de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional, de que trata o art. 10 da Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977. Para avaliação do trabalho das redes nesse esforço, serão utilizadas as informações sobre o conjunto de ações, sem considerar fracassos ou sucessos isoladamente. Críticas ao Projeto O principal problema que o texto apresenta é de fiscalização. São muitas as novas regras às quais os provedores precisarão se adaptar e nem todas possuem clareza de como funcionarão, deixando brechas interpretativas. Além disso, algumas delas, nalguma medida, já fazem parte do funcionamento normal das plataformas, como a avaliação de “riscos sistêmicos decorrentes da concepção ou funcionamento dos seus serviços”. O artigo 16 do PL, por exemplo, parece inócuo por já ser uma prática comum dos provedores permitir que se denuncie conteúdo potencialmente ilegal. Em contrapartida, a lei é benéfica ao usuário quando obriga os provedores a justificarem remoção de conteúdo, automatizada ou não, e informar prazo para recurso da decisão. Uma prática que já existe, mas não é aplicada por todos os provedores. Também há benefício ao obrigar os provedores a esclarecerem os critérios de moderação e a listarem os conteúdos inelegíveis ou com possível limitação de publicidade. As únicas exceções referem-se, por exemplo, aos algoritmos que são segredo industrial, como os que atuam na indicação de conteúdo aos usuários. Apesar de quaisquer boas intenções, a quantidade de usuários de algumas das redes, torna virtualmente impossível mantê-las sem usuários maliciosos. O rigor na fiscalização, a partir de um determinado ponto, passa a coibir o funcionamento da rede porque só os usuários
Mês: abril 2023
Bispos anglicanos declaram comunhão ‘quebrada’ após a Igreja da Inglaterra apoiar bênção de uniões do mesmo sexo
Bispos anglicanos de todo o mundo declararam que sua comunhão com a Igreja Anglicana da Inglaterra foi “quebrada” após o apoio ao “casamento” entre pessoas do mesmo sexo. A declaração foi emitida em 21 de abril pela quarta Conferência Global Anglicana do Futuro (GAFCON) da Fraternidade Global de Anglicanos Confessantes, realizada em Ruanda. 1.300 delegados participaram da conferência, o que representa 85% dos anglicanos no mundo. O documento da GAFCON destacou que: “As divisões atuais na Comunhão Anglicana foram causadas por afastamentos radicais do evangelho do Senhor Jesus Cristo. Alguns dentro da Comunhão foram levados cativos por filosofias vazias e enganosas deste mundo (Colossenses 2:8). Tal falha em ouvir e atender à Palavra de Deus prejudica a missão da igreja na totalidade”. “Apesar de 25 anos de advertências persistentes da maioria dos primazes anglicanos, repetidos afastamentos da autoridade da Palavra de Deus rasgaram o tecido da Comunhão. Essas advertências foram descarada e deliberadamente desconsideradas e agora, sem arrependimento, essa lágrima não pode ser consertada”. Além da aprovação do “casamento” entre pessoas do mesmo sexo, a Igreja Anglicana da Inglaterra aprovou um rito litúrgico oficial de bênção para as uniões. Na declaração, os demais bispos chamaram tais ritos de uma bênção “enganosa e blasfema” do pecado, além de uma ofensa ao Espírito Santo. “A última dessas partidas é o voto majoritário do Sínodo Geral da Igreja da Inglaterra em fevereiro de 2023 para acolher propostas dos bispos para permitir que casais do mesmo sexo recebam a bênção de Deus. Entristece o Espírito Santo e a nós que a liderança da Igreja da Inglaterra esteja determinada a abençoar o pecado. Como o Senhor não abençoa as uniões entre pessoas do mesmo sexo, é pastoralmente enganoso e blasfemo elaborar orações que invoquem bênçãos em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. Os bispos ainda reiteraram que o ensino das Escrituras sobre o casamento é que este é uma união vitalícia de um homem e uma mulher. E condenaram qualquer desvio desse ensino como contrário à ordem da natureza e ao que é necessário para a salvação. Eles também apontaram que a aprovação de fevereiro é contrária à própria resolução da Igreja da Inglaterra na Conferência de Lambeth de 1998. Os bispos pediram à Igreja da Inglaterra que se arrependesse. Enumearam outros pontos da doutrina cristã que também foram atacados pela comunhão anglicana e declararam que, até que tal arrependimento ocorra, sua comunhão com a Igreja da Inglaterra “permanece quebrada”.
Morre Dom Clemente Serna, abade de Silos que popularizou o canto gregoriano
Conforme confirmado pela Arquidiocese de Burgos, Dom Clemente Serna, que foi abade do Mosteiro de Santo Domingo de Silos (Burgos) e figura fundamental na popularização do canto gregoriano no mundo, faleceu aos 76 anos devido a um longa doença. A abadia de Santo Domingo de Silos, a vila que a acolhe e a sociedade burgos em geral lamentam hoje o falecimento, aos 76 anos, de D. Clemente Serna, abade do mosteiro durante 24 anos e o grande promotor do reconhecimento deste lugar como centro religioso, artístico e cultural de primeira grandeza. Nascido em Montorio em 27 de dezembro de 1946, entrou para o mosteiro com apenas 13 anos, assumindo em 1964 os compromissos de pobreza, castidade e obediência para se tornar sacerdote em 1971. Abade entre 1988 e 2012, faleceu ontem no Priorado de Montserrat que a ordem beneditina tem em Madrid e onde viveu durante algum tempo Dom Clemente Serna. Os monges do Mosteiro de Santo Domingo de Silos alcançaram a fama na década de 1990, após a publicação do álbum As Melhores Obras do Canto Gregoriano. O álbum foi um grande sucesso de vendas e a canção divina se espalhou pelas paradas musicais. Fonte: https://www.infocatolica.com/?t=noticia&cod=46297
Relatório anual da Planned Parenthood mostra que abortos se mantêm estáveis
O Relatório Anual 2021-2022 da Planned Parenthood diz que, no ano passado, 2022, a rede realizou 374.155 abortos. É o primeiro relatório desde que a Suprema Corte dos EUA anulou Roe v. Wade, revelando que, apesar de uma onda de leis pró-vida recém-executadas, a gigante do aborto registra seu segundo maior número de abortos de todos os tempos. O grupo também realizou 470.419 testes de Papanicolau e exames de mama, 4,4 milhões de testes e exames para infecções sexualmente transmissíveis, 2,3 milhões de serviços de controle de natalidade, 6.244 serviços de pré-natal, 2.653 serviços relacionados a abortos espontâneos e 1.803 encaminhamentos para adoção. Ao mesmo tempo, entre 2021 e 2022, os serviços pré-natais caíram 29%. Além disso, os cuidados com abortos caíram 5%, os encaminhamentos para adoção caíram 7%, os testes de DST caíram mais de 2% e os testes de gravidez caíram 3,7%. A Suprema Corte derrubou Roe vs Wade em junho, próximo da metade do ano, levando catorze estados a aprovarem e ativarem leis que proíbem a maioria dos abortos. A Planned Parenthood suspendeu abortos e fechou locais nos estados. Um relatório no início deste mês da Society of Family Planning indica que 32.260 abortos a menos ocorreram nos EUA nos primeiros seis meses após Roe, e a análise indica que o impacto real pode ser consideravelmente maior. O relatório da Planned Parenthood também elogia o trabalho da organização com a Federação Nacional de Aborto e a Rede Nacional de Fundos de Aborto para estabelecer “70 navegadores” em todo o país. Eles subsidiam viagens para consultas de aborto em jurisdições amigas, bem como distribuem remotamente pílulas abortivas. Esforços que foram auxiliados pelo governo pró-aborto de Biden. Foram 670,4 milhões de dólares que a Planned Parenthood recebeu em fundos dos contribuintes no ano passado, um aumento de 5,8% em relação a 2021. O presidente Joe Biden pediu ao Congresso que codificasse o “direito” ao aborto na lei federal, o que não apenas restauraria, mas também expandiria o status quo de Roe vs Wade, tornando ilegal que os estados aprovassem praticamente qualquer lei pró-vida. Atualmente, os democratas sabem que não possuem os votos para a mudança, mas a pauta do aborto já aquece o debate para as eleições do próximo ano.
O Twitter removeu um usuário que promovia uma bandeira celebrando “Youth Attracted Person[s]”
O Twitter removeu um usuário que promovia uma bandeira celebrando “Youth Attracted Person[s]”, algo como “pessoas atraídos por jovens”, também conhecidos como pedófilos. Um usuário compartilhou os tweets da conta suspensa, parabenizando o dono da rede social. Elon Musk respondeu “Não tolerado nesta plataforma”. A remoção é mais um sinal da mudança cultural no Twitter, agora sob a liderança de Elon Musk. A empresa já removera mais de 700.000 contas que promoviam pornografia infantil, além de retirar sua política contra o uso de descrições biologicamente precisas de indivíduos com confusão de gênero. Desde a aquisição por Elon Musk, o Twitter passou por uma série de mudanças, como a demissão de mais da metade da equipe, substituição de verificadores de fatos por um recurso de notas da comunidade direcionado ao usuário e divulgação informações valiosas sobre as atividades de censura da administração anterior. Alguns problemas permaneceram. No final de março, conservadores tiveram suas contas suspensas temporariamente por criticar um planejado “Dia da Vingança Trans”. Uma mulher que se identificou como transgênero realizou um tiroteio brutal contra uma escola cristã em Nashville, Tennessee e conservadores apontaram a possível conexão. Até o momento, não se sabe se, de fato, o atirador era afiliado ao grupo.
Mexicanos vão às ruas para exigir a revogação das leis do aborto e a defesa da vida
Tanto a Conferência dos Bispos Mexicanos, como a Dimensão Episcopal para a Vida e a Arquidiocese Primaz do México fizeram eco ao convite e convidam os católicos e as pessoas de boa vontade a participar. O movimento cidadão Passos pela Vida convocou a 12ª edição da Marcha Passos pela Vida. Tanto a Conferência dos Bispos Mexicanos, como a Dimensão Episcopal para a Vida e a Arquidiocese Primaz do México fizeram eco ao convite e convocam os católicos e as pessoas de boa vontade a comparecerem no sábado, 29 de abril, na Cidade do México . O compromisso é às 10h30 no Monumento à Revolução para marchar em direção ao Congresso da Cidade do México, local onde foram modificadas as leis que hoje causam a morte de milhares de nascituros todos os anos. Os convocadores: exigir a revogação total das leis que ameaçam a vida dos nascituros exigir a promoção de políticas públicas em favor de mulheres vulneráveis e nascituros, e Manifestam seu compromisso de continuar trabalhando para promover uma cultura social que cuide e proteja a vida desde a concepção até a morte natural; e para as mulheres em todas as fases de suas vidas, incluindo a gravidez. O aborto foi descriminalizado há 16 anos no então Distrito Federal, hoje Cidade do México. Desde então, 256.665 crianças concebidas foram mortas, segundo dados oficiais que não incluem abortos realizados em todas as clínicas privadas. Há 12 anos, o movimento Passos pela Vida organiza a Marcha pela Vida para denunciar o crime condenável do aborto, proteger o nascituro e demonstrar apoio público às mulheres em situação de vulnerabilidade. Apoio da Hierarquia Mexicana Vários bispos e instituições falaram sobre a 12ª edição da Marcha pela Vida e valorizaram o trabalho de Pasos por la Vida. 8 de fevereiro de 2023: Carta do Cardeal Carlos Aguiar Retes, Arcebispo Primaz do México, “a todos os fiéis católicos que fazem peregrinações à nossa Arquidiocese Primaz do México, a meus irmãos Bispos e a todos que valorizam o dom da vida nesta Grande Metropolitana Cidade”, exortando a participar da promoção da cultura e da espiritualidade em favor da vida, da mulher e da família. Afirma ainda: “Reconhecendo o vosso compromisso com a Vida, exorto-vos a não poupar esforços para promover todo o tipo de apoio, a começar pela nossa oração, em favor das mulheres, crianças e famílias em situação de vulnerabilidade que veem ameaçado o seu direito a uma vida digna . 13 de fevereiro de 2023: Declaração da Dimensão Episcopal para a Vida assinada pelo Bispo José Jesús Herrera Quiñones. Peça aos pastores que acolham e apoiem tanto a 12ª Marcha pela Vida quanto o movimento Passos para a Vida. 21 de abril de 2023: Declaração do presidente da Dimensão Episcopal para os Leigos, Dom Víctor Alejandro Aguilar Ledesma, convidando-os também a participar da Marcha organizada por Passos pela Vida. Organizações civis A plataforma Verdades Claras y Falsos Máximas entrevistou Jahel Torres, organizadora desta edição da Marcha, que defendeu a necessidade de presença e apoio. Fonte: https://www.infocatolica.com/?t=noticia&cod=46300
Basílica dos franciscanos oferecerá recital em Brasília/DF
O Santuário São Francisco de Assis em Brasília/DF, que recentemente tornou-se uma Basílica Menor pelo Papa Francisco, convida toda a comunidade a um recital a ser realizado no dia 29/04 (sábado) às 19:30. Convém que todos cheguem às 19:00 e se for possível, ainda mais cedo para participarem da Santa Missa às 18:00. O evento é intitulado Recital Entrando na Casa do Rei. Se apresentarão a Orquestra KOPA, Scola Cantorum de Brasília e Escola de Música Pauliny. O Santuário São Francisco de Assis localiza-se na 915 Norte.
Divórcio aumenta o risco de crianças caírem na pobreza.
O estudo foi desenvolvido por Carole Bonnet e Anne Solaz e publicado pelo INED (Institut National D’Études Demographiques, França). Segundo os dados observados, cerca de 4% das crianças que vivem com ambos os pais caem na pobreza a cada ano. Porém, o número é cinco vezes maior (21,5%) se os pais se divorciam. Pelo levantamento, as taxas de pobreza são muito mais altas para crianças cujos pais acabaram de se separar (29%) do que para crianças que vivem com ambos os pais (13%). Os índices permanecem maiores mesmo cinco anos após o divórcio (23%). A taxa de pobreza varia de conforme a idade da criança no momento da separação parental. Quanto mais nova as crianças experimentam a separação dos pais, maior o risco de pobreza. Mais de 35% das crianças de dois anos cujos pais acabaram de se separar são pobres. Em comparação, 22% das crianças de 13 anos são pobres. Os filhos cujos pais se separam experimentam uma queda substancial no seu padrão de vida, da ordem de 15% no ano da separação e 10% no ano seguinte, em relação ao ano anterior à separação. O estudo também admite que essa situação seria mais grave se comparado com o ganho nas famílias onde o divórcio não ocorreu. Além das questões financeiras, há outros impactos. A proporção de crianças cujo agregado familiar tem condições financeiras para ir de férias fora de casa durante pelo menos uma semana por ano diminui 10% entre o ano da separação e o ano seguinte. Receber amigos em casa é mais raro nos quatro anos seguintes à separação. Também são menores as condições de a família enfrentar um gasto imprevisto, oferecer presentes, trocar móveis usados ou ter um carro. O documento pode ser lido em inglês ou francês pelo link: https://www.ined.fr/en/publications/editions/population-and-societies/does-parental-separation-increase-the-risk-of-child-poverty
Comitê do governo japonês apoia pílula abortiva
Um comitê do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão votou pela aprovação de uma pílula que permitirá às mães matarem seus filhos ainda não nascidos até a nona semana de gestação. Atualmente, os abortos químicos não estão legalmente disponíveis no país. O próximo passo para a aprovação final é a deliberação do ministro da saúde do país, que deve aprová-la. A pílula, desenvolvida pela empresa farmacêutica britânica Linepharma, combina dois medicamentos: mifepristona e misoprostol. A combinação de drogas é a forma mais comum de induzir um aborto químico e já foi aprovada em grande parte do Ocidente. Na Europa, a mifepristona tornou-se disponível pela primeira vez há mais de 30 anos. Nos EUA, seu uso é proibido nos estados que proibiram explicitamente ou restringiram fortemente o aborto. Atualmente, a droga é objeto de uma ação judicial onde os autores da ação argumentaram que a FDA (agência responsável pela regulamentação de medicamentos) aprovou indevidamente a droga, ignorando seus próprios protocolos de segurança. No Japão, o aborto é legal até 21 semanas e seis dias de gravidez. Porém, apenas se a mulher puder citar um risco para sua saúde ou provável dificuldade financeira se ela der à luz seu filho. Mulheres casadas só podem abortar com o consentimento do marido. Ativistas pró-vida lutam para mudar o cenário japonês e torná-lo mais favorável à vida. Anualmente, centenas participam da Marcha Anual pela vida em Tóquio. Ela ocorre todos os anos por volta da terceira segunda-feira de julho, durante o feriado nacional do Dia da Marinha. Neste ano, a marcha ocorrerá no dia 16 de julho.
Pesquisa sobre novos padres: a maioria reza o terço, vai à adoração eucarística, os pais permanecem casados
Mais de 450 homens devem ser ordenados sacerdotes este ano, e a pesquisa de sua classe de ordenação mostra que a esmagadora maioria dos futuros sacerdotes foi criada como católica em famílias intactas e mostrou individualmente hábitos de serviço religioso frequente e vida de oração regular. “Neste dia, agradeçamos a Deus por continuar a chamar homens e mulheres para servir a ele e à sua Igreja como sacerdotes, religiosos e pessoas consagradas”, disse o Bispo Earl Boyea de Lansing, Michigan, em 25 de abril. “Rezamos para que todas as famílias , professores e padres continuarão seu trabalho essencial de incutir a fé e o amor de Jesus em nossas crianças”. O Bispo Boyea preside o Comitê dos Bispos dos Estados Unidos sobre Clero, Vida Consagrada e Vocações. Na terça-feira, o comitê lançou o “Estudo da Classe de Ordenação de 2023” do Centro de Pesquisa Aplicada no Apostolado (CARA) da Universidade de Georgetown. A CARA buscou respostas da pesquisa dos 458 seminaristas a serem ordenados este ano. Recebeu 334 respostas, uma taxa de resposta de 73%. As respostas vieram de ordenandos em 116 dioceses dos EUA e 24 instituições religiosas diferentes. Educação católica em famílias estáveis Os seminaristas a serem ordenados, também conhecidos como ordinandos, são predominantemente “católicos de berço”. Cerca de 93% dos ordenados foram batizados como católicos quando crianças. Outros 96% foram criados por seus pais biológicos. Cerca de 92% foram criados por um casal que vivia junto. Para 84% dos ordenandos, ambos os pais eram católicos. Um em cada três entrevistados tinha um parente que é sacerdote ou religioso. O Bispo Boyea notou especialmente a importância da vida familiar dos futuros sacerdotes. “Pesquisas com religiosos e religiosas recém-professos e ordenados ao sacerdócio mostram que as famílias e o incentivo dos párocos junto às escolas católicas fornecem ambientes ideais para o crescimento de um chamado vocacional”, disse ele. Envolvido na vida paroquial Mais de 63% dos entrevistados disseram que seu pároco foi uma influência encorajadora em sua vocação, seguido por um colega paroquiano, um amigo, sua mãe, pai, professor ou catequista. O ministério da igreja é outro hábito comum para os futuros sacerdotes: Cerca de 72% dos futuros sacerdotes foram servidores do altar, enquanto cerca de metade serviram como leitores e 40% serviram como ministros extraordinários da Eucaristia. Outros 33% serviram como catequistas, enquanto porcentagens ligeiramente menores serviram na juventude ou no ministério universitário. Cerca de 23% foram cantores ou membros do ministério de música. Vida devocional marcada pela oração regular A pesquisa também mostra semelhanças na vida devocional. Entre os inquiridos, 73% participavam regularmente na adoração eucarística. Outros 66% rezavam regularmente o rosário. E 45% estavam em grupos de oração ou bíblicos. A lectio divina era uma prática regular para 33% dos entrevistados, que também relataram a participação em retiros de faculdade ou ensino médio. Mais da metade dos ordenados participaram do grupo de jovens de sua paróquia e outros 27% participaram do ministério católico do campus. Histórico educacional da classe de ordenação A pesquisa constatou que menos da metade dos novos padres frequentou escolas católicas: Cerca de 43% dos entrevistados frequentaram uma escola primária católica (K-8). Até 34% frequentaram uma escola secundária católica. Cerca de 11% foram educados em casa em algum momento de sua infância. Outros 35% dos entrevistados frequentaram uma faculdade católica. Cerca de 1 em cada 4 ordenandos – 26% – relatou dívida educacional ao entrar no seminário. Daqueles com dívidas, o valor médio devido era de $ 21.000. Cerca de 42% dos ordenandos tinham diploma universitário antes de entrar no seminário, enquanto cerca de 16% tinham pós-graduação. Outros 18% tinham alguma faculdade ou foram para a escola de comércio e 24% tinham o ensino médio ou menos. Cerca de 4% serviram nas forças armadas dos EUA, enquanto 12% eram de famílias de militares de carreira. Quantos anos eles têm e de onde são? A idade média dos ordenados diocesanos é de 30 anos, enquanto os ordenados de institutos religiosos são ligeiramente mais velhos, com uma idade média de 34 anos. O entrevistado mais novo tinha 25 anos e o mais velho 67. O Centro-Oeste e o Sul agora lideram a formação de seminaristas, já que os seminários nessas duas regiões formaram cada um 31% dos futuros padres. Outros 17% dos ordenados foram formados no Nordeste, 13% no Oeste e 7% no exterior. Hispânicos ou latinos representam 16% da classe de ordenação de 2023. Sua participação tem uma média de cerca de 15% desde 2006. Ordinandos de ascendência asiática/pacífica perfazem 10%, enquanto negros ou afro-americanos perfazem 6%. Os brancos representam 64% dos futuros padres. Cerca de 75% dos ordenados são nascidos nos Estados Unidos, mas a turma de 2023 representa 28 países de origem no total. Alguns países predominam. Cerca de 5% dos ordenados nasceram no México, enquanto porcentagens menores nasceram no Vietnã, Nigéria e Colômbia. A pesquisa foi divulgada antes do Dia Mundial de Oração pelas Vocações, marcado pela Igreja Católica este ano em 30 de abril, quarto domingo da Páscoa. Fonte: https://www.ncregister.com/cna/survey-of-new-priests-most-pray-rosary-go-to-eucharistic-adoration-parents-stayed-married