Liderança das faculdades católicas muda à medida que as vocações religiosas despencam

A governança do ensino superior católico nos Estados Unidos continua a mudar conforme menos fiéis entram em vocações religiosas e um número crescente de diretores seculares assume funções de liderança em instituições educacionais. As conclusões vêm de um relatório divulgado pela Associação de Faculdades e Universidades Católicas, uma organização que representa mais de 200 instituições católicas nos EUA e em todo o mundo. No relatório, a ACCU destaca que, por várias décadas, a liderança das faculdades e universidades católicas dos EUA “tem sido progressivamente entregue pelo corpo patrocinador a profissionais leigos”. Um “corpo patrocinador” é definido no relatório como “órgãos e indivíduos intermediários” que possuem “status oficial da Igreja”, que muitas vezes nos EUA é uma comunidade religiosa de freiras ou monges. A mudança ocorreu porque “o número de membros na vida religiosa nos Estados Unidos caiu quase três quartos nos últimos 50 anos”. E “essa tendência continua inabalável, em grande parte devido à morte dos membros atuais e ao recrutamento malsucedido de novos membros”, afirmou o ACCU. Dados do Centro de Pesquisa Aplicada ao Apostolado, um grupo de pesquisa afiliado a Georgetown que fornece análises de ciências sociais para a Igreja Católica, mostram que o número total de religiosos católicos – identificados como monges, freiras e padres – caiu de mais de 194.000 em 1970 para pouco mais de 50.000 no ano passado. Os restantes membros das ordens religiosas também envelheceram à medida que o seu número diminuiu, com 70% dos restantes religiosos atualmente com 70 anos ou mais. O relatório observa que “25 anos atrás, apenas 7% tinham 70 anos ou mais”. Os órgãos patrocinadores estão, portanto, “encontrando maneiras de implantar seus poucos religiosos remanescentes em cargos efetivos no conselho”, incluindo “nomear substitutos, criar organizações substitutas inteiras ou simplesmente alertar suas universidades de que cessarão o patrocínio em uma determinada data”.

Universidades católicas pressionam pela adoção de uma ética da IA

Oito universidades católicas de todo o mundo realizaram uma conferência de dois dias para discutirem uma estratégia de cinco anos para educar os jovens e buscar pesquisas sobre o impacto social da inteligência artificial. O evento foi realizado na Universidade Católica do Sagrado Coração, na cidade italiana de Milão. Os especialistas que participaram da conferência intitulada “O futuro das universidades católicas na era da IA” vieram de várias disciplinas das ciências humanas e ciências exatas. Um das conclusões, é que a IA levará a uma sobreposição multidisciplinar entre os dois grupos de ciências. Os avanços da IA também apresentam novos desafios aos pesquisadores, sem ameaçar obliterar seu papel. A conclusão geral dos professores da SACRU foi que a IA permite que as pessoas alcancem uma maior compreensão do mundo e de si mesmas, se for usada de maneira correta e ética. Educação na era da IA Em resposta aos desafios apresentados pela IA, a rede SACRU formulou uma estratégia de cinco anos para educar os jovens e promover a cooperação entre as oito universidades católicas. Os resultados da conferência serão compilados e publicados no final do ano, a fim de apresentar ao público as propostas das universidades sobre como adaptar suas missões de ensino e pesquisa à era da IA. A rede foi fundada em 2020 e inclui a Australian Catholic University (Austrália), Boston College (EUA), Pontificia Universidad Católica de Chile (Chile), Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (Brasil), Sophia University (Japão), Universidade Católica Portuguesa (Portugal) e Universitat Ramon Llull (Espanha). Informações com o Vatican News.

Universidades americanas instalam máquinas de venda automática de pílulas Plano B

Universidades americanas instalaram pelo menos 40 máquinas de venda automática da pílula Plano B em campis universitários em todo os EUA. Os números aumentaram no ano após a derrubada histórica de Roe v. Wade. Também conhecidas como “contraceptivos de emergência”, as pílulas do Plano B são projetadas para serem tomadas após a relação sexual sem preservativos ou outros contraceptivos. Quando tomados antes da ovulação, os medicamentos impedem a liberação de um óvulo, impossibilitando a ocorrência da fertilização. No entanto, quando tomados após a ovulação, um estágio que nem sempre é fácil de identificar, os produtos químicos podem inibir o corpo da mulher de produzir progesterona suficiente para sustentar a criança concebida ou afinar o revestimento uterino para que a vida jovem não possa se implantar, resultando num aborto. À medida que a proibição do aborto se espalha por todo o país, a esquerda intensificou a promoção do controle hormonal da natalidade. O presidente Biden, abertamente pró-aborto emitiu recentemente uma ordem executiva promovendo a contracepção no primeiro aniversário da decisão de Dobbs. Enquanto alguns legisladores, incluindo o comandante-em-chefe, defendem políticas para promover a contracepção, o trabalho de base está sendo conduzido principalmente por organizações independentes dedicadas a garantir que o controle de natalidade seja conveniente. Um desses grupos é a Sociedade Americana de Contracepção de Emergência (ASEC), cujo programa de Contracepção de Emergência para Cada Campus (EC4EC) busca fornecer controle de natalidade de fácil acesso em todas as universidades dos Estados Unidos. Dados atualizados do EC4EC mostram que existem atualmente 40 campi que instalaram máquinas de venda automática do Plano B. Os 18 estados que abrigam essas universidades são Califórnia, Utah, Oklahoma, Minnesota, Wisconsin, Louisiana, Flórida, Indiana, Ohio, Carolina do Norte, Virgínia, Maryland, Pensilvânia, Nova York, New Hampshire e Massachusetts. Mais recentemente, a Universidade de Washington, no estado de Washington, instalou sua máquina de venda automática de anticoncepcionais, onde já vendeu mais de 640 pílulas do Plano B por US$ 12,60 cada. As farmácias vendem marcas conhecidas por até US$ 50. Como a Associated Press informou em 1º de julho deste ano, o estado de Washington se tornou o primeiro no país a alocar dinheiro especificamente para empurrar a contracepção para os alunos através de máquinas de autoatendimento. Ações semelhantes realizadas no campus da Universidade George Washington foram especificamente motivadas pela decisão da Suprema Corte no caso Dobbs. Informações com o LifeSiteNews.

Mães no campus: como as faculdades católicas estão ajudam as mães a estudarem e cuidarem de seus filhos?

Faculdades e Universidades católicas colocam seus valores pró-vida em ação com iniciativas para ajudarem as mães a alcançarem o diploma. Entre as ações estão descontos nas mensalidades, arranjos habitacionais especiais, salas dedicadas à amamentação, vagas de estacionamento para “grávidas” e até mesmo babá grátis. Isso é o que mostra uma nova pesquisa de faculdades e universidades católicas dos EUA e entrevistas com mães de estudantes e administradores escolares feita pela EWTN News. Num empreendimento conjunto, a Catholic News Agency, o National Catholic Register e a EWTN News In Depth fizeram uma série e de notícias e reportagens de TV examinando como as mães são acolhidas em Campus universitários. Pesquisa de colégios católicos Para entender melhor que apoio está disponível para estudantes mães que buscam um diploma hoje, a EWTN News realizou pesquisa detalhada com 64 faculdades e universidades católicas nos EUA. Foi enviado um questionário para as instituições e elas foram contatadas pelos meios possíveis, pedindo-se que respondessem à pesquisa. 17 das 64, ou 26,5% das instituições, responderam. As 17 instituições que responderam à pesquisa foram: Ave Maria University, em Naples, Flórida; Belmont Abbey College, em Belmont, Carolina do Norte; Universidade Católica da América, em Washington, D.C.; Benedictine College em Atchison, Kansas; Faculdade da Cristandade em Front Royal, Virgínia; Universidade de Dayton em Dayton, Ohio; Universidade Franciscana de Steubenville em Steubenville, Ohio; Universidade Mount Saint Mary em Emmitsburg, Maryland; Universidade Saint Francis em Loretto, Pensilvânia; Universidade St. Leo em St. Leo, Flórida; Universidade de St. Peter em Jersey City, Nova Jersey; Universidade de Maria; Thomas More College em Merrimack, New Hampshire; Universidade de Dallas em Irving, Texas; Universidade de Notre Dame em Notre Dame, Indiana; Universidade Viterbo em LaCrosse, Wisconsin; Wyoming Catholic College em Lander, Wyoming. Todas as 17 instituições mantém políticas em vigor para lidar com questões habitacionais imediatas, mas poucas têm recursos mais abrangentes para ajudar com cuidados infantis, mensalidades e outros recursos. Entre as descobertas da pesquisa: Quinze das 17 instituições (88%) permitiram que as alunas grávidas permanecessem nos dormitórios, com as duas faculdades restantes oferecendo opções de moradia fora do campus. Sete instituições (41%) tinham opções de moradia especializadas para acomodar mães grávidas ou mães com filhos pequenos. Oito instituições (47%) ofereciam bolsas exclusivamente dedicadas a estudantes grávidas ou mães. Onze instituições (64%) possuíam salas de amamentação ou espaços destinados a esse fim. Cinco (29%) ofereciam creche no campus. Quatorze (82%) tinham recursos adicionais disponíveis no campus para estudantes grávidas ou pais, como estacionamento para gestantes, serviços de aconselhamento e suprimentos gratuitos para bebês. A University of Mary, Ave Maria, Belmont Abbey e The Catholic University of America se destacaram pela ampla gama de serviços que oferecem, segundo a pesquisa. É possível conferir a série completa de reportagens aqui.