África teve o maior aumento de católicos e números caem na Europa

Em relatório anual divulgado em 22 de outubro pela agência de notícias Fides, do Vaticano, a África registra o maior número de católicos em 2021. Os números se referem a todos os continentes e quatro registraram um aumento ao menos modesto no número de católicos em relação a 2020. O único continente com declínio foi a Europa. O relatório foi divulgado por ocasião do Dia Mundial das Missões e cobre o período de um ano, de 31 de dezembro de 2020 a 31 de dezembro de 2021. A data foi estabelecida pelo Papa Pio XI em 1926 e é geralmente comemorada no terceiro domingo de outubro. Ao final de 2021, os católicos no mundo somavam 1.375.852.000, com um aumento global de 16,2 milhões em comparação com o ano anterior. Porém, mesmo com o crescimento de católicos, a percentagem mundial diminuiu ligeiramente em comparação com o ano anterior. De 17,7% em 2020 para 17,67% em 2021. A África lidera as estatísticas. O continente africano ganhou 40 milhões de habitantes no período estudado, 8,3 milhões são católicas. Número de sacerdotes O relatório também aponta o número de sacerdotes, que caiu 2.347, totalizando 408 mil em 2021. A Europa sofreu a maior queda, com perda de 3.632 padres. A África ganhou 1.500 sacerdotes. Tal declínio foi menos dramático do que em 2020, quando a agência Fides registrou uma diminuição de 4.117 em comparação com 2019, mas é preocupante. Há mais pessoas por sacerdote no mundo, cerca de 3.373 católicos por sacerdote. A quantidade diáconos permanentes mudou pouco, com um aumento de 541 em todo o mundo. Somente a África registrou um aumento no número de seminaristas maiores, 187. O continente também tem o maior número de seminaristas maiores em geral, com quase 34.000. A Ásia, a Europa e as Américas registraram perdas de três dígitos, enquanto os números da Oceania permaneceram praticamente inalterados. Em todo o mundo, o número de seminaristas maiores caiu quase 2.000, para cerca de 110.000. Quanto ao número total de seminaristas menores, as estatísticas mundiais indicam um aumento de 300, chegando a 95.714. Porém, a África liderou com um ganho de mais de 2.000, enquanto a Ásia sofreu a maior hemorragia com 1.216. Seminaristas maiores são os que estão no ensino superior e menores os que já entraram para o seminário para terminar os ensinos médio e fundamental. Religiosos, missionários e obras de caridade São quase 800 religiosos do sexo masculino a menos no mundo. Foram grandes perdas na Europa, nas Américas e na Oceania, com algum ganho na África. Os números das religiosas femininas é mais grave. Ainda que restem cerca de 609 mil mulheres religiosas no mundo (número que supera os sacerdotes), esse número caiu 10.588 no período estudado. A Europa, novamente, lidera as estatísticas com uma perda maciça de mais de 7.800. As Américas perderam mais de 5.000 religiosas, enquanto a África ganhou mais de 2.000. Nas Américas, há quase 4 mil missionários leigos e catequistas a menos. Há modestos ganhos na África e na Europa e, na Ásia, o ganho foi de quase 670. No mundo, a Igreja opera mais de 74 mil jardins de infância, quase 101 mil escolas primárias católicas e 50 mil escolas secundárias. São cerca de 2,5 milhões de alunos do ensino católico secundário e 4 milhões de estudantes que frequentam universidades católicas. Porém, não necessariamente todos os alunos professem a fé católica. A África tem o maior total de alunos infantis, escolas primárias católicas, alunos do ensino primário e escolas secundárias católicas. E detém o terceiro maior número de alunos do ensino secundário de todos os continentes. A Europa e a Ásia lideram as estatísticas. As Américas detêm o maior número de estudantes universitários em escolas católicas. Enquanto isso, a Ásia tem o maior número de estudantes católicos do ensino secundário, com 1,3 milhões. A Igreja administra, no mundo, 5.405 hospitais em todo o mundo, 15.276 lares para idosos e 9.703 orfanatos.

A Igreja está agora em uma “fase mais profunda” do Vaticano II

Afirmação foi do padre australiano Ormond Rush durante um discurso aos membros do Sínodo no início da sua última semana em Roma. Durante seu discurso no início desta última semana do Sínodo da Sinodalidade, ele instou os participantes a recorrerem aos argumentos do Vaticano II para os seus procedimentos. Ele também destacou que o evento “é um diálogo com Deus” e falou sobre “tradição” como entendida no Vaticano II a luz dos escritos de 1960 do então cardeal Joseph Ratzinger. O padre Rush, sacerdote da Diocese de Townsville, é conhecido pelos seus numerosos escritos que promovem o Concílio Vaticano II como um apelo à “renovação e reforma da Igreja Católica”. E defende uma maior implementação do seu novo estilo de envolvimento com a Igreja Católica, mundo e com os católicos. O sacerdote está estreitamente envolvido no Sínodo da Sinodalidade, servindo como parte da comissão teológica consultiva da Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos. Ele é membro sem direito a voto do Sínodo, mas como um dos especialistas, tem a tarefa de compilar os vários relatórios de pequenos grupos no relatório oficial de síntese de toda a reunião. Citando direta e frequentemente os relatos do então padre Joseph Ratzinger sobre o Concílio Vaticano II, o padre australiano destacou como “podemos até falar do Concílio como um novo começo” em termos do afastamento de uma postura “antimodernista” sobre a qual Ratzinger escreveu. Anteriormente a sua viagem à Roma para o Sínodo, o padre Rush já argumentara que “o Papa Francisco, com a sua noção de ‘sinodalidade’, está simplesmente reunindo muitos elementos dessa visão do Concílio”. “Portanto, podemos dizer que estamos agora entrando numa fase mais profunda na recepção do Concílio Vaticano II”. Em citação aos escritos de Ratzinger de 1969, o sacerdote australiano argumentou que a Dei Verbum do Concílio Vaticano II apresenta “uma compreensão da revelação que é vista basicamente como diálogo”. “A leitura das Escrituras é descrita como um diálogo entre Deus e os seres humanos… O diálogo de Deus é sempre mantido no presente… com a intenção de nos forçar a responder”, disse Rush, citando Ratzinger. Assim, ele concluiu afirmando que “este Sínodo é um diálogo com Deus”. E, em sua opinião, “esse tem sido o privilégio e o desafio de suas ‘conversas no Espírito’. Deus está aguardando sua resposta.” Ratzinger, o progressista? Embora Rush tenha citado repetidamente Ratzinger no seu discurso, destaca-se que o padre australiano se inspirou fortemente nos escritos do falecido Papa Bento XIV logo após o Concílio Vaticano II. O historiador Roberto de Mattei, em sua extensa história do concílio, descreveu Ratzinger como um dos teólogos alemães que “se distinguiram” por estar “no ‘flanco em marcha’ do progressismo”. O jovem Ratzinger trabalhou em estreita colaboração com clérigos dissidentes como os Padres Karl Rahner, Bernard Häring e Yves Congar durante o concílio. Porém, o historiador acrescenta que, anos mais tarde, Ratzinger redescobriu o “papel da tradição e das instituições romanas”. O biógrafo de Ratzinger, Peter Seewald, argumentou que “é definitivamente assim que os seus impulsos contribuíram na época para o avanço do Modernismo na Igreja Católica”. No entanto, ele divergia na opinião de De Mattei, argumentando que Ratzinger não realizou uma “virada conservadora”. Para Seewald, “Ratzinger sempre foi um teólogo progressista”. E ele explica que “a noção de progressista estava [então] sendo entendida de forma diferente do que é hoje: como uma modernização da casa, não como a sua destruição”. Informações com o LifeSiteNews.

Terceira semana do Sínodo da Sinodalidade discute questões LGBT e diaconato feminino

Nesta terceira semana, o Sínodo da Sinodalidade aprofundou-se em dois temas tidos como cruciais: o acompanhamento de indivíduos LGBT e o tema de um diaconado feminino. E discutiu a estrutura da Igreja com o objectivo de moldar um futuro mais sinodal. A questão do debate sobre a temática LGBT foi minimizada pelo porta-voz do Vaticano, Paolo Ruffini, que afirmou que “a bênção dos casais homossexuais não é o tema do Sínodo”. No entanto, no dia 17 de outubro, a Irmã Jeannine Gramick, cofundadora do New Ways Ministry, reuniu-se com o Papa Francisco, juntamente de outros três membros da equipe do New Ways. O grupo é uma organização LGBT+ anteriormente denunciada tanto pela Conferência dos Bispos dos EUA como pelo escritório doutrinário do Vaticano por causar confusão sobre a moralidade sexual entre os fiéis católicos. A reunião foi divulgada pela mídia do Vaticano e considerada um endosso à abordagem do Ministério Novos Caminhos do Papa Francisco. No site do Sínodo, foi postado um vídeo do New Ways Ministry que convidava pessoas LGBT a participarem da assembleia e, após polêmica, ele foi removido. Além das questões LGBTQ+, o Sínodo também se envolveu em discussões relacionadas com o diaconato feminino e até contemplou a possibilidade de as mulheres fazerem homilias. Isso já acontece em situações como na Suíça germanófona, onde o padre é tratado quase como um mero oficial de consagração. O tema do “sacerdócio feminino” foi até abordado, levantando questões fundamentais sobre o papel das mulheres na Igreja, apesar das garantias dos organizadores do Sínodo de que mudanças na doutrina não estavam na agenda. Uma intervenção durante uma sessão matinal foi significativa nesta discussão. Respondendo aos apelos para a ordenação de mulheres não apenas ao diaconato, mas em alguns casos também ao sacerdócio, uma participante leiga argumentou que o foco na ordenação de mulheres é uma distração daquilo que as mulheres na Igreja precisam e é uma tentativa de clericalizar os leigos. A intervenção recebeu fortes aplausos. O novo calendário Os organizadores do Sínodo introduziram um calendário totalmente novo para os trabalhos. Mais notavelmente, o projeto do relatório resumido, descrito por Ruffini como “curto e transitório”, será agora apresentado aos delegados como um documento unificado, em vez de ser dividido em duas partes. O objetivo é permitir uma consideração mais substancial do “roteiro” para a próxima fase do processo sinodal que conduz à sessão de conclusão a ser realizada em outubro de 2024. Além disso, uma Carta ao Povo de Deus será publicada no final desta sessão sinodal, marcando uma mudança em relação à prática anterior de divulgá-la apenas no final de todo o processo sinodal. Como resultado, o Sínodo fará uma pausa nas suas atividades na tarde de 23 de outubro e durante todo o dia 24 de outubro para deliberações sobre a Carta da Assembleia ao Povo de Deus, discutida primeiro em círculos menores e depois entre a congregação geral mais ampla. Informações com a CNA.

‘Repensar toda a Igreja’ conforme a sinodalidade

A próxima etapa do Sínodo do Vaticano sobre a Sinodalidade começou ontem, quarta-feira, com um apelo para que se concentre na descentralização, na corresponsabilidade dos leigos e em mudanças concretas na Igreja institucional. Antes das discussões de ontem, dia 18 de outubro, os delegados foram apresentados a uma visão abrangente da Igreja hierárquica em uma exposição teológica do Padre Dario Vitali. “Quando chegarmos ao consenso de que a Igreja é constitutivamente sinodal, teremos que repensar toda a Igreja, todas as instituições, toda a vida da Igreja num sentido sinodal”, disse o teólogo italiano. O Padre Timothy Radcliffe, OP, também falou sobre “novos processos, instituições e estruturas”, e o Cardeal Jean-Claude Hollerich perguntou que mudanças concretas a assembleia sinodal pode trazer para os católicos leigos. Introduzindo os delegados do Sínodo no próximo tópico para discussão, o cardeal Hollerich destacou que “A grande mídia avaliará o Sínodo com base em possíveis mudanças em um número muito limitado de assuntos”. Porém, conforme o cardeal, os fiéis nas paróquias e nos conselhos pastorais “estão se perguntando o que mudará para eles, como poderão experimentar concretamente em suas vidas aquele discipulado missionário e a corresponsabilidade sobre os quais refletimos em nosso trabalho.” O tema introduzido para discussão foi “Participação, governança e autoridade”, última parte do Instrumentum Laboris. Conforme a seção B3, uma das prioridades abordadas durante a fase continental do Sínodo foi “a questão da autoridade, o seu significado e o estilo do seu exercício numa Igreja sinodal”. E pergunta “Como podemos imbuir as nossas estruturas e instituições com o dinamismo da Igreja sinodal missionária?” Repensar as instituições eclesiais Durante a fala introdutória, o padre Vitali, que é coordenador de teólogos especialistas no Sínodo, disse à assembleia que “a possibilidade de desenvolver um estilo e uma forma sinodal de Igreja depende da circularidade virtuosa do ‘sensus fidei’, do magistério e da teologia”. E, segundo o sacerdote, “um verdadeiro exercício de sinodalidade nos permitirá pensar com paciência e prudência sobre as reformas institucionais necessárias e os processos de tomada de decisão que envolvem todos num exercício de autoridade verdadeiramente adequada ao crescimento do povo de Deus, um povo maduro e participante neste horizonte”. O padre Vitali abordou os temas da autoridade e da descentralização na Igreja à luz da sinodalidade dizendo que “o processo sinodal pode ser entendido como o exercício mais completo de sinodalidade na Igreja Católica”, a partir do qual “podemos começar a repensar as instituições eclesiais”. E acrescentou que, “em vez de listar reformas individuais, devem ser indicados critérios que possam inspirar uma reforma da própria Igreja num sentido sinodal”. Como já destacado em matérias anteriores, o documento final deste encontro deve preparar as discussões para as reuniões no próximo ano. O padre Vitali continuou destacando que a sinodalidade “não enfatiza unilateralmente o papel do povo de Deus ou dos pastores, mas de todos os sujeitos – o povo de Deus, o Colégio dos Bispos, o bispo de Roma – articulando unidade dinâmica, sinodalidade, colegialidade e primazia.” E questionou “de que instituições precisamos para expressar quem somos como homens e mulheres de paz numa era de violência, habitantes do continente digital?”. Informações com a CNA.

Quem escreverá o relatório resumido do Sínodo da Sinodalidade?

Além de omitir os nomes de quem está sentado em quais pequenos grupos, o Vaticano também se recusa a compartilhar com os jornalistas a lista completa daqueles que redigirão o relatório de síntese final que reunirá todas as contribuições dos pequenos grupos, grupos e as Congregações Gerais. O porta-voz principal do Sínodo, Paolo Ruffini, disse aos repórteres em 11 de outubro que os principais redatores, os dois secretários especiais do Sínodo, estão sendo assistidos por “especialistas” sinodais, mas acrescentou que “não faz sentido fornecer seus nomes”. Alguns participantes do Sínodo, bem como alguns membros do conselho ordinário – também não foram informados sobre quem exatamente está redigindo o documento. Ruffini disse aos repórteres que “basta saber” os nomes dos 13 membros da comissão do relatório de síntese, anunciada em 10 de outubro, cuja tarefa, segundo os estatutos do Sínodo, “não é escrever, mas supervisionar, alterar e aprovar periodicamente” o projeto de relatório com vista à sua apresentação à assembleia. “Toda a assembleia irá aprová-lo, não apenas aqueles que ajudarem a escrevê-lo”, destacou o porta-voz. O relatório resumido é um documento crucial, pois terá como objetivo incluir uma síntese de todas as discussões votadas nos pequenos grupos. Cada rodada de discussão será resumida e votada. O resultado das votações é discutido em congregações gerais envolvendo todos os participantes do Sínodo. Porém, a falta de tempo significa, em termos práticos, que poucos terão a oportunidade de partilhar os seus pontos de vista. Uma congregação geral no final da assembleia receberá o texto completo do relatório resumido e os participantes terão uma última oportunidade de incorporar quaisquer alterações antes do seu retorno à assembleia para uma votação final sobre o documento. Conforme as regras sinodais, o relatório sumário não é um “documento conclusivo”, mas “visa regular a próxima fase do processo sinodal, que conduzirá à sessão de outubro de 2024, do ponto de vista da metodologia, etapas e temas”. Os secretários especiais Já são conhecidos os dois “secretários especiais” encarregados de preparar o documento com a assistência de especialistas sinodais. Eles são o padre jesuíta Giacomo Costa, da Itália, que chefiou o “grupo de trabalho sintetizador” para a etapa continental do Sínodo no ano passado, e Mons. Riccardo Battocchio, reitor do Almo Collegio Capranica e presidente da Associação Teológica Italiana. Ambos os sacerdotes demonstraram interesse público pela questão da homossexualidade, que tem sido tema de debate durante este Sínodo. O Padre Costa apoiou a legislação italiana anti-homofobia em 2021, que foi contestada tanto pelos bispos italianos como pelo Vaticano e que acabou por não ser aprovada no Senado italiano. O Mons. Battocchio falou na apresentação de um livro chamado Amor Homossexual em 2015, que visava abrir a discussão sobre o tema após sua predominância no Sínodo Extraordinário sobre a Família de 2014. Mas tão cruciais quanto os secretários do Sínodo são especialistas que ajudarão a redigi-lo. Prováveis Especialistas O National Catholic Register apurou que dos especialistas, dois deverão ser autores principais: Anna Rowlands, professora de Pensamento e Prática Social Católica na Universidade de Durham, Inglaterra, e membro do Dicastério para a Promoção do Desenvolvimento Humano Integral; e o Padre Eamon Conway, sacerdote da Arquidiocese de Tuam, na Irlanda, e atualmente professor de Desenvolvimento Humano Integral e Teologia Sistemática na Universidade Notre Dame, na Austrália. Anna Rowlands apresentou uma reflexão teológica ao Sínodo em 9 de outubro sobre o tema “Comunhão: A Festa das Bodas do Cordeiro”, está passando dois anos trabalhando com a Secretaria Geral do Sínodo e com o Dicastério do Vaticano para a Promoção do Desenvolvimento Humano Integral. O seu papel incluiu trabalhar em estreita colaboração com a equipe que gere o processo sinodal global e, no ano passado, desempenhou um papel fundamental no trabalho com o Padre Costa na elaboração do relatório da fase continental, no qual sublinhou a importância de atribuir mais papéis de liderança na Igreja às mulheres. Ela argumenta essa demanda foi frequentemente sublinhada nos relatórios que receberam. A sua universidade afirma que o seu papel no Dicastério para a Promoção do Desenvolvimento Humano Integral é “apoiar o principal trabalho de investigação do departamento da Santa Sé que trata de questões de política, economia, clima e migração”. Conforme apurado pelo National Catholic Register, Anna Rowlands é uma aliada próxima de Austen Ivereigh, um facilitador do Sínodo, com inclinações progressistas semelhantes às dele, frequentemente republicando suas postagens nas redes sociais com outras pessoas com perspectivas políticas e religiosas semelhantes. Em 16 de outubro, o Vaticano anunciou que Rowlands receberia o Prêmio Razão Expandida da Fundação Vaticano Joseph Ratzinger por um artigo que ela apresentou intitulado: “Rumo a uma Política de Comunhão, Ensino Social Católico em Tempos Obscuros”. O segundo provável autor principal, o Padre Conway, escreveu e editou vários livros e serviu em vários órgãos consultivos do governo irlandês, incluindo a Comissão da Sociedade da Informação e o Painel Consultivo do Gabinete Nacional Irlandês de Aprendizagem sobre o Desenvolvimento Econômico e Social. Em 2012, o Papa Bento XVI nomeou-o conselheiro especialista do Sínodo sobre a Nova Evangelização. Desde 2011, o Padre Conway é presidente da Fundação Peter Hünermann para o Avanço da Teologia Católica na Europa. Em 2014 foi nomeado para um painel de peritos da Agência da Santa Sé para a promoção da garantia de qualidade nas universidades pontifícias e faculdades eclesiásticas por um período de cinco anos, e em 2015 foi nomeado para o Comitê de Teologia da Conferência Episcopal Irlandesa. Os seus interesses de investigação incluem os trabalhos de Karl Rahner e Hans Urs von Balthasar; fé e cultura, especialmente a interface entre cultura, tecnologia e religião. Nos últimos anos, ele tem estado na vanguarda da pesquisa e da defesa do caráter distintivo da Educação Católica e é cofundador do projeto internacional Global Researchers Advancing Catholic Education (G.R.A.C.E.). Comissão de Síntese Redigido o documento, ele será repassado aos membros da comissão do relatório de síntese, que inclui o Cardeal Hollerich; Cardeal Mario Grech, secretário-geral da secretaria do Sínodo; o cardeal Fridolin Ambongo Besungu, de Kinshasa, Congo; o cardeal Gerald LaCroix, de Quebec; Cardeal George

Esta semana no Sínodo sobre Sinodalidade

Nesta semana, o Sínodo sobre a Sinodalidade no Vaticano terá outra à medida que a reunião muda do trabalho em pequenos grupos para uma assembleia plenária – uma das “Congregationes Generales” oficiais. Também haverá oportunidade de participação dos jornalistas. Ao final da discussão de cada seção do documento, o Cardeal Jean-Claude Hollerich enquanto relator-geral, fará uma declaração. O próximo relatório – chamado de “apresentação” na programação do Sínodo – está previsto para 13 de outubro e outro acontecerá em 18 de outubro. Agenda Oculta? Persistem preocupações sobre o potencial dos grupos de pressão influenciarem o decorrer do Sínodo. Na sexta-feira passada, o Cardeal Fridolin Ambongo Besungu, arcebispo de Kinshasa, afirmou que ninguém traria agendas pessoais e muito menos tentaria impô-las aos outros. “Não há agenda; somos todos irmãos e irmãs”, reiterou o prelado africano. O cardeal congolês também disse que o resultado do processo seria “bem-vindo por todos como a vontade de Deus”. Menções à busca de comunhão no Sínodo não surpreendem. São um mantra comum em muitas conversas paralelas. Antes de 2014, o termo “consenso sinodal” estava na ordem do dia, com os documentos sujeitos a votação parágrafo por parágrafo. A ausência de uma maioria de dois terços dos votos levou à retenção da publicação de documentos, uma prática que visa promover a comunhão em vez da divisão. Numa tentativa de aparente transparência, o Papa Francisco divulgou anteriormente de forma consistente todas as formas de documentos finais e a contagem dos votos. Para este Sínodo, em vez de um documento final, será divulgado um documento resumido, cuja aprovação dependerá mais do relato geral da experiência do Sínodo do que de capítulos específicos. Em Outubro de 2024, a aprovação do texto final pela assembleia pode anular o documento de resumo. Agenda da Semana Há muita expectativa para a tarde desta segunda-feira, quando a comissão sinodal designada para redigir o documento resumido votará. Esse resultado – revelando os nomes dos membros da comissão – pode fornecer uma prévia da formulação do documento ou, pelo menos, sugerir o tom geral dos textos e, portanto, de todo o Sínodo. Conforme o calendário oficial, dois pontos-chave do Instrumentum Laboris, o documento de trabalho, estão programados para discussão esta semana: Seção B1: “Como podemos ser mais plenamente sinal e instrumento de união com Deus e unidade da raça humana?” Seção B2: “Corresponsáveis pela missão” com uma pergunta central: “Como partilhar tarefas e dons ao serviço do Evangelho?” Os pequenos grupos de trabalho – “circoli minori” – deverão apresentar as suas intervenções no dia 11 de outubro, seguidas da finalização e apresentação dos seus relatórios à Secretaria-Geral no dia 12 de outubro. O processo termina com uma tarde livre destinada a uma peregrinação, presumivelmente às catacumbas romanas. A partir de 13 de outubro, a seção B2 do Instrumentum Laboris será examinada. Duas tardes desta semana são reservadas para a “conversa do Espírito”, descrita como um momento de discernimento comum para o Sínodo. Descrito nas seções 37 a 39 do Instrumentum Laboris, este processo abrange três fases: deliberação profunda antes de falar na assembleia, um período de silêncio e oração para ressoar com os pedidos dos outros, e uma sessão para identificar questões-chave e forjar um consenso comum. As “conversas do espírito” visam elaborar um documento que incorpore o consenso e o espírito comunitário. Ainda não se sabe se esse objetivo será alcançado. O facto de o Cardeal Hollerich já ter sugerido um roteiro para o ano seguinte implica, por enquanto, um mergulho cauteloso nas águas. No próximo ano, estas “conversas” poderão concentrar-se em tópicos específicos com um enfoque mais nítido, embora isso continue a ser terreno especulativo. Reformas para além do Sínodo? No início do Sínodo, a ênfase na confidencialidade – expressa pelo Papa Francisco – mostrou preocupação com as agendas impulsionadas pelos meios de comunicação social. No entanto, há aparentes tentativas em curso esta semana por parte de certos grupos de interesse para impulsionar a sua respectiva agenda, na esperança de mudar a própria essência da Igreja Católica. Reformadores autonomeados lideram uma conferência chamada “Spirit Unbounded”, agendada para os dias 8 a 14 de outubro e online. Dois documentos enquadram este evento, o Texto de Bristol e uma proposta de constituição para a Igreja Católica. A leitura do Texto de Bristol revela uma agenda clara: o documento retrata a Igreja como uma entidade “secular”, clamando por “estruturas democráticas a todos os níveis”, defendendo que o direito canônico se alinhe com a Declaração Universal dos Direitos Humanos e apelando a uma reformulação do ministério litúrgico. A proposta de uma constituição para a Igreja Católica ecoa um tom secular ao delinear uma constituição de autoria humana. No entanto, reafirma o Evangelho como referência primeira para todo cristão. A ideia de uma Igreja democratizada é comum ao Caminho Sinodal Alemão. Informações com a CNA.

Cardeal Zen expressa preocupação com o Sínodo sobre a Sinodalidade

Em carta vazada aos bispos poucos dias antes do Sínodo sobre a Sinodalidade iniciar sua primeira rodada de reuniões no Vaticano, o cardeal Joseph Zen expressa sérias preocupações aos cardeais e bispos de todo o mundo sobre a reunião em Roma, e defende mudanças no Sínodo. A carta data de 21 de setembro – festa do Apóstolo São Mateus – e acusa os organizadores do Sínodo de manipulação e de perseguir uma agenda em vez de permitir um discurso eclesiástico autêntico. O cardeal Zen examina o enquadramento teológico da sinodalidade recorrendo a um documento recente da Comissão Teológica Internacional, “Sinodalidade na vida e missão da Igreja”, sublinhando que a sinodalidade, na sua essência, refere-se à “comunhão e participação de todos os membros da Igreja na missão de evangelização”. Na carta, o cardeal expressa reservas sobre a escassa referência a este documento crítico aprovado pelo Vaticano nos materiais preparatórios para o Sínodo, o que sugere um potencial desvio dos princípios eclesiásticos fundamentais. Um deles é “o ministério colegial dos bispos”, que se baseia nos fundamentos teológicos do Concílio Vaticano II. “Fico confuso porque, por um lado, dizem que a sinodalidade é um elemento constitutivo da Igreja, mas, por outro lado, me dizem que é isso que Deus espera de nós para este século (como uma novidade?)”. O cardeal, que assinou os dubia antes do Sínodo questiona: “como pode Deus ter-se esquecido de fazer com que a sua Igreja viva este elemento constitutivo nos 20 séculos da sua existência?” Zen compartilha “confusão e preocupação ainda maiores” sobre “a sugestão feita de que finalmente chegou o dia de derrubar a pirâmide, isto é, com a hierarquia superada pelos leigos”. Em discurso em 2015, o Papa Francisco usou a imagem de uma pirâmide invertida descrevendo o papel do apóstolo Pedro como a “rocha” sobre a qual a Igreja está fundada. Nas palavras do Santo Padre: “nesta Igreja, como numa pirâmide invertida, o topo está localizado abaixo da base”. Com base nessa fala, o Padre Ormond Rush, participante do Sínodo sobre Sinodalidade, defendeu mudanças na eclesiologia e na organização da Igreja. O Caminho Sinodal Alemão No centro da crítica do cardeal Zen está o Caminho Sinodal Alemão, cujos participantes votaram a favor de documentos que apelam à ordenação sacerdotal de mulheres, bênçãos para pessoas do mesmo sexo e mudanças no ensinamento da Igreja sobre atos homossexuais, provocando acusações de heresia e receios de cisma. As preocupações foram levantadas publicamente pelo Papa Francisco, bem como pelos líderes da Igreja da Polônia, dos países nórdicos e de todo o mundo. Os organizadores alemães rejeitaram todas as intervenções, pressionando em vez disso a instalação de um Conselho Sinodal Alemão permanente para supervisionar a Igreja na Alemanha e implementar mudanças controversas. No entanto, o cardeal observa que o papa “nunca ordenou que este processo na Alemanha” tivesse de parar, e que o seu discurso aos bispos alemães durante a sua visita ad limina em 2022 – normalmente publicado no jornal do Vaticano L’Osservatore Romano – permaneceu secreto. Em março, os bispos alemães anunciaram que avançavam com os seus planos. Considerando o processo alemão, a carta do cardeal Zen alerta para tentativas de afastamento da ordem eclesiástica tradicional, sugerindo que qualquer aparente reorientação democrática está associada a propostas de mudanças revolucionárias na constituição da Igreja e nos ensinamentos morais sobre a sexualidade. Uma agenda e conclusões precipitadas? A carta também acusa o Secretariado do Sínodo – o escritório do Vaticano responsável pela organização do Sínodo sobre a Sinodalidade – de conduta questionável. “O Secretariado do Sínodo é muito eficiente na arte da manipulação”, escreve o cardeal. E acrescenta que: “muitas vezes afirmam não ter qualquer agenda. Isto é verdadeiramente uma ofensa à nossa inteligência. Qualquer um pode ver a que conclusões pretende chegar.” O cardeal Zen escreve que os organizadores, embora enfatizem a necessidade de “ouvir todos”, concentram-se num grupo em particular: “Aos poucos eles nos fazem compreender que entre estes ‘todos’ há especialmente aqueles que ‘excluímos’. Finalmente, entendemos que o que querem dizer são pessoas que optam por uma moral sexual diferente daquela da tradição católica”. Ele acusa os organizadores de tentarem evitar discussões honestas e espirituosas, afirmando que é mediante um diálogo tão aberto e robusto, como durante o Concílio Vaticano II, que o Espírito Santo verdadeiramente opera. “Parece-me que no Vaticano II, antes de chegar a uma conclusão quase unânime, dedicaram muito tempo a discussões animadas. Foi lá que o Espírito Santo trabalhou. Evitar discussões é evitar a verdade.” A carta apela aos bispos para que não se limitem a obedecer às diretivas processuais sem questionar, instando-os a acumular orações bem antes do Sínodo, emulando os preparativos espirituais de São João XXIII antes do Vaticano II. “Estou ciente de que no Sínodo sobre a Família o Santo Padre rejeitou sugestões apresentadas por vários cardeais e bispos precisamente em relação ao procedimento. Se, no entanto, apresentar respeitosamente uma petição apoiada por numerosos signatários, talvez esta seja aceite. De qualquer forma, você terá cumprido seu dever. Aceitar um procedimento irracional é condenar o Sínodo ao fracasso”. O cardeal de 91 anos encerra com outro apelo aos seus irmãos bispos e cardeais para orarem e uma petição para mudar os procedimentos sinodais. “Esta carta que estou escrevendo pretendo ser confidencial, mas não será fácil mantê-la fora do alcance dos meios de comunicação de massa. Velho como sou, não tenho nada a ganhar e nada a perder. Ficarei feliz por fazer o que considero ser meu dever fazer.” Informações com a CNA.

Arcebispo Fernandes afirma que Sínodo não trará ordenações de mulheres

O atual presidente da Congregação para a Doutrina da Fé, Dom Victor Manuel Fernández, publicou ontem em seu perfil do Facebook o que acredita que se deve esperar do sínodo. Para ele, a proposta deste ano é uma reflexão mais geral sobre “que tipo de Igreja queremos, que o mundo hoje precisa de nós”. https://www.facebook.com/victormanuel.fernandez.378/posts/pfbid02ctZ5ve9iBFYbkWSfW4EXCL3HSsT3ECiWEzDqCxvGaSwPpxZMKSigwkChtzvQBLp1l E também destaca que não crê “que questões como o celibato, a ordenação de mulheres ou coisas assim serão debatidas este mês, porque cada um desses temas exigiria muito estudo prévio”. Assim, ainda que afirme que não se possa esperar o tema para este sínodo, não fecha as possibilidades para uma discussão futura. Abaixo, a mensagem toda traduzida do espanhol: O Sínodo que começa Amigas e amigos, amanhã terá início o Sínodo da Igreja, com participantes escolhidos de todo o mundo. Digo que começa amanhã porque à tarde todos os participantes irão para uma casa de retiro para iniciar um momento de oração. Portanto, podemos dizer que o Consistório que criará os Cardeais é algo secundário diante deste fato que é muito mais relevante para a Igreja. O lugar dos leigos Embora seja um Sínodo dos Bispos, um número significativo de leigos e leigas terá direito a voto. Isto é surpreendente porque noutros Sínodos participaram leigos, mas não tiveram qualquer influência nas decisões finais. Agora, com o seu voto, dezenas de leigos e leigas podem mudar o curso de uma votação. Vamos pensar que às vezes algo não vai adiante por uma diferença de alguns votos. O que podemos esperar Se isso fosse algo puramente humano, poderíamos fazer cálculos e dizer que uma decisão ou outra será tomada. Mas como o Espírito Santo tem muito a ver com isso aqui, não podemos saber que rumo seguirá. Se apenas duas ou três pessoas interviessem, poderia ser um pouco manipulado, mas participarão centenas de pessoas de lugares muito distantes e com formas de pensar muito diferentes. Além disso, são pessoas que passarão três dias em oração. Esperamos que o Espírito Santo faça alguma coisa. O problema é que o Sínodo deste ano não se propõe abordar quatro ou cinco questões discutidas. Isso pode acontecer no próximo ano, mas não agora. Este ano é uma reflexão mais geral, mas não menos interessante: que tipo de Igreja queremos, o que o mundo hoje precisa de nós, qual é a Igreja que o Senhor quer hoje que ilumine o mundo em que vivemos. Mas isso não será interessante para a imprensa. Por mais interessante e útil que nos pareça, não será algo que encherá as manchetes dos meios de comunicação e das redes. Para o mundo pode parecer um fracasso ou uma reunião irrelevante. Não será assim para nós se permanecermos dóceis ao Espírito Santo. O Papa Francisco sabe disso e sempre diz que não se trata de ganhar espaço, mas de gerar novos processos que darão frutos sabe-se lá quando. O que não devemos esperar Embora devamos permanecer abertos ao que Deus quer fazer, não creio que questões como o celibato, a ordenação de mulheres ou coisas assim serão debatidas este mês, porque cada um desses temas exigiria muito estudo prévio, debates regionais, e então para cada um desses tópicos seriam necessários pelo menos um ou dois Sínodos inteiros. Portanto, no que diz respeito a estas questões altamente debatidas, apenas poderia aparecer o pedido para estudá-las, mas não conclusões. Simplesmente não seria sério. Na verdade, este ano o Sínodo nem sequer terminará com um documento final. Pelo amor da Igreja, amigos, dediquemos um momento nestes dias para rezar, para pedir que o Espírito Santo invada este Sínodo, guie e ilumine cada passo e cada momento. Obrigado.

Trump dobra a aposta e critica grupos pró-vida

Donald Trump dobrou suas críticas recentes às rígidas proteções pró-vida, sugerindo também que organizações pró-vida têm administrado “alguma espécie de negócio”, arrecadando dinheiro para acabar com aborto durante décadas sem alcançar resultados significativos. A fala foi durante uma entrevista com o editor-chefe do National Pulse, Raheem Kassam, e que foi ao ar na terça-feira. Trump repetiu argumentos anteriores de que os republicanos perdem as eleições quando se concentram na abolição do aborto e enfatizou o seu papel no avanço da legislação pró-vida, com suas indicações pró-vida para a Suprema Corte americana. O ex-presidente sugeriu a Kassam as posições sobre o aborto foram o motivo por que inúmeros candidatos apoiados pelo ex-presidente dos EUA perderam nas eleições de meio de mandato em 2022. Dos 79 candidatos, 46 conseguiram alguma vitória. Os movimentos pró-vida contestaram as alegações de que a culpa era da agenda pró-vida. Trump também gerou indignação ao atacar organizações pró-vida que arrecadaram dinheiro e fizeram lobby para acabar com o aborto. A crítica foi por elas não conseguirem grandes vitórias em todo o país antes da decisão da Suprema Corte dos EUA em junho de 2022 no caso Dobbs vs. “direito” federal ao aborto, que revogou a decisão Roe vs Wade. A vitoriosa campanha de Trump em 2016 teve forte apoio de movimentos pró-vida pelo compromisso que ele assumiu de indicar juízes pró-vida para a Suprema Corte. Porém, a posição dele quanto ao aborto tem sido mais flexível após a derrota nas eleições de meio de mandato, onde os Republicanos conseguiram a maioria da Câmara dos Deputados, mas não no Senado. Além disso, a esperada “onda vermelha”, cor do Partido Republicano nos EUA, não se realizou conforme esperado por algumas lideranças. Contudo, as estimativas do Real Clear Politics previam um resultado próximo ao final. Informações com o LifeSiteNews.

Presidente húngara diz que era glacial demográfica é pior que aquecimento global

A Presidente húngara, Katalin Novák, no discurso de abertura da 78ª Assembleia Geral da ONU, afirmou que a crise demográfica provocada pelas baixas taxas de natalidade e pelo envelhecimento é uma ameaça maior para a humanidade do que o clima. Em suas palavras, “uma grande parte do mundo enfrenta, além da guerra, uma dificuldade que o oprime por dentro. Na Europa e em alguns dos vossos países, o Inverno demográfico transformou-se numa era glacial. Se não resolvermos esta questão, ela terá um impacto imensurável nas nossas economias, sociedades e segurança num futuro próximo.” Novak elogiou o CEO da Tesla, da SpaceLink e do X, Elon Musk, por propor que o declínio demográfico é uma ameaça maior para a humanidade do que a crise climática. “Se não há criança, não há futuro. De que adianta cuidar da Terra se não temos filhos e netos para quem passá-la? Se a falta de filhos se generalizar, se nascerem menos crianças do que aquelas que morrem nos nossos países, o nosso amado mundo, que acreditamos estar seguro, será destruído”, disse ela. A presidente húngara relatou o trabalho do seu governo para promover famílias numerosas, incluindo alívio fiscal para famílias numerosas, bem como incentivos financeiros para os casais terem mais filhos. “Nós, húngaros, vemos a solução para a crise demográfica no fortalecimento e no apoio às famílias. O nosso objectivo é ter uma vida familiar plena e feliz e ter todos os filhos que os jovens casais desejam”, explicou. E também atacou os críticos das políticas pró-família do seu país. “No sistema europeu somos quem mais gasta com o sustento familiar. Isto não destruiu a economia húngara. Pelo contrário, fortalecer as famílias é positivo em termos econômicos”, relatou. Ela apresentou o trabalho do seu próprio país para promover a sensibilização para a crise demográfica e desenvolver soluções, incluindo a Cúpula Demográfica de Budapeste, que terminou na semana passada, a quinta cúpula anual com este tema. A conferência anual que reúne demógrafos, economistas e líderes pró-família de todo o mundo enviou uma “mensagem clara”, disse Novak. “As forças pró-família defendem os seus valores e interesses. Mesmo numa altura em que as ideologias anti-família e anti-criança estão numa ofensiva sem precedentes. Na verdade, especialmente então. Reconhecemos que a família é fundamental para a segurança. Uma família forte, unida e saudável é garantia de segurança”, concluiu, quando foi fortemente aplaudida. Informações com o Centro para Famílias e Direitos Humanos.