Vietnã tem aumento no número de divórcios, tendência é menor os católicos

A taxa de divórcio no Vietnã quase dobrou nos últimos 10 anos, de 1% em 2009 para 1,8% em 2019. Conforme o Instituto de Family and Gender Research, o Vietnã registrou, em média, mais de 60.000 casos de divórcio anualmente a partir de 2018. 30% do número total de casais que se casam. Entre casais divorciados, famílias jovens entre 18 e 30 anos representam 70%. Em 60% dos casos, casais viveram o casamento entre 1 e 5 anos. Entre os motivos do divórcio estão: adultério (25,9%), fatores econômicos (13%), violência doméstica (6,7%) e por motivos de saúde (2,2%). Com cerca de 13 milhões de pessoas, a chamada “Geração Z” (jovens nascidos entre 1997 e 2012) representa cerca de 19% da população do Vietnã. Até 2025, esta geração representará cerca de um terço da força de trabalho do país e, desempenhando papel cada vez mais importante na sociedade. Entre os católicos do Vietnã (cerca de 9 milhões de crentes em uma população de 97 milhões), essa tendência é menos pronunciada. Em 2021, a Arquidiocese de Hanói realizou uma pesquisa entre os batizados em 69 paróquias, envolvendo 5.610 paroquianos. 1% dos entrevistados indicaram que são separados ou divorciados. 89% dos 3.721 paroquianos disseram que nunca traíram o cônjuge e são fiéis no casamento. 92,7% afirmaram viver em uma família harmoniosa e amorosa, apesar de todas as dificuldades e adversidades. Quando a vida conjugal entra em crise, 79,6% dos paroquianos pedem ajuda a Deus e 40,1% também procuram conselhos de padres e religiosos. Em situações de conflito, os fiéis católicos optam pela solução pacífica em 82,3% dos casos, o que atende às demandas do cônjuge ou dos filhos. Informações com a Agenzia Fides.

Divórcio aumenta o risco de crianças caírem na pobreza.

O estudo foi desenvolvido por Carole Bonnet e Anne Solaz e publicado pelo INED (Institut National D’Études Demographiques, França). Segundo os dados observados, cerca de 4% das crianças que vivem com ambos os pais caem na pobreza a cada ano. Porém, o número é cinco vezes maior (21,5%) se os pais se divorciam. Pelo levantamento, as taxas de pobreza são muito mais altas para crianças cujos pais acabaram de se separar (29%) do que para crianças que vivem com ambos os pais (13%). Os índices permanecem maiores mesmo cinco anos após o divórcio (23%). A taxa de pobreza varia de conforme a idade da criança no momento da separação parental. Quanto mais nova as crianças experimentam a separação dos pais, maior o risco de pobreza. Mais de 35% das crianças de dois anos cujos pais acabaram de se separar são pobres. Em comparação, 22% das crianças de 13 anos são pobres. Os filhos cujos pais se separam experimentam uma queda substancial no seu padrão de vida, da ordem de 15% no ano da separação e 10% no ano seguinte, em relação ao ano anterior à separação. O estudo também admite que essa situação seria mais grave se comparado com o ganho nas famílias onde o divórcio não ocorreu. Além das questões financeiras, há outros impactos. A proporção de crianças cujo agregado familiar tem condições financeiras para ir de férias fora de casa durante pelo menos uma semana por ano diminui 10% entre o ano da separação e o ano seguinte. Receber amigos em casa é mais raro nos quatro anos seguintes à separação. Também são menores as condições de a família enfrentar um gasto imprevisto, oferecer presentes, trocar móveis usados ​​ou ter um carro. O documento pode ser lido em inglês ou francês pelo link: https://www.ined.fr/en/publications/editions/population-and-societies/does-parental-separation-increase-the-risk-of-child-poverty