Uma peregrinação na Inglaterra traça o caminho de GK Chesterton na esperança de sua beatificação

Peregrinos se reúnem em torno do túmulo de Chesterton em Beaconsfield durante a peregrinação de 25 de julho de 2020 | Foto da Sociedade Católica GKC / CNA

Em 29 de julho, a 13ª Peregrinção G.K. Chesterton aconteceu na Inglaterra. Os peregrinos percorreram um trajeto de Londres e Beaconsfield, da igreja onde o escritor britânico foi batizado até a cidade a oeste da capital inglesa onde ele morreu em 1936. A caminhada de 43 quilômetros milhas, organizada pela Sociedade Católica G.K. Chesterton, é uma iniciativa de apoio à causa de beatificação do escritor, que ainda não foi aberta.

A peregrinação começou com uma conferência organizada em Londres há 14 anos pela Chesterton Society, com sede nos Estados Unidos, para refletir sobre a validade de uma hipotética causa de beatificação de Chesterton.

Após sublinhar a possível “santidade” de Gilbert Keith Chesterton, os palestrantes chegaram à conclusão de que a sociedade, por não ser católica, não poderia promover a causa. Mas entre os participantes estava Stuart McCullough, que se converteu ao catolicismo anos antes precisamente por ler Chesterton. De volta para casa, McCullough abriu um site e imprimiu um cartão de oração. Fazendo isso, ele se tornou o fundador do que é hoje a Sociedade Católica G.K. Chesterton.

A primeira romaria aconteceu em 2011 com quatro pessoas e cresceu para o que já são mais de 100 pessoas que participam do evento.

A caminhada começa em frente à St. George Anglican Church, localizada em Campden Hill em Londres, onde Chesterton foi batizado em 1874 com 1 mês de vida. Os peregrinos caminham ao longo do canal, no campo, e assistem a uma missa em um convento, com o bispo de Northampton, David Oakley. A peregrinação termina em Beaconsfield, onde Chesterton viveu mais tarde e foi enterrado.

Os participantes vêm de várias origens e se unem em oração, pedindo a intercessão de Chesterton, que McCullough acredita ser um santo. O núcleo da espiritualidade de Chesterton pode ser descrito como “gratidão a Deus por tudo”, de acordo com McCullough.

Causa de Chesterton

Quase 90 anos após sua morte, a causa da beatificação de Chesterton permanece controversa. Em 2012, o então bispo de Northampton, Peter John Haworth Doyle, abriu uma investigação sobre o assunto antes de optar por não abrir a causa. McCullough disse que o novo bispo, Oakley, pode estar disposto a abrir a causa..

A peregrinação recebeu apoio de alguns grupos ao redor do mundo, incluindo Itália e os Estados Unidos. Além da oração publicada pelo jornal católico da organização – e traduzido em vários idiomas, incluindo igbo, húngaro, croata, urdu e lituano – aqueles que quiserem se juntar à iniciativa podem enviar suas intenções aos organizadores.

A eventual causa de beatificação requer um milagre por intercessão de Chesterton. Até o momento, não há um relato comprovado de milagre. McCullough relata que “A principal coisa que Chesterton faz é converter as pessoas à fé. É uma coisa boa, mas quando se trata de beatificar alguém, não é o suficiente”. Mesmo que “toda a Inglaterra se converta amanhã pela intercessão Chesterton, mesmo que seus 66 milhões de habitantes se tornem católicos”, a Igreja ainda precisaria de um milagre para proceder à beatificação.

No entanto, todos os anos, peregrinos testemunham que suas orações foram atendidas. “Uma mulher pediu que o marido se tornasse católico e, no ano seguinte, ele veio em peregrinação como católico. Outra mulher compartilhou que vai se atrasar para a peregrinação porque no ano passado ela estava orando para que seu neto se tornasse católico, e este ano ele está começando seu curso de batismo e ela vai com ele”, compartilhou McCullough.

Criado como unitarista, Chesterton gradualmente se aproximou da Igreja Católica até entrar em plena comunhão em 1922 e escreveu livros em defesa da fé católica.

Informações com a CNA.

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