México virou destino de “turismo de aborto”

María Lourdes Varela, diretora da América Latina da campanha de oração 40 Dias pela Vida, denunciou o que considerou um crescente negócio de “turismo” de aborto em destinos turísticos populares no México. A fala foi a ACI Prensa. A líder pró-vida destacou que “há uma forte promoção de ‘pacotes turísticos de aborto’”, o que “mostra que o que é ilegal simplesmente se tornou legal e que não se importam com como uma mulher aborta, desde que possam cobrar pelo aborto”. “A menina [que aborta] é submetida a um procedimento em cidade que não é a sua, sem diagnósticos graves ou acompanhamento de médio e longo prazo. O provável é que, uma vez terminado o aborto, nunca mais a tenham de ver”, denunciou o líder pró-vida. Varela ainda criticou que “a indústria do aborto não se importa se há consequências, só quer concretizar um homicídio rapidamente e, sem marcações adicionais, fechar uma venda e aumentar a sua riqueza”. Na Cidade do México, desde 2007, o aborto a pedido foi descriminalizado até a 12ª semana de gestação. Nos últimos cinco anos, legislação semelhante foi aprovada nos estados de Oaxaca, Hidalgo, Veracruz, Baja California, Colima, Sinaloa, Guerrero, Baja California Sur, Quintana Roo e Aguascalientes. O assassinato pode ser realizado tanto em centros de saúde públicos como privados. Em setembro de 2021, o Supremo Tribunal de Justiça da Nação (SCJN), o mais alto órgão judicial do México, com poderes de tribunal constitucional, abriu as portas à descriminalização do aborto em todo o país ao declarar inválidos os artigos que criminalizavam a prática no Código Penal do estado de Coahuila. Em decisões subsequentes, o SCJN repetiu o mesmo critério para outros estados. Varela indicou que após a anulação do caso Roe vs. Wade, em 24 de junho de 2022, em cidades fronteiriças com os Estados Unidos, como Tijuana, foram abertos vários centros de aborto. Isto, disse ela, confirma “que o ‘turismo da morte’ é usado para aumentar as vendas com o sangue de inocentes”.

Igrejas cristãs são incendiadas no Paquistão após acusações de profanação do Alcorão

No leste do Paquistão, igrejas e casas de cristãos foram alvo de ataques em massa nesta quarta-feira, 16 de agosto, após acusações de profanação do Alcorão por um cristão. As agências de segurança locais intervieram, em conjunto com outras autoridades, para controlar a situação. Salim Masih é o cristão acusado de supostamente profanar o Alcorão. Segundo a Comissão Internacional para a Liberdade Religiosa dos Estados Unidos (USCIRF), Masih já havia sido preso em 2019 por suposta blasfêmia, mas foi solto sob fiança. O caso foi analisado pelo Paquistão Christian Post. As acusações de blasfêmia agravaram as tensões em todo o país, semeando medo na comunidade cristã. Muitos buscaram refúgio, temendo por sua segurança e de suas famílias. Líderes muçulmanos apareceram nas mídias sociais convocando seus apoiadores a protestar. A intolerância religiosa disparou no Paquistão, onde cerca de 90% da população pratica o islamismo. Os cristãos, que representam apenas 1,27% da população (2,6 milhões de pessoas), enfrentam regularmente situações de perigo – como esses últimos ataques – por causa dessa realidade. A Comissão Internacional de Liberdade Religiosa dos EUA identificou o Paquistão como um “país de particular preocupação”, enfatizando a necessidade de tomar medidas contra essas graves violações dos direitos humanos. A estrita legislação de blasfêmia do Paquistão está sob revisão. No país, quem profanar ou insultar o Alcorão é punido com prisão perpétua. Aqueles que profanarem o nome de Muhammad ou qualquer outro profeta do Islã são punidos com a morte. Os profetas muçulmanos incluem Abraão, Moisés, Elias, Jesus e outras figuras bíblicas. Os relatórios indicam que essas leis foram instrumentalizadas para atingir os cristãos, resultando em inúmeras detenções e prisões. De 1987 até o início de 2021, mais de 1.800 pessoas foram acusadas de blasfêmia. Em março deste ano, 40 pessoas cumpriam sentenças de prisão perpétua ou aguardavam execução por blasfêmia. Desde 1990, mais de 80 pessoas foram mortas por suposta blasfêmia. Informações com a ACI Prensa.

Arcebispo de Tóquio é eleito novo presidente da Caritas Internacional

O arcebispo Tarcisius Isao Kikuchi foi eleito o novo presidente da Caritas Internacional, a segunda maior organização de ajuda humanitária do mundo, ficando só atrás da Cruz Vermelha. Dom Tarcisius Isao Kikuchi foi o primeiro padre missionário do Japão na África, onde voluntariou em um campo de refugiados da Caritas, o início de 30 anos de serviço na organização caritativa católica. Mais de 400 delegados, participantes da 22ª Assembleia Geral da Caritas Internacional em Roma, de 11 a 16 de maio, elegeram Dom Kikuchi para um mandato de quatro anos. Resta a eleição do secretário-geral. Como presidente da Caritas Internationalis, Dom Kikuchi liderará uma confederação de mais de 160 instituições de caridade católicas que operam em 200 países e territórios. Ele sucede o cardeal Luis Antonio Tagle, que atuou como presidente da Caritas desde 2019. O primeiro padre missionário do Japão na África Após a ordenação sacerdotal em 1986 pela Sociedade do Verbo Divino, também conhecido como Missionários do Verbo Divino, o padre Kikuchi foi enviado para servir como missionário na zona rural de Gana por oito anos. Lá, testemunhou a pobreza extrema com pessoas morrendo sem medicação adequada e a disseminação do HIV-AIDS. Nessa situação, ficou impressionado com a forma como as pessoas se apoiavam e como isso criava esperança. Retornou à África em 1995 como voluntário da Caritas em um campo de refugiados em Bukavu, Zaire, que recebeu centenas de milhares de refugiados durante o genocídio de Ruanda. O padre Kikuchi tornou-se diretor-executivo da Caritas Japão em 1999 e foi nomeado bispo por João Paulo II em 2004. De 2007 a 2022, serviu como presidente da Caritas Japão, também participando como membro do Comitê Executivo da Caritas Internacional de 1999 a 2004 e liderando a Caritas Ásia como presidente de 2011 a 2019. O Papa Francisco nomeou Dom Kikuchi como arcebispo de Tóquio em 2017 e, atualmente, atua como presidente da Conferência Episcopal Japonesa e secretário-geral da Federação das Conferências Episcopais Asiáticas.