O governador da Flórida, Ron DeSantis, abandonou a corrida eleitoral nos EUAs e declarou apoio a Donald Trump. O comunicado foi em vídeo no X no domingo. “Success is not final, failure is not fatal: it is the courage to continue that counts.” – Winston Churchill pic.twitter.com/ECoR8YeiMm — Ron DeSantis (@RonDeSantis) January 21, 2024 Na semana passada, Trump venceu o Caucus de Iowa com 51% dos votos. DeSantis ficou em segunda posição, com 21%. Sem caminho claro para vitória, o governador da Flórida desistiu da candidatura e apoiou o que considerou o melhor candidato. Em suas palavras, “eu o apoio porque não podemos voltar à velha guarda republicana”. Ron DeSantis entrou em polêmicas com Donald Trump por defender mais restrições ao aborto, enquanto o ex-presidente americano apoia algum meio-termo entre a legalização e a restrição totais. Trump está entre os republicanos que acredita que a revogação de Roe vs Wade foi um dos fatores para a derrota dos republicanos nas últimas eleições de meio de mandato.
Tag: DeSantis
DeSantis anuncia hoje a candidatura presidencial em entrevista no Twitter com Elon Musk
O dono do Twitter e da Starlink anunciou que o governador da Flórida participará de uma sessão improvisada de perguntas e respostas no Twitter onde fará um grande anúncio. Espera-se que DeSantis anuncie sua candidatura presidencial. Musk votou em Joe Biden em 2020 e já afirmou que suas opiniões políticas estão cada vez mais alinhadas com os conservadores. Também disse que votaria em DeSantis em 2024 se o governador da Flórida concorrer. Apesar de já ser considerado um dos candidatos, DeSantis tem sido tímido ao afirmar se concorrerá ou não. No entanto, frequentemente se envolve na política nacional, encontra-se com dignitários estrangeiros e realizou um comício no estado de Iowa. Resta saber se o anúncio de DeSantis reforçará seus números nas pesquisas, que começaram a cair em comparação com seu principal rival, Donald Trump. Trump anunciou sua candidatura em novembro e passou meses atacando DeSantis, embora o tenha aprovado para governador em 2018. O governador da Flórida obteve uma ampla vitória na reeleição no ano passado, mas viu seus números, anteriormente competitivos, diminuírem contra Trump diminuem, à medida que o ex-presidente domina as manchetes. A disputa pelo voto conservador entre DeSantis e Trump deve se concentrar nas diferenças dos republicanos em relação a questões-chave, como aborto, ideologia LGBT e mandatos da COVID-19. DeSantis reabriu totalmente a Flórida em setembro de 2020 e lutou ferozmente contra os mandatos vacinais da COVID, enquanto Trump recebeu reação de sua base por divulgar seu trabalho obtendo as injeções altamente controversas produzidas e lançadas. O governador da Flórida também assinou uma legislação que proíbe o aborto na sexta semana de gestação, uma decisão da qual Trump se distanciou ao sugerir que pode ser “muito dura”. Trump desempenhou um papel importante na derrubada de Roe v. Wade em junho de 2022, graças a suas nomeações judiciais, mas ainda não foi totalmente favorável às restrições ao aborto. DeSantis não é o único conservador com perfil popular a favorecer o Twitter em detrimento dos meios de comunicação tradicionais. Após sua saída abrupta em abril, Tucker Carlson, anunciou estar mudando seu programa para a plataforma, que ele descreveu como um raro refúgio para a liberdade de expressão. A mudança ocorreu depois que Matt Walsh começou a publicar seu programa no Twitter depois que da desmonetização sofrida no YouTube porque o apresentador se recusou a chamar figuras de identificação transgênero por seus “pronomes preferidos”. Na terça-feira, o The Daily Wire anunciou que iria postar todos os seus vídeos no Twitter. A entrevista deverá ir ao ar às 19 horas no horário de Brasília.
Aborto já aquece a disputa presidencial americana de 2024
A corrida presidencial americana para 2024 começou e a pauta do aborto está no centro das discussões. Porém, não necessariamente com mais espaço para os pró-vidas. Durante as eleições de meio-termo do ano passado, houve uma expectativa de uma onda vermelha, com os republicanos alcançando a maioria na Câmara dos Representantes e no Senado. Porém, o resultado ficou próximo do previsto pelo site Real Politics, onde os Republicanos alcançaram a maioria na Câmara, mas ficaram empatados no Senado, onde o desempate é feito pela Vice-Presidência, atualmente, democrata. É importante lembrar que, nos EUA, o vermelho é a cor do Partido Republicano e o azul a do Partido Democrata. As eleições de meio de mandato acontecem para parte das cadeiras do legislativo, numa forma de avaliar o presidente em exercício. Parte dos Republicanos atribuiu o resultado abaixo do esperado à revogação, pela Suprema Corte, da decisão Roe vs Wade, que dirigiu aos estados americanos a legislação sobre o aborto. A explicação seria que muitos eleitores republicanos preferiram votar em democratas exatamente por defenderem o aborto. Essa disputa se manifesta nos dois principais nomes à Casa Branca do Partido Republicano: Donald J. Trump e Ron DeSantis. O primeiro, apesar de ter indicado três dos juízes que derrubaram a decisão Roe vs Wade, está entre os que culpam as restrições ao aborto pelo baixo desempenho Republicano nas eleições de meio de mandato de 2022. DeSantis, por outro lado, teve um desempenho de votação 100% pró-vida. A disputa entre ambos seria tanto por sinalizarem serem pró-vidas reais e o quanto se isso seria positivo para a campanha presidencial. Apesar das políticas pró-vida de Trump, o político tem um histórico de “pró-escolha” (eufemismo usado para designar quem defende a escolha da mãe sobre o assassinato do filho no útero). Em 2016, sinalizando sua mudança de posição, prometeu seu apoio a uma lista de políticas pró-vida e recorreu a Federalist Society e a Heritage Foundation para obter uma lista de pró-vidas indicáveis à Suprema Corte. Atualmente, Trump lidera as pesquisas nacionais para a indicação presidencial republicana por uma margem substancial. DeSantis, por hora, nem sequer anunciou a candidatura, mas deverá fazê-lo e permanece competitivo. Na primeira fase, a disputa presidencial é interna e os candidatos de um mesmo partido lutam para conseguirem o apoio para serem o presidenciável. Do lado democrata, os dois principais nomes têm histórico de posicionamento favorável ao aborto: o atual presidente Joe Biden e o advogado ambientalista Robert F. Kennedy Jr.