A conta do Sínodo da Sinodalidade do Vaticano X (antigo Twitter) compartilhou nesta semana fotos com intenções de oração manuscritas de jovens “pelo Sínodo e pela Igreja”. Nas fotos, uma das intenções pede “retorno à ortodoxia e à tradição” e outra pede para que “não se proíba a Missa Tridentina”. 🙏🌍 Young People's Prayers for the synod and the Church at the World Youth day #Lisbon2023: 🕊️ Embracing Tradition and Renewal, 🌿 Rooted in the Gospel and Christ-centered, 🌏 Reaching Out to the World.#YouthSynod #WYD2023 #FaithJourney #synod pic.twitter.com/3uPpwC0HQv — Synod.va (@Synod_va) August 28, 2023 Durante a Jornada Mundial da Juventude em Lisboa, participantes escreveram rabiscaram em post-its suas intenções. Além das duas já destacadas, uma terceira pedia uma Igreja que “não esqueça as suas verdadeiras raízes tradicionais”. “Rezo para que o Sínodo se atenha às verdades reveladas da fé católica e que os católicos que encontram realização espiritual na TLM possam ser aceites e autorizados a assistir à missa da sua escolha”, escreveu um participante. Por “TLM”, ele se referia a Missa Tradicional em Latim. Outro pediu por um “renascimento eucarístico de Nova Iorque”, esperando que o estado pudesse “encontrar esperança, estabilidade e fé na Tradição da Igreja Católica”. Os pedidos de oração contrastam fortemente com as sugestões oficiais do Sínodo da Sinodalidade. Por exemplo, o Instrumentum Laboris do Sínodo sobre a Sinodalidade destaca a necessidade de “acolher aqueles que se sentem excluídos da Igreja por causa do seu estatuto ou sexualidade”. O trecho suscitou preocupações de que o Sínodo poderia tentar desafiar o ensinamento perene da Igreja que os atos homossexuais são “gravemente desordenados”. As esperanças dos jovens para a preservação do Rito Tridentino também são contrárias a atitude do Papa Francisco com as severas restrições que ele impôs à Missa Tradicional. Também há uma ironia, visto que se pede que os fiéis participem com seus pedidos, mas os que apelam à Tradição pareçam ser ignorados por bispos que promovem a escuta dos fiéis.
Autor: Henrique Weizenmann
Alasca é o último estado governado liderado por republicanos a tomar medidas contra homens nos esportes femininos
O Conselho de Educação do Alasca votou na quinta-feira a favor da proibição de homens competirem em equipes atléticas femininas do ensino médio. A proposta foi aprovada por unanimidade e prevê que “se uma equipe de atletismo escolar separada for estabelecida para estudantes do sexo feminino, a participação será limitada às mulheres que foram designadas como mulheres no nascimento”. Desse modo, o Alasca se torna o mais recente estado liderado por republicanos que se move para proteger as mulheres da invasão dos atletas masculinos nas competições femininas. Todos os membros do conselho foram nomeados pelo governador republicano Mike Dunleavy, que fez da proteção do esporte feminino uma de suas prioridades políticas. O procurador-geral do Alasca, Treg Taylor, um republicano que também foi nomeado por Dunleavy, deve aprovar a proposta antes que ela entre em vigor. A proposta afetaria os distritos escolares que aderem à Associação de Atividades Escolares do Alasca (ASAA), que regulamenta os esportes escolares do Alasca. Conforme o diretor da ASAA, que a regra provavelmente resultará na criação pela associação de uma divisão para meninas e outra divisão para “todos os outros estudantes”. Um distrito do Alasca, o Distrito Escolar de Matanuska-Susitna, já adotou uma política que exige que os atletas compitam com base no seu sexo real. O Departamento de Educação do Alasca se pronunciou afirmando que não há data específica para a proposta entrar em vigor. Depois que o departamento do procurador-geral Taylor analisar a medida, ela deverá ser protocolada no gabinete do vice-governador e entrará em vigor 30 dias após ser protocolada. Projetos de lei para proteger as mulheres no esporte feminino falharam repetidamente no Alasca, onde a legislatura estadual está dividida entre uma Câmara controlada pelos Republicanos e um Senado controlado pelos Democratas. 23 outros estados aprovaram leis que limitam os atletas do sexo masculino de competir em equipes femininas, no meio de uma reação generalizada ao fato de os homens com confusão de gênero dominarem os esportos femininos nos últimos anos. A Federação Internacional de Powerlifting anunciou no mês passado novos regulamentos para os chamados atletas “transgêneros” depois que a levantadora de peso masculina “Anne” Andres estabeleceu um recorde nacional feminino canadense. Informações com o LifeSiteNews.
Papa Francisco visita a Mongólia
O Papa Francisco pousou nesta sexta-feira na Mongóliga, tornando-se o primeiro papa a visitar o país soberano mais escassamente povoado do mundo. A chegada na capital da Mongólia, Ulaanbaatar, foi às 9h52, horário local, deste dia 1º de setembro. O pontífice foi recebido pelo ministro das Relações Exteriores e por uma jovem que ofereceu ao papa uma xícara de coalhada seca tradicional da Mongólia. A bordo do avião em que viajou, o Papa relatou aos jornalistas que visitar a Mongólia é encontrar “um povo pequeno, mas uma grande cultura”. “Acho que nos fará bem compreender este silêncio… compreender o que significa, mas não intelectualmente, com os sentidos. A Mongólia pode ser compreendida com os sentidos”, disse ele. Quase do tamanho do estado do Amazonas, a Mongólia tem cinco pessoas por quilômetro quadrado. 30% da sua população é nômade ou semi-nômade. Ao norte, o país faz fronteira com a Rússia e, ao sul, com China. O país também é o segundo maior sem litoral e o vasto deserto de Gobi cobre um terço do seu território. O Papa Francisco passará o primeiro dia na capital mongol descansando na prefeitura apostólica. Seu primeiro evento público será uma cerimônia de boas-vindas no dia 2 de setembro na Praça Sükhbaatar da cidade com o Presidente Ukhnaagiin Khürelsükh. Mais tarde, ele se reunirá com a pequena comunidade católica do país na Catedral da cidade. A Prefeitura Apostólica de Ulaanbaatar tem jurisdição sobre toda a Mongólia. Com 1.450 católicos no país, representando muito menos que 1% dos 3,3 milhões de habitantes, a área missionária não tem católicos suficientes para justificar uma diocese. A primeira missão moderna na Mongólia ocorreu em 1922 e foi confiada à Congregação do Imaculado Coração de Maria. À época, o governo logo suprimiu a expressão religiosa. A situação perdurou até 1992. Porém, o primeiro sacerdote nativo da Mongólia foi ordenado só em 2016. No ano passado, o Papa Francisco nomeou um italiano que serviu como missionário na Mongólia durante quase 20 anos como o cardeal mais jovem do mundo. O cardeal Giorgio Marengo, 49 anos, prefeito apostólico de Ulaanbaatar.
Atualização da situação da causa de beatificação de Fulton Sheen
“Sheen está limpo”. Essa é a mensagem de Monsenhor Jason Gray, diretor-executivo da Fundação Arcebispo Fulton Sheen, a respeito da situação da causa de beatificação do “bispo da América”, o falecido televangelista Venerável Arcebispo Fulton J. Sheen. “Não creio que nenhuma causa para a beatificação tenha sido submetida a mais escrutínio do que o Arcebispo Sheen, tanto eclesiasticamente como civilmente”, relatou Mosenhor Gray. Após três anos de batalhas legais, em 2019, a Arquidiocese de Nova York, onde Sheen foi enterrado após sua morte em 1979, liberou o corpo de Sheen para a Diocese de Peoria, Illinois, onde Sheen foi ordenado e serviu pela primeira vez como sacerdote. A ação permitiu que a causa de Sheen continuasse avançando, e a data para a beatificação foi marcada para 20 de setembro de 2019 – o 100º aniversário da ordenação de Sheen ao sacerdócio. No entanto, explicou Mosenhor Gray, nessa altura foi emitida uma renúncia ao estatuto de limitações do estado de Nova Iorque para a denúncia de casos de abuso, permitindo que os casos avançassem independentemente de quando ocorreram os alegados abusos. Sheen, arcebispo titular de Newport, País de Gales, foi bispo de Rochester, Nova York, de 1966-1969. “Realmente não se sabia na época se haveria novas alegações das quais realmente nada sabíamos”, disse Mosenhor Gray, “então havia uma preocupação de que algo pudesse surgir, por isso a Santa Sé estava hesitante [em avançar com a causa de Sheen]”. A equipe também recebeu alguns documentos que levantavam a questão de saber se Sheen lidou ou não com casos de abuso de forma adequada na Diocese de Rochester. Mas depois de uma pesquisa cuidadosa e de uma apresentação à então Congregação para as Causas dos Santos, considerou-se que Sheen os tratou corretamente. A data da beatificação foi então marcada para 22 de dezembro de 2019. Então o gabinete do procurador-geral de Nova Iorque estava investigando todas as dioceses do estado, por isso, considerou-se mais prudente suspender a causa. Assim, a causa de Sheen foi suspensa indefinidamente. Mas agora que o processo em Rochester está encerrando, questiona-se a situação. “Em tudo isso, não apenas nada foi encontrado que impune Sheen”, relatou o Monsenhor “acho que suas virtudes heroicas foram confirmadas – como eu gostaria de dizer, Sheen está limpo – e podemos provar isso”. Um escritório de advocacia em Nova York foi contratado para fazer uma revisão dos casos apresentados e constatou-se que o Venerável Fulton Sheen foi exemplar naquilo que lhe coube. O Monsenhor Gray acrescentou que em setembro de 2022, um grupo de Peoria foi novamente ao Vaticano para se encontrar com o cardeal Marcello Semeraro, prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos, e com o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, para apresentar a sua investigação. “Roma deixou muito claro que não há problema da Santa Sé com esta causa”, relatou. “As preocupações foram levantadas do outro lado da lagoa – são os membros da hierarquia dos EUA.” O relatório do procurador-geral de Nova Iorque ainda não foi divulgado. “Até sentirmos que não restam dúvidas – se for necessário o relatório do procurador-geral para demonstrar o que já sabemos, o que já provamos – queremos avançar com o apoio unânime de toda a Conferência dos Bispos”, disse Monsenhor Gray. . “Tenho certeza de que chegaremos lá.” Informações com a CNA.
Papa Francisco publicará segunda parte da Laudato Si
O Papa Francisco publicará uma nova Exortação Apostólica no dia 4 de outubro deste ano. Conforme as palavras do Romano Pontífice, o texto será uma segunda parte para a encíclica Laudato Si. A data coincide com a conclusão do chamado “Tempo da Criação”, que se celebra de 1º de setembro a 4 de outubro de 2023, dia em que se comemora São Francisco de Assis. No dia 26 de agosto, o Papa já anunciará trabalhar no documento, durante uma audiência com uma delegação de advogados dos países-membros do Conselho da Europa. A Encíclica Laudato Si foi publicada em 24 de maio de 2015. O título é retirado do Cântico das Criaturas de São Francisco de Assis. Conforme o Pontífice, é uma encíclica “social” e um convite “a parar e pensar sobre os desafios do meio ambiente”. Nele, o Papa apela ao cuidado da criação como uma necessidade para o cuidado integral da pessoa, e recorda que “a deterioração do ambiente e da sociedade afeta de maneira especial os mais fracos”. O documento gerou polêmicas por assumir muitas perspectivas dos que propagadores do Aquecimento Global Antropogênico, ou seja, causado pelo homem. Tese que não é unanimidade no mundo acadêmico. Ao longo do chamado “Tempo da Criação”, realizar-se-ão eventos globais e regionais cobrindo diversos temas, com serviços de oração e uma vigília ecumênica de oração na Praça de São Pedro, no Vaticano, organizada por Taizé no dia 30 de Setembro. Também será realizada a aprovação e promoção do Tratado de “Não Proliferação de Combustíveis Fósseis (TNPCF)”. O Movimento Laudato Si estendeu um convite especial para se juntar à campanha para orar e agir pela justiça climática antes da COP 28.
Mais de dois em cada três britânicos são favoráveis à legalização do suicídio assistido
Uma pesquisa da empresa britânica Ipsos, que entrevistou adultos britânicos em julho, mostra que 68% dos britânicos são favoráveis à legalização do suicídio assistido. Os entrevistados foram questionados se eles acreditavam que “deveria ser legal para um médico ajudar um paciente com mais de 18 anos a acabar com sua vida, prescrevendo um medicamento letal que o próprio paciente pode tomar se certas condições forem atendidas”. Apenas 17% dos entrevistados disseram “não”, enquanto 18% não tinham certeza. Os resultados foram são próximos a uma pesquisa semelhante realizada pela empresa no ano passado, que perguntou a adultos britânicos se deveria “ser legal para um médico ajudar um paciente terminal a acabar com a sua vida prescrevendo medicação para isso”. Na ocasião, 69% dos entrevistados responderam afirmativamente. Atualmente, o Parlamento Britânico considera legalizar o suicídio assistido, enquanto os ativistas pressionam para mudar a lei e os críticos alertam contra a legalização do homicídio assistido. O Parlamento Britânico tem realizado um “inquérito sobre morte assistida/suicídio assistido” ao longo de 2023, explorando a possibilidade de legalizar o que o órgão governamental chama de “a participação de profissionais de saúde no fornecimento de medicamentos letais destinados a acabar com a vida de um paciente a pedido voluntário do paciente”. Várias audiências foram realizadas entre maio e julho, nas quais vários especialistas e acadêmicos apresentaram as suas opiniões sobre a legalização do suicídio assistido. Atualmente, segundo a lei do Reino Unido, a prática pode ser considerado homicídio ou homicídio culposo, dependendo das circunstâncias. Os políticos britânicos rejeitaram esmagadoramente uma tentativa de legalizar o suicídio assistido em 2015. Uma sondagem YouGov de 2021 descobriu que apenas 35% dos deputados apoiavam a mudança da lei britânica para permitir que os médicos “ajudassem no suicídio de alguém que sofre de uma doença terminal”. Informações com o InfoCatólica.
Magisterium AI é a nova inteligência artificial que deve ajudar católicos a conhecer o Magistério
O aplicativo Magisterium AI que é um LLM, Large Language Model e foi treinado usando um número limitado de documentos da Igreja. Semelhante ao ChatGPT da OpenAI ou ao Bard do Google, pode ser usado para gerar textos próximos ao modo de se expressar humano sobre conteúdo específico. Ele pode ser usado por quaisquer pessoas que buscam informações fundamentadas sobre a Igreja para auxiliar nos estudos. A IA é de responsabilidade da empresa internacional de tecnologia Longbeard. O objetivo é que seja uma resposta católica aos avanços da tecnologia para facilitar o acesso às informações, ajudando no processo catequético e na formação dos fiéis. O aplicativo também poderá ajudar na busca de informações por não católicos sobre a doutrina católica. Em matéria ao Crux Now, Mathew Sanders, fundador e CEO da Longbeard, destaca que “nossa IA é treinada em um banco de dados privado apenas de documentos da Igreja” e, portanto, há menos chance de a IA “alucinar”. O que ele se refere é à tendência de, por exemplo, o Chat GPT não só inventar coisas, mas as fontes que ele utilizou para formar o raciocínio apresentado. A menor chance não significa certeza e o uso exponencial quando do lançamento do aplicativo pode trazer questões nunca percebidas pelos programadores. Não só as alucinações são um problema, o potencial de censura que elas possibilitam ao dar a interpretação de determinados textos também é um risco. O aplicativo, lançado no início deste ano, possui atualmente cerca de 2.580 documentos magisteriais em seu banco de dados de conhecimento, e a lista está crescendo. Usado em mais de 125 países, o aplicativo gera textos em 10 idiomas: inglês, espanhol, francês, alemão, italiano, português, holandês, russo, chinês e coreano. Quem quiser experimentar, pode fazê-lo pelo link: https://www.magisterium.com.
Abortos despencam 70% na Carolina do Sul após lei sobre batimentos cardíacos entrar em vigor
Segundo Holly Gatling, do escritório da Citizens for Life da Carolina do Sul,“menos de 24 horas depois que a Suprema Corte da Carolina do Sul confirmou a Lei de Batimento Cardíaco Fetal e Proteção contra o Aborto, os abortos caíram 70%” em instalações da Planned Parenthood. A lei finalmente entrou em vigor na quarta-feira, após meses de oposição por defensores do aborto. Em janeiro, a Suprema Corte do estado foi contra o projeto de lei citando o “direito à privacidade”. Três republicanos votaram contra a legislação, mas a lei foi promulgada no final de maio. No entanto, uma petição de emergência para uma audiência acelerada do caso bloqueou temporariamente a sua entrada em vigor. Durante o período de julgamento no tribunal, uma senadora republicana foi censurada pelo seu partido após tentar derrubar o projeto de lei para proteger os nascituros antes que o Supremo Tribunal finalmente confirmasse a legislação. Gatling relata que “a Planned Parenthood programa abortos 2 a 3 vezes por semana, incluindo todas as terças-feiras, primeiro, segundo, quarto e quinto sábados do mês, todo terceiro sábado e, ultimamente, o negócio do aborto adicionou a maioria das quartas-feiras.” O presidente do A Moment of Hope, Mark Baumgartner, complementa que “normalmente, temos visto 20 abortos e hoje vimos apenas seis”. “Chegaram treze clientes, seis saíram antes de um aborto e outra [veio] no ultrassom RV e decidiu ficar com o bebê.” Ele encorajou todos a “louvar ao Senhor conosco” pela vitória pró-vida. Tanto A Moment of Hope como o SCCL enfatizaram o seu compromisso de “continuar [o seu] trabalho para restaurar a protecção legal aos membros não nascidos da nossa família humana em todas as fases de desenvolvimento” porque “cada vida é preciosa”. Informações com o LifeSiteNews.
Youtube silenciará “desinformação” sobre aborto
A nova política de desinformação médica do YouTube servirá de base para censurar qualquer vídeo que contrarie as diretrizes da Organização Mundial da Saúde sobre o aborto. O documento cita informações sobre o aborto entre os exemplos de conteúdo que visa censurar. O conteúdo que o o YouTube planeja censurar incluem “alegações de que o aborto geralmente resulta ou acarreta um alto risco de infertilidade ou aborto espontâneo futuro” e “alegações de que o aborto causa câncer de mama”. Os exemplos fornecidos na política não são exaustivos. Então, pode-se esperar que muitas outras alegações que discutem ou levantam questões sobre os efeitos nocivos do aborto sejam rotuladas como desinformação e removidas pelo YouTube. As “diretrizes comunitárias” são muitas vezes opacas e em grande parte desconhecidas dos utilizadores, mas são amplamente reconhecidas como utilizadas para eliminar opiniões conservadoras. Apesar dos seus compromissos anteriores de equilibrar a censura de conteúdo com a permissão do diálogo público, esta política esclarece que o debate médico e a discussão aberta só serão permitidos no YouTube desde que estejam em conformidade com a OMS. A OMS tem uma posição clara sobre o aborto: é geralmente um procedimento seguro se as diretrizes da OMS forem seguidas e que “a falta de acesso a cuidados de aborto seguros, oportunos, acessíveis e respeitosos é uma questão crítica de saúde pública e de direitos humanos”. Ao declarar que o aborto é um direito humano, a OMS faz uma declaração normativa que o YouTube poderia utilizar para sinalizar ou remover conteúdo que rejeite esta visão. O YouTube não especifica o que aconteceria se a OMS e as autoridades de saúde locais divergissem na sua interpretação ou recomendação de prevenção ou tratamentos de doenças. Também não fica claro como a política poderá afetar os muitos testemunhos pessoais de mulheres que foram submetidas a abortos e sofreram complicações e efeitos secundários negativos na sua saúde física e mental. A política do YouTube permite que os usuários carreguem suas experiências pessoais de condições médicas ou tratamentos por meio do recurso Personal Stories Shelf da plataforma, mas apenas desde que não se desviem de declarações factuais ou de relatos pessoais para declarações factuais mais gerais. A única outra exceção em que a informação contrária às diretrizes da OMS pode ser tolerada é se for considerada de “interesse público”, mas isto provavelmente não se aplica igualmente a histórias pessoais e a declarações de figuras públicas politicamente relevantes. Nos últimos três anos, publicações “perigosas”, retiradas ou sinalizadas por empresas de redes sociais em decorrência de políticas de moderação de conteúdo, provaram ser verdadeiras ou, pelo menos, apresentaram preocupações públicas válidas ou questões científicas. Informações com o Center for Family & Human Rights.
Ditadura nicaraguense revoga estatuto jurídico dos jesuítas e confisca seus bens no país
O governo de Daniel Ortega revogou esta quarta-feira o estatuto jurídico da Companhia de Jesus (Jesuítas) e ordenou a transferência de todos os seus bens para o Estado. O ato ocorreu em meio a uma crescente onda de ataques contra a Ordem religiosa. No ato ministerial 105-2023-OSFL, publicado em 23 de agosto no La Gaceta, jornal oficial do regime, a Ministra do Interior, María Amelia Coronel Kinloch, aprovou “a extinção da personalidade jurídica da Associação Nicaraguense da Companhia de Jesus, por infrações à lei.” Quanto à “destinação dos bens móveis e imóveis”, o documento indica que a Procuradoria-Geral da República realizará a “transferência destes para o nome do Estado da Nicarágua”. A motivação alegada pela ditadura nicaraguense é que a Companhia de Jesus, inscrita nos registos públicos desde julho de 1995, não teria reportado “as suas demonstrações financeiras [relativas aos] períodos fiscais de 2020, 2021 e 2022”. Através de um comunicado, a Aliança Universitária da Nicarágua (AUN) condenou “categoricamente” a ação da “ditadura sandinista de Daniel Ortega”. E, apesar da confirmação oficial em La Gaceta só nesta quarta-feira, o governo já tinha começado a confiscar os bens dos religiosos. No dia 19 de agosto, de forma injustificada, apropriou-se da residência dos jesuítas em Villa Carmen, que fica ao lado da UCA, instituição que também havia sido confiscada quatro dias antes. Informações com a ACI Prensa.