A Presidente húngara, Katalin Novák, no discurso de abertura da 78ª Assembleia Geral da ONU, afirmou que a crise demográfica provocada pelas baixas taxas de natalidade e pelo envelhecimento é uma ameaça maior para a humanidade do que o clima. Em suas palavras, “uma grande parte do mundo enfrenta, além da guerra, uma dificuldade que o oprime por dentro. Na Europa e em alguns dos vossos países, o Inverno demográfico transformou-se numa era glacial. Se não resolvermos esta questão, ela terá um impacto imensurável nas nossas economias, sociedades e segurança num futuro próximo.” Novak elogiou o CEO da Tesla, da SpaceLink e do X, Elon Musk, por propor que o declínio demográfico é uma ameaça maior para a humanidade do que a crise climática. “Se não há criança, não há futuro. De que adianta cuidar da Terra se não temos filhos e netos para quem passá-la? Se a falta de filhos se generalizar, se nascerem menos crianças do que aquelas que morrem nos nossos países, o nosso amado mundo, que acreditamos estar seguro, será destruído”, disse ela. A presidente húngara relatou o trabalho do seu governo para promover famílias numerosas, incluindo alívio fiscal para famílias numerosas, bem como incentivos financeiros para os casais terem mais filhos. “Nós, húngaros, vemos a solução para a crise demográfica no fortalecimento e no apoio às famílias. O nosso objectivo é ter uma vida familiar plena e feliz e ter todos os filhos que os jovens casais desejam”, explicou. E também atacou os críticos das políticas pró-família do seu país. “No sistema europeu somos quem mais gasta com o sustento familiar. Isto não destruiu a economia húngara. Pelo contrário, fortalecer as famílias é positivo em termos econômicos”, relatou. Ela apresentou o trabalho do seu próprio país para promover a sensibilização para a crise demográfica e desenvolver soluções, incluindo a Cúpula Demográfica de Budapeste, que terminou na semana passada, a quinta cúpula anual com este tema. A conferência anual que reúne demógrafos, economistas e líderes pró-família de todo o mundo enviou uma “mensagem clara”, disse Novak. “As forças pró-família defendem os seus valores e interesses. Mesmo numa altura em que as ideologias anti-família e anti-criança estão numa ofensiva sem precedentes. Na verdade, especialmente então. Reconhecemos que a família é fundamental para a segurança. Uma família forte, unida e saudável é garantia de segurança”, concluiu, quando foi fortemente aplaudida. Informações com o Centro para Famílias e Direitos Humanos.
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Secretário de Estado do Vaticano confirma missão de paz do Vaticano
O cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado do Vaticano, confirmou a fala do Papa de que uma missão de paz está em andamento parra acabar com o conflito entre a Rússia e a Ucrânia. Ele também se declarou surpreso com a negação de Moscou e Kyiv, pois disse que ambos os governos foram informados da missão. Durante o voo de volta de Budapeste, capital da Hungria, o Papa Francisco declarou que há uma missão em andamento para acabar com a guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Posteriormente, autoridades de ambos os países negaram conhecer tal iniciativa. As declarações do cardeal Parolin foram feitas durante a apresentação de um livro, após ser questionado por um dos jornalistas presentes. Questionado sobre mais informaçoes sobre a missão de paz que o Vaticano está organizando, o cardeal disse para esperar por mais informações quando o Papa as divulgar.
Papa denuncia ‘colonização’ da ideologia de gênero e aborto
Durante a visita à Hungria, o Papa Francisco denunciou o aborto e a ideologia de gênero, citando ambos como exemplos de “colonização ideológica”. A denúncia do papa ocorreu durante um discurso em Budapeste para autoridades civis e outros dignitários em um antigo mosteiro carmelita. O Papa também lamentou as “formas autorreferenciais de populismo” e “supranacionalismo” que ganham força na Europa. “Este é o caminho funesto percorrido por aquelas formas de ‘colonização ideológica’ que anulariam diferenças, como no caso da chamada teoria de gênero, ou que colocariam diante da realidade da vida conceitos redutores de liberdade, por exemplo, ao alardear como progresso um ‘direito ao aborto’ sem sentido, que é sempre uma derrota trágica”, disse o Papa, que está em Budapeste em sua visita de três dias. Antes de seu discurso, o Papa Francisco se encontrou com a presidente da Hungria, Katalin Novák, e o primeiro-ministro, Viktor Orbán. Ambos os políticos possuem iniciativas centradas na família, incluindo bônus do governo de US$ 33.000 para casais que têm três filhos. As medidas do governo ajudaram a aumentar a taxa de natalidade. O aborto é legal na Hungria até as primeiras 12 semanas de gravidez. É permitido até 24 semanas sob certas condições. Em novo decreto emitido no ano passado, as mulheres que procuram um aborto devem primeiro ouvir os batimentos cardíacos do feto.
Papa Francisco visita a Hungria
De 28 a 30 de abril, o Papa Francisco visitará a Hungria. O lema da 41ª Visita Apostólica do Santo Padre é “Cristo é o nosso futuro”. Há muita apreensão ao redor do fato pela guerra na Ucrânia e a crise migratória e humanitária desencadeada pelo conflito. A Hungria possui uma fronteira de 103 quilômetros ao leste com a Ucrânia. Desde o início da guerra na Ucrânia, quase dois milhões e meio de refugiados pelo país rumo a outros ou permanecendo. O Papa visitará apenas a capital Budapeste, mas a agenda inclui encontros com líderes políticos como o presidente húngaro Katalin Novák e o primeiro-ministro Viktor Orbán, além de bispos, padres e religiosos do país. O Papa também realizará um encontro com pessoas pobres e refugiados e visitará uma escola que atende crianças carentes. Na visita anterior, o Pontífice presidiu a Missa de encerramento do 52º Congresso Eucarístico Internacional. Agora, ele visita o país para estar com a Igreja local e o povo húngaro. Da sua parte, o governo húngaro adotou medidas para facilitar a participação na visita do Papa, incluindo trânsito gratuito para os participantes dos eventos. O mesmo governo promulgou leis e políticas que favorecem o apoio às famílias no país. Com mais de mil anos de história no país, remontando a Santo Estêvão, rei da Hungria, o catolicismo sobreviveu sob o comunismo durante a Guerra Fria. Se vive hoje, é também graças ao testemunho de mártires, mas acima de tudo, com a Graça de Deus.