Sobrinho de John F. Kennedy, presidente americano assassinado em 1963, Robert F. Kennedy Jr. é líder da liberdade médica e fundador da Children’s Health Defense, grupo que ganhou destaque nos últimos anos devido à controvérsia em curso com as vacinas contra a COVID-19. Na última quarta-feira, ele anunciou a candidatura à presidência dos Estados Unidos pelo Partido Democrata. O advogado ambientalista, é filho do ex-procurador-geral dos Estados Unidos, Robert Kennedy, assassinado em 1968. Kennedy lançou sua candidatura em Boston, criticando o fechamento de escolas e empresas durante a pandemia de Covid-19. Ele também disse que o governo e a mídia “mentiram para a população”. Também afirmou que está concorrendo contra a “polarização” e o “feudalismo corporativo”. Durante o anúncio no Park Plaza Hotel, ele também disse que “temos uma polarização em nosso país hoje que é tão tóxica, tão perigosa, do que em qualquer outro momento desde a Guerra Civil”. Por hora, ele não parece ser uma ameaça séria, mas uma pesquisa do USA Today com a Universidade de Suffolk mostra que 14% dos votantes em Biden votariam nele. A postura dele parece ressoar com uma minoria insatisfeita de democratas e pode representar um sério problema se concorrer como candidato por um terceiro partido em 2024. O presidente Biden insiste que concorrerá a um segundo mandato, embora seus índices de aprovação estejam baixos e questões contínuas sobre sua saúde cognitiva continue alimentando especulações de que os democratas o substituirão. Quem é Robert F. Kennedy Jr.? A oposição de Kennedy às vacinas, bloqueios e mandatos do COVID, tornou o advogado um improvável aliado de muitos conservadores nos últimos anos. Porém, ele tem um histórico de posições de esquerda que pode surpreender seus fãs mais recentes. Em 2005, ele sugeriu que as políticas energéticas republicanas eram as culpadas pelo furacão Katrina e que o petróleo era a verdadeira motivação para as guerras no Afeganistão e no Iraque. Em 2014, disse sobre aqueles que negam o aquecimento global antropogênico: “Gostaria que houvesse uma lei com a qual você pudesse puni-los”. Mais tarde, ele negou acreditar que “todos” os chamados “negadores do clima” deveriam ser presos, mas acrescentou querer que os procuradores-gerais do estado usassem seu poder para forçar as empresas que têm a mesma opinião a sair do mercado. No passado, disse ser favorável ao aborto legal e se opõe à revogação do Obamacare. Também apoiou a redefinição do casamento para incluir uniões entre pessoas do mesmo sexo. Sobre o controle de armas, disse que “devemos concentrar nossos esforços na aplicação das leis existentes, em vez de criar novas”.
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Basílica de Latrão lamenta cerimônia anglicana no altar-mor
A Basílica de São João de Latrão reconheceu em 20 de abril que um bispo anglicano e 50 padres celebraram um serviço anglicano no altar principal. Segundo a declaração, o “infeliz” incidente ocorreu por uma falha de comunicação. O gabinete da basílica expressou “profundo pesar”, visto que a celebração anglicana de 18 de abril na basílica católica violou as normas canônicas. Como sede do Papa em sua qualidade de bispo de Roma, a Arquibasílica de São João de Latrão ocupa a posição mais alta entre as quatro basílicas do Vaticano em Roma. Os anglicanos se separaram da Igreja Católica Romana em 1534, quando o rei inglês Henrique VIII teve recusada a anulação do casamento. Durante décadas os papas buscaram forjar relações calorosas com a Comunhão Anglicana e seus líderes em busca do retorno à unidade. Porém, o Vaticano ainda considera, oficialmente, a ordenação anglicana como “nula e totalmente inválida”.
Twitter revoga política de discurso de ódio contra transgêneros
O Twitter de Elon Musk revogou a política de considerar discurso de ódio quando um usuário de twitter se refere a outra pessoa por seu sexo biológico. A mudança foi feita na Política de Discurso Violento da plataforma. O trecho retirado dizia: “Proibimos direcionar outras pessoas com calúnias repetidas, tropos ou outro conteúdo que pretenda desumanizar, degradar ou reforçar estereótipos negativos ou prejudiciais sobre uma categoria protegida. Isso inclui erros de gênero direcionados ou nomes mortos de indivíduos transgêneros”. Com a mudança, duas práticas não são mais enquadradas como discurso de ódio. A chamada deadnaming, quando se usa o nome de nascimento de uma pessoa transgênero, e a misgendering quando se refere a uma pessoa com o gênero pelo qual ela não se identifica. As punições variavam de receber uma solicitação para remover o conteúdo a um período onde a conta ficava em modo somente leitura (quando os usuários não podem publicar na rede social). Em caso de violações repetidas da política, a conta poderia ser suspensa permanentemente. Segundo informações coletadas no Wayback Machine, site que armazena páginas antigas da internet, a mudança aconteceu no dia 8 de abril deste ano. A plataforma não fez grandes anúncios sobre a mudança.
Bispo Anglicano celebra “missa” na Basílica de Latrão
Um bispo anglicano, maçon e recasado celebrou no altar da Basílica de Latrão. A Arquibasílica do Santíssimo Salvador e dos Santos João Batista e João Evangelista de Latrão é a sé episcopal do Papa, por isso chamada de Mãe de Todas as Igrejas. A Basílica de São Pedro é designada “basílica” por ser precedida pela Arquibasílica de Latrão. O fato aconteceu ontem, dia 18 de abril. 30 outros clérigos anglicanos acompanharam a celebração do bispo anglicano Johnathan Baker, da diocese anglicana de Fulham. A celebração foi autorizada pelas autoridades do Vaticano. O grupo faz parte de uma parte mais conservadora dos anglicanos chamada de Anglo-Católicos. O fato de o bispo Johnathan Baker ser divorciado e recasado, além de maçon, traz constrangimentos ao grupo tradicional. Nas redes sociais, fiéis ficaram ofendidos com as fotos da celebração.
Holanda legalizará eutanásia para crianças
O governo holandês anunciou que estenderá a eutanásia a crianças em idade escolar. O ministro da Saúde, Ernst Kuipers, disse que crianças de cinco a 12 anos poderão receber injeções letais se “o término da vida for a única opção viável para acabar com o sofrimento desesperador e insuportável da criança”. O país já permite a eutanásia de recém-nascidos gravemente doentes sob o Protocolo de Groningen. Conforme o NLTimes, Kuipers disse que espera que os regulamentos sejam implementados ainda este ano. O ministro da saúde também disse esperar que até 10 crianças em idade escolar primária morram por ano por injeção letal como resultado da nova legislação. A lei funcionará isentando médicos de processos judiciais caso realizem uma eutanásia infantil aprovada. O escrutínio só será feito depois que a criança for morta pelo médico, por uma comissão de reexame junto com o Ministério Público. O reexame avaliará os cuidados tomados durante o procedimento. A Holanda registrou 8.720 mortes por eutanásia em 2022, um número recorde e aumento de 14% nas mortes por eutanásia em relação 2021. 288 pacientes com demência foram mortos assim. Atualmente, 5,1% de todas as mortes na Holanda resultam de eutanásia. A Bélgica já permite a eutanásia de crianças e o Canadá também planeja uma legislação semelhante para permitir que jovens sejam mortos por seus médicos. O parlamento canadense também aprovou a eutanásia para pessoas que sofrem de doenças mentais incuráveis, mas adiou a extensão do programa de Assistência Médica ao Morrer até 2024 em meio a uma reação pública.
Estado de Washington avalia projeto de lei que permite ocultar transição de gênero de menores
A câmara do estado de Washington avalia projeto de lei que permitirá que abrigos licenciados de jovens ocultem dos pais as informações se um jovem sob seus cuidados está passando por uma transição de gênero. Os abrigos entrariam em contato com o estado e poderiam não informar os pais. O projeto de lei, intitulado “Apoio a jovens e adultos jovens que buscam serviços de saúde protegidos”, foi apresentado por seis democratas e aprovado na Câmara estadual na última quarta-feira. Se aprovado, os abrigos para jovens licenciados poderão informar apenas o Departamento Estadual de Crianças, Jovens e Famílias (o DCYF, na sigla em inglês) e não os pais de uma criança se a criança estiver “procurando ou recebendo serviços de saúde protegidos”. Os serviços abarcados pela lei são “avaliação e tratamentos para disforia de gênero, terapia hormonal de afirmação de gênero e procedimentos cirúrgicos de afirmação de gênero”. O projeto agora retorna ao Senado Estadual, onde deve ser aprovado antes de ir para a sanção do governador democrata Jay Inslee. De acordo com a atual lei do estado de Washington, além de informar o DCYF, os abrigos devem informar aos pais de um menor que estão abrigando uma criança, a menos que haja “razões convincentes” para não fazê-lo. São casos como os que indicam que a criança pode ser abusada ou negligenciada por seus pais. A Conferência Católica do Estado de Washington, destacou que o projeto de lei mina o relacionamento fundamental entre pais e filhos e instou os legisladores a rejeitá-la. Cirurgias eletivas para menores em Washington ainda exigirão o consentimento dos pais, mesmo que a legislação seja aprovada. O estado de Washington é um dos vários que se movem para impedir a atuação da família quando um jovem acessa um tratamento de “afirmação de gênero”. Outros estados, como Mississippi e Missouri, estão restringindo a prática. O projeto e a tramitação encontram-se disponíveis pelo link: https://app.leg.wa.gov/billsummary?BillNumber=5599&Initiative=false&Year=2023
Mais de 50 mil cristãos mortos na Nigéria desde 2009
Relatório da Sociedade Internacional para Liberdade Civis e Estado de Direito (Intersociety) revela que mais de 50 mil cristãos foram mortos na Nigéria desde a insurgência islâmica do Boko Haram em 2009. O texto, intitulado “Cristãos Mártires na Nigéria”, é o resultado do trabalho de um grupo nigeriano de pesquisa e direitos investigativos, que monitora e investiga perseguições religiosas e outras formas de violência religiosa por parte de atores estatais e não estatais em toda a Nigéria desde 2010. Segundo o relatório, nos últimos 14 anos, pelo menos 52.250 cristãos nigerianos e aproximadamente 34.000 muçulmanos moderados foram assassinados desde 2009. Mais de 30.000 cristãos foram assassinados durante a presidência de oito anos do ex-presidente nigeriano Muhammadu Buhari, que foi frequentemente criticado por não fazer o suficiente para combater a crescente insegurança no país. No mesmo período, foram incendiadas 18.000 igrejas cristãs e 2.200 escolas cristãs. Neste ano de 2023, já são mais de 1.000 cristãos assassinados. O relatório confirma que a Nigéria se tornou um dos lugares mais perigosos para os cristãos viverem na África e também destaca que os ataques levaram a deslocamentos forçados em massa. Cerca de 5 milhões de cristãos foram deslocados e forçados a entrar em campos de pessoas deslocadas internamente (IDP) na Nigéria ou em campos de refugiados nas fronteiras regionais e sub-regionais. A ONG Portas Abertas também destacou a Nigéria no seu relatório de janeiro. Segundo ela, a Nigéria responde por 89% dos cristãos martirizados em todo o mundo. A Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) também deu voz a milhares de cristãos perseguidos na Nigéria. Ela informou, em seu último relatório anual, que mais de 7.600 cristãos nigerianos foram assassinados entre janeiro de 2021 e junho de 2022. O relatório completo da Intersociety pode ser conferido no link: https://intersociety-ng.org/5068-citizens-massacred-for-being-christians-in-nigeria-in-2022-1041-slaughtered-in-first-100-days-of-2023/