O último censo irlandês mostra uma trajetória de declínio do catolicismo no País. AO mesmo tempo, outras religiões aumentam o número de seus fiéis. No censo de 2022, os católicos caíram de 79%, em 2016, para 69%. São 3.515.861 de católicos na Irlanda. Ao mesmo tempo, a população muçulmana na Irlanda aumentou de 63.443 em 2016 para 81.930 em 2022 e a população hindu mais que dobrou de 13.729 em 2016 para 33.043 em 2022. O número de pessoas sem religião também aumentou, passando de 284.269 em 2016 para 736.210 em 2022. A Igreja Protestante da Irlanda permaneceu relativamente estável. Em junho de 2022, paralelo a esse problema, o Irish Examiner relatou que o número de lares sem filhos na Irlanda havia crescido mais de 20% em um período de 12 anos. Famílias irlandesas menores e a imigração contribuem até certo ponto para o declínio do catolicismo e a ascensão de outras religiões. A hierarquia católica é acusada de contribuir para o problema ao permitir, entre outras coisas, que a catequese não seja devidamente administrada aos fiéis. Inclusive, a hierarquia católica participou em bloqueios e outras medidas extremas do COVID.
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Projeto de lei de combate ao discurso de ódio avança na Irlanda e teme-se uso para silenciar a Igreja
A Irlanda se encaminha para aprovar uma proibição mais ampla de crimes de discurso de ódio. Críticos alertam sobre os efeitos na liberdade de expressão, mas o texto já foi aprovado no Dáil, a Câmara Baixa do Parlamento Irlandês, por 110 a 14 em 26 de abril. O projeto de lei foi apresentado em 2022, como uma atualização de uma lei de 1989. O argumento para a atualização legislativo foi os desenvolvimentos tecnológicos e novas minorias proeminentes, especificamente pessoas de diferentes raças e religiões, com deficiência e as que se identificam como LGBTQ. Agora, o texto segue para o Senado para debate. Em outubro, o Departamento de Justiça apresentou um afirmando que muitos consideram a lei de 1989 “ineficaz”. São apenas cerca de 50 processos por violações nos últimos 30 anos. Conforme o resumo, a atualização legislativa protege a “genuína liberdade de expressão”. Porém, a realidade é diferente. J.K. Rowling, a autora de Harry Potter já foi acusada de ser “transfóbica” por afirmar que “mulheres trans” não são mulheres. Também existe a preocupação de que a lei seja usada para processar padres ou leigos católicos que expressam o ensino católico. O texto considera que uma “corporação” pode ser responsável por cometer crimes, o que significaria que a Igreja pode ser culpada pelas “expressões de seus membros”.