Arquidiocese de Boston responde à convenção em Templo Satânico com chamado à oração intensa

A Arquidiocese de Boston responderá ao evento “SatanCon” do Templo Satânico em Boston com adoração eucarística programada, devoções católicas e oração intensa. “Sob a direção do cardeal (Sean O’Malley), estamos abordando isso com de uma resposta equilibrada e focada na oração”, disse o porta-voz arquidiocesano Terrence Donilon à Catholic News Agency. A “SatanCon”, como o Templo Satânico chama o evento, está com ingressos esgotados e será realizada de 28 a 30 de abril. Segundo o site, a organização nega a existência de Deus e Satanás, sendo um grupo de ativistas políticos conhecido por protestar contra o simbolismo religioso em espaços públicos. Para isso, zombam do cristianismo ao oferecer “desbatismo” e realizar “missas negras”. Imagens satânicas e o uso da palavra “satã” são feitos para atrair pessoas para sua causa e levaram à resposta da Arquidiocese de Boston. Cartões de oração estão sendo oferecidos às paróquias e se encoraja a recitação da oração de São Miguel Arcanjo. Várias paróquias já começaram a anunciar iniciativas de oração em reparação pela SatanCon. Em fevereiro, o Templo Satânico anunciou a abertura de uma clínica de aborto gratuita no Novo México, oferecendo prescrições de drogas que causam aborto. O grupo diz que a clínica on-line fornecerá pílulas abortivas por correio para aqueles “que desejam realizar o ritual religioso de aborto do Templo Satânico”. Em 2014, o Templo Satânico realizou uma “missa negra” no campus da Universidade de Harvard. O Templo Satânico não oferece uma explicação de uma “missa negra” em seu site. No entanto, é amplamente divulgado que uma missa negra, que inclui, historicamente, a profanação de uma hóstia eucarística, seria uma paródia invertida da missa católica. Nos últimos anos, a organização também protestou contra a oração na escola e imagens com temática cristã exibidas em espaços públicos. Em 2019, o Templo Satânico de Houston também organizou uma missa negra. O Templo Satânico de Boston dedicou a SatanCon deste ano à prefeita democrata de Boston, Michelle Wu. E, em resposta a uma consulta da Catholic News Agency, afirmou não planejar uma missa negra durante a conferência da próxima semana e nem possuir uma hóstia eucarística.

Robert F. Kennedy Jr. anuncia a candidatura presidencial de 2024 como Democrata

Sobrinho de John F. Kennedy, presidente americano assassinado em 1963, Robert F. Kennedy Jr. é líder da liberdade médica e fundador da Children’s Health Defense, grupo que ganhou destaque nos últimos anos devido à controvérsia em curso com as vacinas contra a COVID-19. Na última quarta-feira, ele anunciou a candidatura à presidência dos Estados Unidos pelo Partido Democrata. O advogado ambientalista, é filho do ex-procurador-geral dos Estados Unidos, Robert Kennedy, assassinado em 1968. Kennedy lançou sua candidatura em Boston, criticando o fechamento de escolas e empresas durante a pandemia de Covid-19. Ele também disse que o governo e a mídia “mentiram para a população”. Também afirmou que está concorrendo contra a “polarização” e o “feudalismo corporativo”. Durante o anúncio no Park Plaza Hotel, ele também disse que “temos uma polarização em nosso país hoje que é tão tóxica, tão perigosa, do que em qualquer outro momento desde a Guerra Civil”. Por hora, ele não parece ser uma ameaça séria, mas uma pesquisa do USA Today com a Universidade de Suffolk mostra que 14% dos votantes em Biden votariam nele. A postura dele parece ressoar com uma minoria insatisfeita de democratas e pode representar um sério problema se concorrer como candidato por um terceiro partido em 2024. O presidente Biden insiste que concorrerá a um segundo mandato, embora seus índices de aprovação estejam baixos e questões contínuas sobre sua saúde cognitiva continue alimentando especulações de que os democratas o substituirão. Quem é Robert F. Kennedy Jr.? A oposição de Kennedy às vacinas, bloqueios e mandatos do COVID, tornou o advogado um improvável aliado de muitos conservadores nos últimos anos. Porém, ele tem um histórico de posições de esquerda que pode surpreender seus fãs mais recentes. Em 2005, ele sugeriu que as políticas energéticas republicanas eram as culpadas pelo furacão Katrina e que o petróleo era a verdadeira motivação para as guerras no Afeganistão e no Iraque. Em 2014, disse sobre aqueles que negam o aquecimento global antropogênico: “Gostaria que houvesse uma lei com a qual você pudesse puni-los”. Mais tarde, ele negou acreditar que “todos” os chamados “negadores do clima” deveriam ser presos, mas acrescentou querer que os procuradores-gerais do estado usassem seu poder para forçar as empresas que têm a mesma opinião a sair do mercado. No passado, disse ser favorável ao aborto legal e se opõe à revogação do Obamacare. Também apoiou a redefinição do casamento para incluir uniões entre pessoas do mesmo sexo. Sobre o controle de armas, disse que “devemos concentrar nossos esforços na aplicação das leis existentes, em vez de criar novas”.

Estado de Washington avalia projeto de lei que permite ocultar transição de gênero de menores

A câmara do estado de Washington avalia projeto de lei que permitirá que abrigos licenciados de jovens ocultem dos pais as informações se um jovem sob seus cuidados está passando por uma transição de gênero. Os abrigos entrariam em contato com o estado e poderiam não informar os pais. O projeto de lei, intitulado “Apoio a jovens e adultos jovens que buscam serviços de saúde protegidos”, foi apresentado por seis democratas e aprovado na Câmara estadual na última quarta-feira. Se aprovado, os abrigos para jovens licenciados poderão informar apenas o Departamento Estadual de Crianças, Jovens e Famílias (o DCYF, na sigla em inglês) e não os pais de uma criança se a criança estiver “procurando ou recebendo serviços de saúde protegidos”. Os serviços abarcados pela lei são “avaliação e tratamentos para disforia de gênero, terapia hormonal de afirmação de gênero e procedimentos cirúrgicos de afirmação de gênero”. O projeto agora retorna ao Senado Estadual, onde deve ser aprovado antes de ir para a sanção do governador democrata Jay Inslee. De acordo com a atual lei do estado de Washington, além de informar o DCYF, os abrigos devem informar aos pais de um menor que estão abrigando uma criança, a menos que haja “razões convincentes” para não fazê-lo. São casos como os que indicam que a criança pode ser abusada ou negligenciada por seus pais. A Conferência Católica do Estado de Washington, destacou que o projeto de lei mina o relacionamento fundamental entre pais e filhos e instou os legisladores a rejeitá-la. Cirurgias eletivas para menores em Washington ainda exigirão o consentimento dos pais, mesmo que a legislação seja aprovada. O estado de Washington é um dos vários que se movem para impedir a atuação da família quando um jovem acessa um tratamento de “afirmação de gênero”. Outros estados, como Mississippi e Missouri, estão restringindo a prática. O projeto e a tramitação encontram-se disponíveis pelo link: https://app.leg.wa.gov/billsummary?BillNumber=5599&Initiative=false&Year=2023