Eduardo Verástegui, católico devoto, conhecido como líder pró-vida e dos direitos humanos, estrela de cinema e produtor do mundialmente conhecimento Sound of Freedom, declarou oficialmente sua candidatura para presidente do México. Verástegui anunciou seu registro para concorrer como candidato independente nas redes sociais na noite de quinta-feira. Es un hecho. Ya es hora. Después de un período de discernimiento, tomé la decisión más importante de mi vida: acabo de registrar ante el INE mi intención como aspirante a candidato independiente a la presidencia de la República Mexicana, para las elecciones del 2 de junio de… pic.twitter.com/yEUWSJdc2Q — Eduardo Verástegui (@EVerastegui) September 8, 2023 Com 49 anos, ele nasceu em Xicoténcatl, México, e foi criado em um lar católico devoto. Após um breve período na faculdade de direito, mudou-se para a Cidade do México para seguir carreira nas artes. Começou como modelo, foi recrutado como cantor de uma boy band de sucesso e se tornou estrela da televisão. Seu maior sonho, porém, era se tornar um ator de Hollywood. Um encontro casual com um gerente de elenco dos estúdios da 20th Century Fox o levou a um papel de falante de espanhol em um filme de Hollywood e à sua mudança para Los Angeles, onde começou a aprender inglês. Verástegui já havia abandonado a prática de sua fé há muito tempo, mas sua professora de inglês o encorajou gentil, mas persistentemente, a voltar. Numa entrevista de 2009 ao L’Osservatore Romano, Verástegui descreveu como sua professora lhe fez perguntas minuciosas sobre a sua fé, a sua carreira, como estava usando os seus talentos: “Tentei evitar respondê-las, mas durante seis meses ela persistiu com paciência e amor e, por fim, me perguntou diretamente: ‘Você realmente ama a Deus, Eduardo? Então por que você o ofende na maneira como vive sua vida?’ Depois disso, desabei e chorei como um bebê por horas. Confessei-me e prometi a Deus que entregaria a minha vida a ele e que nunca mais aceitaria papéis que comprometessem a minha fé católica ou ofendessem a minha família, ou a minha cultura latina”. Decidido por esse caminho, Verástegui abriu sua própria produtora cinematográfica, a Metanoia Films. Seu primeiro filme, a história de uma cozinheira que pede a uma colega grávida que não faça um aborto, chamava-se Bella, que ganhou o People’s Choice Awards no Festival de Cinema de Toronto em 2006. Também ganhou o prêmio Smithsonian Latino Centre por sua contribuição positiva para a cultura. O filme ajudou a salvar a vida de centenas de crianças em gestação.
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Tráfico humano em números: novos relatórios estimam milhões de vítimas diárias
Em 2021, 27,6 milhões de pessoas em todo o mundo foram submetidas a trabalho forçado. É o que mostra um relatório de setembro de 2022, “Trabalho forçado e casamento forçado”, de autoria da Organização Internacional do Trabalho, da Organização Internacional de Migração da ONU e do grupo de defesa dos direitos humanos com sede na Austrália, Walk Free Foundation. Conforme o relatório conjunto, 17,3 milhões de pessoas foram vítimas de exploração de trabalho forçado, 6,3 milhões foram vítimas de exploração sexual comercial forçada e 3,9 milhões de pessoas foram vítimas de trabalho forçado imposto pelo Estado em qualquer dia do ano de 2021. Esses números incluem cerca de 3,3 milhões de crianças sujeitas a trabalho forçado. Metade dessas crianças são exploradas sexualmente para fins comerciais. A Walk Free Foundation publicou em 16 de junho sua análise separada, incluindo classificações de países individuais, na última edição de seu Índice Global de Escravidão. A estimativa é que 28 milhões de pessoas foram submetidas a trabalho forçado no ano passado, enquanto outros 22 milhões foram encontrados em casamentos forçados. Os casamentos forçados são particularmente prevalentes nos estados árabes e são geralmente impostos por membros da família. Mulheres, migrantes, refugiados e outras pessoas em crise são afetados de forma desproporcional. O Global Slavery Index estima que 50 milhões de pessoas – 1 em 150 – viviam na escravidão moderna em algum momento de 2021, um aumento de 40 milhões de pessoas em relação a 2016. Notavelmente, há um debate sobre como definir vítimas de tráfico e escravidão: A página do Departamento de Estado dos EUA sobre tráfico de pessoas observa que “escravidão moderna” não é definida na lei internacional ou nos EUA. Alguns casos de casamento forçado podem atender às definições dos EUA ou internacionais de tráfico humano, mas nem todos os casos o fazem. Recomenda usar apenas os números do trabalho forçado. O Global Slavery Index baseia suas estimativas em milhares de entrevistas com sobreviventes coletadas em pesquisas domiciliares representativas em 75 países. Em sua avaliação, “escravidão moderna” refere-se a situações de exploração em que uma pessoa não pode recusar ou sair devido a ameaças, violência, coerção ou engano. Inclui trabalho forçado, trabalho prisional, servidão por dívida, casamento forçado, exploração sexual, venda e exploração de crianças. Pessoas que fogem de conflitos, desastres naturais, repressão política ou migram em busca de trabalho são particularmente vulneráveis. Tráfico e exploração: como os países se classificam O Índice Global de Escravidão, que inclui o casamento forçado como forma de escravidão, classifica a Coreia do Norte com a pior pontuação: estima-se que mais de 1 em cada 10 pessoas esteja em condições de escravidão moderna. Na Eritreia, estima-se que cerca de 9 em cada 100 pessoas sejam escravos modernos. Cerca de 3 em cada 100 pessoas na Mauritânia são escravas, com menos proporcionalmente na Arábia Saudita, Turquia, Tadjiquistão e Emirados Árabes Unidos. Cerca de 1 em cada 100 pessoas na Rússia, Afeganistão e Kuwait estão na escravidão moderna. Mais da metade de todas as pessoas que vivem na escravidão moderna estão nos países do G20, e esses países ajudam a alimentar a escravidão importando produtos e suprimentos que dependem do trabalho forçado. Entre os países do G20, a Índia tem 11 milhões de pessoas em escravidão moderna, a China tem 5,8 milhões de pessoas, a Rússia tem 1,9 milhão de pessoas, a Indonésia tem 1,8 milhão, a Turquia tem 1,3 milhão e os EUA têm 1,1 milhão de pessoas, segundo o relatório. O Global Slavery Index classificou os governos dos países em vários fatores relacionados à escravidão moderna: como países que identificam e apoiam os sobreviventes; como o sistema penal funciona para prevenir a escravidão moderna; coordenação e responsabilidade antiescravagista dos governos ao nível nacional e regional; como os países lidam com fatores de risco, atitudes sociais e outras instituições que possibilitam a escravidão moderna; e até que ponto o governo e as empresas eliminam o trabalho forçado da produção de bens e serviços. Conforme o índice, Reino Unido, Austrália e Holanda têm as respostas governamentais mais fortes à escravidão moderna, seguidos por Portugal e os Estados Unidos. As respostas do governo à escravidão moderna são mais fracas no Irã, Eritréia, Coréia do Norte, Somália e Líbia. Informações com a CNA.