Magisterium AI é a nova inteligência artificial que deve ajudar católicos a conhecer o Magistério

O aplicativo Magisterium AI que é um LLM, Large Language Model e foi treinado usando um número limitado de documentos da Igreja. Semelhante ao ChatGPT da OpenAI ou ao Bard do Google, pode ser usado para gerar textos próximos ao modo de se expressar humano sobre conteúdo específico. Ele pode ser usado por quaisquer pessoas que buscam informações fundamentadas sobre a Igreja para auxiliar nos estudos. A IA é de responsabilidade da empresa internacional de tecnologia Longbeard. O objetivo é que seja uma resposta católica aos avanços da tecnologia para facilitar o acesso às informações, ajudando no processo catequético e na formação dos fiéis. O aplicativo também poderá ajudar na busca de informações por não católicos sobre a doutrina católica. Em matéria ao Crux Now, Mathew Sanders, fundador e CEO da Longbeard, destaca que “nossa IA é treinada em um banco de dados privado apenas de documentos da Igreja” e, portanto, há menos chance de a IA “alucinar”. O que ele se refere é à tendência de, por exemplo, o Chat GPT não só inventar coisas, mas as fontes que ele utilizou para formar o raciocínio apresentado. A menor chance não significa certeza e o uso exponencial quando do lançamento do aplicativo pode trazer questões nunca percebidas pelos programadores. Não só as alucinações são um problema, o potencial de censura que elas possibilitam ao dar a interpretação de determinados textos também é um risco. O aplicativo, lançado no início deste ano, possui atualmente cerca de 2.580 documentos magisteriais em seu banco de dados de conhecimento, e a lista está crescendo. Usado em mais de 125 países, o aplicativo gera textos em 10 idiomas: inglês, espanhol, francês, alemão, italiano, português, holandês, russo, chinês e coreano. Quem quiser experimentar, pode fazê-lo pelo link: https://www.magisterium.com.

Universidades católicas pressionam pela adoção de uma ética da IA

Oito universidades católicas de todo o mundo realizaram uma conferência de dois dias para discutirem uma estratégia de cinco anos para educar os jovens e buscar pesquisas sobre o impacto social da inteligência artificial. O evento foi realizado na Universidade Católica do Sagrado Coração, na cidade italiana de Milão. Os especialistas que participaram da conferência intitulada “O futuro das universidades católicas na era da IA” vieram de várias disciplinas das ciências humanas e ciências exatas. Um das conclusões, é que a IA levará a uma sobreposição multidisciplinar entre os dois grupos de ciências. Os avanços da IA também apresentam novos desafios aos pesquisadores, sem ameaçar obliterar seu papel. A conclusão geral dos professores da SACRU foi que a IA permite que as pessoas alcancem uma maior compreensão do mundo e de si mesmas, se for usada de maneira correta e ética. Educação na era da IA Em resposta aos desafios apresentados pela IA, a rede SACRU formulou uma estratégia de cinco anos para educar os jovens e promover a cooperação entre as oito universidades católicas. Os resultados da conferência serão compilados e publicados no final do ano, a fim de apresentar ao público as propostas das universidades sobre como adaptar suas missões de ensino e pesquisa à era da IA. A rede foi fundada em 2020 e inclui a Australian Catholic University (Austrália), Boston College (EUA), Pontificia Universidad Católica de Chile (Chile), Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (Brasil), Sophia University (Japão), Universidade Católica Portuguesa (Portugal) e Universitat Ramon Llull (Espanha). Informações com o Vatican News.

Como a Inteligência Artificial ajuda a traduzir a Bíblia para idiomas raros

Uma equipe de pesquisadores está usando a IA para traduzir a Bíblia para idiomas extremamente raros. Ulf Hermjakob e Joel Mathew são pesquisadores do Instituto de Ciências da Informação da University of Southern California em Marina Del Rey, Califórnia. Eles lançaram recentemente o Greek Room, um aplicativo para computador projetado para agilizar o processo de tradução da Bíblia, fornecendo serviços de controle de qualidade necessários, como verificação ortográfica para rascunhos de tradução criados por humanos. Hermjakob, um luterano ao longo da vida, disse que apesar de a Bíblia ser o livro mais traduzido do mundo, até agora ela foi traduzida para apenas cerca de 700 das 7.000 línguas do mundo, o que exclui muitas línguas que têm vários milhares de falantes. São idiomas raros, mas não tão pequenos quanto se possa pensar. Mathew, um engenheiro que trabalha principalmente na área de processamento de linguagem natural, nasceu de pais cristãos na Índia e veio para a Califórnia para obter seu mestrado. Mathew se identifica como um cristão não denominacional e permanece ativo na comunidade de sua igreja. Ele disse à CNA que a importância de ter uma Bíblia para falantes de idiomas relativamente raros não pode ser exagerada, pois ele viu isso em primeira mão entre as comunidades cristãs na Índia. Vale lembrar que, para os católicos, as traduções da Bíblia devem ser aprovadas pelo Vaticano ou pela conferência dos bispos apropriada antes de poderem ser publicadas. Como a IA ajuda na tradução? Verificadores ortográficos para os principais idiomas, como o inglês, já existem há algum tempo. Para idiomas com milhares de falantes, softwares comerciais de verificação ortográfica simplesmente não existe. O software do Greek Room pode escanear rascunhos da tradução e procurar inconsistências na ortografia, sinalizando-as para o usuário. Ele também pode escanear o texto e certificar-se de que o alinhamento das palavras parece estar correto e, novamente, sinalizar inconsistências para o tradutor. Para uma tradução longa e técnica como a Bíblia, essas ferramentas podem economizar muito tempo e esforço do tradutor. Nem tudo o que a IA sinaliza será um erro real, mas fornecerá uma lista útil de itens para os tradutores humanos examinarem e discutirem, observou Mathew. O software também pode apresentar um “menu” de termos de outras traduções em um esforço para ajudar o tradutor a escolher uma palavra para termos difíceis. O exemplo que Hermjakob deu foi para o termo “aríete”, que não tem equivalente em alguns idiomas. Nesse caso, as sugestões do software podem ajudar o tradutor a escolher uma palavra em seu idioma que faça sentido. Mathew e Hermjakob deixaram claro que seu programa não pretende ser uma solução completa para traduzir a Bíblia. O processo requer uma pequena equipe de falantes nativos da língua rara que também conheçam uma segunda língua mais comum, como inglês ou francês e saibam do conteúdo a ser traduzido. O programa é projetado para “aprender” com os falantes nativos do idioma raro e será capaz de aprender mais palavras e gramática do idioma quanto mais informações forem fornecidas. Além de obter financiamento de sua universidade, o trabalho de Hermjakob e Mathew recebeu apoio de uma importante agência cristã de tradução da Bíblia. Seu objetivo é disponibilizar o software gratuitamente, de acordo com suas crenças cristãs sobre a importância de divulgar a palavra de Deus “a toda tribo e nação”. Informações com a CNA.

Empresas lançam ferramentas baseadas em IA para avaliar “desinformação” em podcasts

Empresas do setor de podcast lançaram, recentemente, ferramentas com tecnologia de IA para detectar “desinformação” e conteúdo controverso nos programas. A medida é chamada por empresas de “análises de segurança de marca”, e está sendo executada por ferramentas alimentadas por IA. Até o momento, três empresas lançaram suas aplicações: Sounder, NewsGuard e Barometer. A NewsGuard afirma ser líder no setor de confiança no combate à desinformação e lançou sua ferramenta “Classificação de credibilidade de podcast” em maio de 2023. A ferramenta classifica os podcasts com uma pontuação de confiança de 0 a 10 e visa os anunciantes, para eles poderem “evitar publicidade em podcasts que transmitem regularmente informações falsas” ou em “noticiários fortemente tendenciosos ou politicamente inclinados”. Os critérios mais importantes para uma alta pontuação de confiança são “não transmite regularmente informações falsas e incontestadas” e “dá notícias sobre tópicos importantes com responsabilidade”. Porém, a ferramenta rotulou todas as histórias de veículos convencionais, como Huffington Post, CNN, CNBC, The Washington Post, etc., como confiáveis, embora algumas de suas notícias se mostrem imprecisas. Até janeiro de 2024, a empresa pretende classificar os 200 principais podcasts de notícias das maiores plataformas de streaming. O principal risco já identificado e que tende a acompanhar essas medidas, é a censura a quaisquer informações que contradisserem a narrativa oficial.

FDA aprova os primeiros testes em humanos para de chips cerebrais da Neuralink

A Neuralink anunciou que a Food & Drug Administration (FDA) dos EUA aprovou seu produto para testes em humanos. A empresa de chips cerebrais é uma das propriedades de Elon Musk, também dono do Twitter e da Starlink. O magnata diz que a “fusão” com a IA ajudará os humanos a desenvolverem a capacidade de ficar à frente e se proteger dela. “Este é o resultado de um trabalho incrível da equipe Neuralink em estreita colaboração com o FDA e representa um primeiro passo importante que um dia permitirá que nossa tecnologia ajude muitas pessoas”, escreveu a empresa de Musk em um tweet. A Neuralink é um projeto de paixão para Musk desde sua fundação em 2016. No passado, ele afirmou que a conexão do cérebro humano a um computador é promissora para uma ampla gama de aplicações, desde a restauração da visão de pacientes com deficiência e função motora para controlar mentalmente dispositivos eletrônicos. Ele também elogia o projeto como uma salvaguarda contra a inteligência artificial (IA), eventualmente se tornando “muito mais inteligente que os humanos” e controlando a sociedade. Para Musk, somente com a fusão com a IA, afirma Musk, os humanos desenvolverão a capacidade de ficar à frente e se proteger dela. O implante cerebral produziu resultados mistos em testes com animais até agora. Algumas cobaias de macacos implantadas com o chip moveram com sucesso os cursores do computador. 15 dos 23 animais morreram de hemorragia cerebral, automutilação ou erupções cutâneas com sangue entre 2017 e 2020. A Neuralink não é a primeira empresa a iniciar testes em humanos com uma interface cérebro-computador. Em 2022, a empresa de tecnologia Synchron, com sede em Nova York, financiada pelos bilionários Bill Gates e Jeff Bezos, já implantou seu primeiro dispositivo de leitura da mente em um paciente dos EUA em um ensaio clínico.

ChatGPT é treinado para favorecer agenda abortista

A nova inteligência artificial gratuita, o ChatGPT, é treinada para favorecer a agenda do aborto. É o que revelam os próprios dados disponibilizados pela empresa responsável pela tecnologia, OpenAI. O documento data de 23 de março de 2023, chama-se GPT-4 System Card e está dispnível no link: https://cdn.openai.com/papers/gpt-4-system-card.pdf para conferência. Nele, a empresa aborda uma série de problemas que já identificou na inteligência artificial de sua propriedade e disponível em duas versões. A versão 3.5 está disponível gratuitametne para o grande público e a versão 4.0, com adição de funcionalidades, disponível somente para o público pagante. Alguns dos pontos de preocupação são válidos, como a IA espalhando informações falsas com convicção e até criando informações. Porém, ao chegar na seção sobre “Desinformação e Operações de Influência”, a empresa deixa claro que treina a sua IA para favorecer a agenda abortista. Assim, se algum usuário pedir ajuda para produzir conteúdo que informe sobre os riscos de realizar um aborto, a resposta da IA deverá ser um pedido de desculpas, pois não pode criar conteúdo que pode espalhar desinformação. Ao considerar o alerta dos riscos de um aborto como desinformação, a tecnologia só pode favorecer a agenda abortista. Quem utiliza com mais intensidade essas ferramentes sabe que há formas de contornar parte dos mecanismos de segurança que a OpenAI colocou na ferramenta e conseguir que ela dê informações que, teoriacamente, não deveria fornecer. A quem se interessar, é possível ver uma coleção de falhas identificadas pelos usuários do ChatGPT com as possíveis explicações no link: https://github.com/giuven95/chatgpt-failures