42 crianças ucranianas chegam à Itália graças à Caritas

Graças a uma iniciativa da Caritas Italiana, com o apoio do Episcopado italiano, 42 crianças ucranianas foram retiradas da guerra e passarão algumas semanas nas dioceses de Senigallia, Ascoli Piceno e Macerata. In arrivo in queste ore un nuovo gruppo di bambini ucraini. Saranno ospiti delle diocesi marchigiane. pic.twitter.com/ot0HY0aukj — Caritas Italiana (@CaritasItaliana) August 12, 2023 Conforme noticia o jornal Avvenire, da Conferência Episcopal Italiana (CEI), os menores chegam acompanhados de seus responsáveis, totalizando 80 pessoas que se beneficiam deste projeto que também é incentivado pela Nunciatura Apostólica na Ucrânia. Os menores, das cidades de Nikopol e Kryviy Rih em Dnipropetrovsk, se juntam a outros 600 jovens e crianças que puderam passar algumas semanas em paz, longe da guerra e do sofrimento na guerra na Ucrânia. Já em 2022, a Caritas italiana aceitou o pedido da Caritas Ucrânia “para oferecer um período de férias na Itália a cerca de 200 crianças, antes da retomada das atividades escolares”. Essa experiência serviu para coordenar a chegada dos menores em 2023, que contou com o apoio das igrejas locais e dos fiéis para fornecer alimentação e hospedagem, além de atividades recreativas. O diretor da Caritas Italiana, P. Marco Pagniello, destacou que as crianças “certamente sonham com a paz e com o retorno a uma vida tranquila, de ir à escola, de poder voltar a abraçar os amigos e, para muitos deles, até mesmo aos pais que estão atualmente em guerra.” Há outros que “vêm de orfanatos e neles também existe a esperança de finalmente poder sonhar com uma família”.

Não há notícias dos dois padres católicos detidos pelos russos em novembro do ano passado

Mais de nove meses desde sua detenção pelas tropas russas, não há sinais de vida para os dois padres católicos gregos Ivan Levytsky e Bohdan Heletta da cidade portuária de Berdjansk, no sudeste da Ucrânia. A informação é do bispo auxiliar do exarcado greco-católico de Donetsk, Maksym Rjabucha, durante uma visita à sede da organização católica de ajuda global “Ajuda à Igreja que Sofre” (ACN) em Königstein im Tauno. Em meados de novembro de 2022, Ivan Levytsky e Bohdan Heletta foram presos pelas tropas de ocupação russas. Os religiosos foram acusados de terem preparado um “ato terrorista”. Desde então, eles estão detidos em local desconhecido. A Igreja Greco-Católica informou que tem informações de que os padres detidos estão sendo torturados. Além disso, um dos padres sofre de diabetes grave. Grandes áreas do Exarcado de Donetsk, a diocese greco-católica mais oriental da Ucrânia, foram ocupadas ou fortemente contestadas desde o início da guerra em fevereiro de 2022, incluindo as regiões de Luhansk, Zaporizhia e Dnipro. Conforme relatado por Rjabucha, os padres foram expulsos de lá. Graças às redes sociais, no entanto, ainda há contato regular com as áreas ocupadas; os padres rezam pelos moradores presos e realizam serviços religiosos por videoconferência. O bispo auxiliar assumiu o cargo em dezembro de 2022. Desde então, ele percorreu mais de 50.000 quilômetros em um veículo financiado pela “Ajuda à Igreja que Sofre” para prestar ajuda especialmente às pessoas nas áreas fronteiriças. Muitas pessoas se encontram sozinhas, pois seus parentes estão no exército ou fugiram. “A Igreja criou centros sociais para crianças, famílias e idosos; pessoas de diferentes religiões vêm para lá”, disse Rjabucha. Ele testemunhou como as pessoas abrem suas casas para os deslocados pelo bombardeio. Há um forte sentido de solidariedade e entreajuda que só é possível graças ao apoio de organizações como “Ajuda à Igreja que Sofre”, disse o bispo auxiliar: “É um momento em que rezamos juntos e estamos unidos em comunidade”. Informações com o InfoCatólica.

Cristãos armênios ameaçados de limpeza religiosa

A guerra em curso entre o Azerbaijão e a Armênia ameaça a existência de comunidades cristãs no Oriente. Advertência é do ex-embaixador-geral para a liberdade religiosa internacional Sam Brownback e outros líderes cristãos em uma coletiva de imprensa na terça-feira. As declarações de Brownback foram entregues apenas alguns dias depois que ele voltou de uma viagem de investigação à Armênia com o grupo cristão de direitos humanos Philos Project. Brownback, católico, chamou a invasão islâmica do Azerbaijão na Armênia e seu bloqueio contínuo da região de Nagorno-Karabakh de tentativa de “limpeza religiosa” da nação cristã. “O Azerbaijão, com o apoio da Turquia, está lentamente estrangulando Nagorno-Karabakh”, relatou Brownback. Para ele, o resultado será tornar a região “inabitável para que a população armênio-cristã da região seja forçada a sair”. O embaixador acrescentou que, se os Estados Unidos não intervirem, “veremos novamente outra antiga população cristã expulsa de sua terra natal”. Brownback pediu ao Congresso que aprovasse uma “Lei de Direitos Humanos de Nagorno-Karabakh” para “estabelecer garantias básicas de segurança para a população de Nagorno-Karabakh”. Ele também pediu aos EUA que restabeleçam as sanções anteriormente usadas contra o Azerbaijão, caso continuem com o bloqueio. Os cristãos no Oriente já foram submetidos a ataques semelhantes antes, disse Brownback. No entanto, desta vez a limpeza religiosa está sendo “perpetrada com armamento fornecido pelos EUA e apoiado pela Turquia, membro da OTAN”, de acordo com sua fala. Ensanduichada entre as nações muçulmanas da Turquia e do Azerbaijão, no sul do Cáucaso, a Armênia tem raízes cristãs que remontam aos tempos antigos. Hoje, a população é mais de 90% cristã. O conflito sobre a região de Nagorno-Karabakh está em andamento desde que a Armênia e o Azerbaijão, ambos ex-territórios soviéticos, reivindicaram a terra para si após a dissolução da União Soviética. Após a Primeira Guerra de Nagorno-Karabakh em 1994, a Armênia ganhou o controle primário de Nagorno-Karabakh. As tensões entre as duas nações mais uma vez se transformaram em um conflito militar absoluto em setembro de 2020, quando as tropas do Azerbaijão se moveram para tomar o controle da região disputada. O conflito aberto durou apenas cerca de dois meses, com a Rússia negociando um acordo de paz em novembro. O conflito resultou no controle do Azerbaijão de grandes áreas da região. Isso deixou o único ponto de acesso da Armênia a Nagorno-Karabakh, uma estreita faixa de terra chamada de “corredor de Lachin”. Hoje, um bloqueio do Azerbaijão ao corredor Lachin, em vigor desde dezembro, está prejudicando a infraestrutura armênia em Nagorno-Karabakh. Há 500 toneladas de equipamento humanitário impedidos de entrar na região. Informações com a CNA.

Papa e Zelensky se reuniram ontem, 13 de maio, no Vaticano

Ontem, dia 13 de maio, dia em que a Igreja celebra a festa de Nossa Senhora de Fátima, o Papa Francisco e o presidente de Ucrânia, Volodymir Zelensky, se reuniram no Vaticano. Zelensky está numa viagem pela Europa, agradecendo os países que cederam ajuda militar para a Ucrânia combater a invasão russa e passou no Vaticano, onde se reuniu com o Papa por 40 minutos. A conversa foi mediada pelo frei Marko Gongalo, sacerdote polonês que trabalha na Secretaria do Estado do Vaticano. Os dois também trocaram presentes. O Papa Francisco presenteou o presidente Zelensky com um ramo de oliveira, símbolo da paz, esculpido em bronze. Junto, o Documento de 2019 sobre a Fraternidade Humana para a Paz Mundial e a Convivência, escrito pelo Papa e pelo Grande Imã de Al-Ahzar, Ahmad Al-Tayyeb; um livro sobre a Statio Orbis de 27 de março de 2020 e um volume intitulado “Uma Encíclica sobre a Paz na Ucrânia”. O presidente Zelensky levou ao Santo Padre uma obra de arte feita a partir de uma placa à prova de balas e uma pintura intitulada “Perda” pelo assassinato de uma criança no conflito. É a segunda vez que o Papa Francisco e o presidente Zelensky se encontram. A primeira foi em 26 de fevereiro de 2022, dois dias antes do início do conflito. Este segundo encontro foi particularmente importante por se dar no dia em que a Igreja celebra as aparições de Fátima, que avisaram de uma grande guerra e dos “erros da Rússia.

Papa Francisco visita a Hungria

De 28 a 30 de abril, o Papa Francisco visitará a Hungria. O lema da 41ª Visita Apostólica do Santo Padre é “Cristo é o nosso futuro”. Há muita apreensão ao redor do fato pela guerra na Ucrânia e a crise migratória e humanitária desencadeada pelo conflito. A Hungria possui uma fronteira de 103 quilômetros ao leste com a Ucrânia. Desde o início da guerra na Ucrânia, quase dois milhões e meio de refugiados pelo país rumo a outros ou permanecendo. O Papa visitará apenas a capital Budapeste, mas a agenda inclui encontros com líderes políticos como o presidente húngaro Katalin Novák e o primeiro-ministro Viktor Orbán, além de bispos, padres e religiosos do país. O Papa também realizará um encontro com pessoas pobres e refugiados e visitará uma escola que atende crianças carentes. Na visita anterior, o Pontífice presidiu a Missa de encerramento do 52º Congresso Eucarístico Internacional. Agora, ele visita o país para estar com a Igreja local e o povo húngaro. Da sua parte, o governo húngaro adotou medidas para facilitar a participação na visita do Papa, incluindo trânsito gratuito para os participantes dos eventos. O mesmo governo promulgou leis e políticas que favorecem o apoio às famílias no país. Com mais de mil anos de história no país, remontando a Santo Estêvão, rei da Hungria, o catolicismo sobreviveu sob o comunismo durante a Guerra Fria. Se vive hoje, é também graças ao testemunho de mártires, mas acima de tudo, com a Graça de Deus.