Quando Mary Olowe, pseudônimo adotado por razões de segurança, se converteu do Islã ao Cristianismo, seu pai e irmãos ameaçaram matá-la. Temendo pela vida de sua filha, a mãe de Mary contrabandeou-a para uma comunidade cristã e ambas solicitaram e obtiveram uma ordem de restrição de um tribunal superior do norte da Nigéria. A ordem judicial proibia o pai e os irmãos de Mary de “ameaçar e atentar contra a vida da requerente após a sua decisão de mudar da prática do Islã para o Cristianismo e também de não violar os seus direitos fundamentais relativamente à escolha da sua religião ou pensamentos”. Essa vitória isolada ofereceu algum alívio a Mary e à sua mãe, e a todos os que defendem o Cristianismo face à agressão. “Mas a tendência em muitos lugares não é boa” relata Megan Meador, oficial de comunicações da organização de defesa legal religiosa Alliance Defending Freedom International. Ela reconhece a dificuldade de viver o cristianismo na nação mais populosa de África. E destaque que “é especialmente difícil para os cristãos convertidos, especialmente no norte do país, porque muitas vezes são os seus próprios amigos e familiares, ou mesmo comunidades inteiras, que os rejeitam”. Intolerância crescente Segundo Meador, os últimos vinte anos foram marcados por uma tendência crescente à intolerância religiosa na Nigéria, especialmente no norte. E o país ganhou notoriedade como o maior perseguidor de cristãos no mundo. Dos 5.500 cristãos mortos no ano passado por sua fé, 90% eram nigerianos. Pelo menos 52.250 pessoas foram mortas nos últimos 14 anos na Nigéria por serem cristãs. Os números são de um relatório de abril da Sociedade Internacional para as Liberdades Civis e o Estado de Direito (Intersociety), uma ONG sediada no leste da Nigéria. “Há mais mártires cristãos na Nigéria do que em qualquer outro lugar do mundo. Noventa por cento dos cristãos que foram mortos por sua fé no ano passado estavam na Nigéria”, disse Meador ao Crux. A Constituição nigeriana proíbe explicitamente os governos federal e estadual de estabelecerem uma religião estatal, proíbe o preconceito religioso e garante o direito dos indivíduos de escolherem, praticarem, difundirem ou modificarem livremente a sua fé. Assim, a Constituição Nigeriana parece oferecer proteção à liberdade da religião cristão, mas a Sharia é aplicada em alguns estados. Meador relata que sua organização tem apoiado casos de liberdade religiosa na Nigéria há anos: cristãos que enfrentam ataques, falsas acusações e discriminação, e minorias religiosas que querem expressar livremente as suas crenças sem medo de leis e acusações de blasfêmia. A história foi publicada originalmente no InfoCatólica.
Mês: setembro 2023
Governo Biden quer forçar empresários dos EUA a financiarem abortos
O governo de Joe Biden quer forçar todos os empresários dos EUA a financiarem o aborto. No mês passado, a sua administração emitiu um mandato executivo manipula uma lei aprovada por Democratas e Republicanos para proteger as mulheres grávidas. A medida tenta transformar grandes corporações e pequenos negócios em financiadores do aborto. Uma regra proposta pela Comissão de Igualdade de Oportunidades de Emprego dos EUA sequestra a Lei de Justiça das Trabalhadoras Grávidas, que não aborda o aborto, para impor um mandato de aborto a praticamente todos os empregadores dos Estados Unidos. Tal proposta se estende aos pró-vida e os empregadores cristãos que se opõem ao aborto. Em seu texto, a lei bipartidária exige que todos os empregadores americanos “acomodem razoavelmente” a “gravidez, parto ou condições médicas relacionadas” de uma trabalhadora. O governo Biden propõe que “condições médicas relacionadas” incluam “interrupção da gravidez, inclusive por aborto voluntário”. Se o mandato for implementado, forçaria os empregadores com mais de 15 empregados a criar “acomodações razoáveis” para os abortos dos seus trabalhadores, mesmo que isso viole as suas crenças pró-vida ou religiosas. Tanto os democratas quanto os republicanos concordaram em aprovar a Lei de Justiça das Trabalhadoras Grávidas. A lei confere às mulheres grávidas direitos no local de trabalho, semelhante ao processo descrito na Lei dos Americanos Portadores de Deficiência. As adaptações devem não representar dificuldades indevidas para a empresa. Por exemplo, prevê-se pausas mais frequentes para ir ao banheiro ou de levar água para o local de trabalho. As medidas são favoráveis à família, de modo que empregadores e empregados possam se apoiar e tornar a vida um pouco mais fácil para as trabalhadoras grávidas. Também, pode desencorajar algumas de considerarem o aborto como uma opção. Até a administração Biden intervir. Quando a Comissão Federal para a Igualdade de Oportunidades de Emprego (EEOC) publicou recentemente as regras de implementação propostas pela PWFA, incluiu o aborto como uma das “condições médicas relacionadas” abrangidas pela lei. Se a proposta for aprovada e o aborto passar a estar sujeito ao PWFA, a maioria das empresas terá de dar aos seus trabalhadores permissão para fazerem um aborto ou para receberem serviços relacionados. Os pró-vidas, contrários à regra, possuem um período de 60 dias para apresentarem comentários públicos à administração para se oporem a esta regra radicalmente pró-aborto. Como muitos dos estados americanos passaram a proibir o aborto após a revogação de Roe vs Wade, entre as medidas de “acomodação”, estaria o custeamento de viagens para a empregada realizar um aborto em outro estado. Informações com o Info Católica.
Pelo Retorno à Ortodoxia e à Tradição
A conta do Sínodo da Sinodalidade do Vaticano X (antigo Twitter) compartilhou nesta semana fotos com intenções de oração manuscritas de jovens “pelo Sínodo e pela Igreja”. Nas fotos, uma das intenções pede “retorno à ortodoxia e à tradição” e outra pede para que “não se proíba a Missa Tridentina”. 🙏🌍 Young People's Prayers for the synod and the Church at the World Youth day #Lisbon2023: 🕊️ Embracing Tradition and Renewal, 🌿 Rooted in the Gospel and Christ-centered, 🌏 Reaching Out to the World.#YouthSynod #WYD2023 #FaithJourney #synod pic.twitter.com/3uPpwC0HQv — Synod.va (@Synod_va) August 28, 2023 Durante a Jornada Mundial da Juventude em Lisboa, participantes escreveram rabiscaram em post-its suas intenções. Além das duas já destacadas, uma terceira pedia uma Igreja que “não esqueça as suas verdadeiras raízes tradicionais”. “Rezo para que o Sínodo se atenha às verdades reveladas da fé católica e que os católicos que encontram realização espiritual na TLM possam ser aceites e autorizados a assistir à missa da sua escolha”, escreveu um participante. Por “TLM”, ele se referia a Missa Tradicional em Latim. Outro pediu por um “renascimento eucarístico de Nova Iorque”, esperando que o estado pudesse “encontrar esperança, estabilidade e fé na Tradição da Igreja Católica”. Os pedidos de oração contrastam fortemente com as sugestões oficiais do Sínodo da Sinodalidade. Por exemplo, o Instrumentum Laboris do Sínodo sobre a Sinodalidade destaca a necessidade de “acolher aqueles que se sentem excluídos da Igreja por causa do seu estatuto ou sexualidade”. O trecho suscitou preocupações de que o Sínodo poderia tentar desafiar o ensinamento perene da Igreja que os atos homossexuais são “gravemente desordenados”. As esperanças dos jovens para a preservação do Rito Tridentino também são contrárias a atitude do Papa Francisco com as severas restrições que ele impôs à Missa Tradicional. Também há uma ironia, visto que se pede que os fiéis participem com seus pedidos, mas os que apelam à Tradição pareçam ser ignorados por bispos que promovem a escuta dos fiéis.
Alasca é o último estado governado liderado por republicanos a tomar medidas contra homens nos esportes femininos
O Conselho de Educação do Alasca votou na quinta-feira a favor da proibição de homens competirem em equipes atléticas femininas do ensino médio. A proposta foi aprovada por unanimidade e prevê que “se uma equipe de atletismo escolar separada for estabelecida para estudantes do sexo feminino, a participação será limitada às mulheres que foram designadas como mulheres no nascimento”. Desse modo, o Alasca se torna o mais recente estado liderado por republicanos que se move para proteger as mulheres da invasão dos atletas masculinos nas competições femininas. Todos os membros do conselho foram nomeados pelo governador republicano Mike Dunleavy, que fez da proteção do esporte feminino uma de suas prioridades políticas. O procurador-geral do Alasca, Treg Taylor, um republicano que também foi nomeado por Dunleavy, deve aprovar a proposta antes que ela entre em vigor. A proposta afetaria os distritos escolares que aderem à Associação de Atividades Escolares do Alasca (ASAA), que regulamenta os esportes escolares do Alasca. Conforme o diretor da ASAA, que a regra provavelmente resultará na criação pela associação de uma divisão para meninas e outra divisão para “todos os outros estudantes”. Um distrito do Alasca, o Distrito Escolar de Matanuska-Susitna, já adotou uma política que exige que os atletas compitam com base no seu sexo real. O Departamento de Educação do Alasca se pronunciou afirmando que não há data específica para a proposta entrar em vigor. Depois que o departamento do procurador-geral Taylor analisar a medida, ela deverá ser protocolada no gabinete do vice-governador e entrará em vigor 30 dias após ser protocolada. Projetos de lei para proteger as mulheres no esporte feminino falharam repetidamente no Alasca, onde a legislatura estadual está dividida entre uma Câmara controlada pelos Republicanos e um Senado controlado pelos Democratas. 23 outros estados aprovaram leis que limitam os atletas do sexo masculino de competir em equipes femininas, no meio de uma reação generalizada ao fato de os homens com confusão de gênero dominarem os esportos femininos nos últimos anos. A Federação Internacional de Powerlifting anunciou no mês passado novos regulamentos para os chamados atletas “transgêneros” depois que a levantadora de peso masculina “Anne” Andres estabeleceu um recorde nacional feminino canadense. Informações com o LifeSiteNews.
Papa Francisco visita a Mongólia
O Papa Francisco pousou nesta sexta-feira na Mongóliga, tornando-se o primeiro papa a visitar o país soberano mais escassamente povoado do mundo. A chegada na capital da Mongólia, Ulaanbaatar, foi às 9h52, horário local, deste dia 1º de setembro. O pontífice foi recebido pelo ministro das Relações Exteriores e por uma jovem que ofereceu ao papa uma xícara de coalhada seca tradicional da Mongólia. A bordo do avião em que viajou, o Papa relatou aos jornalistas que visitar a Mongólia é encontrar “um povo pequeno, mas uma grande cultura”. “Acho que nos fará bem compreender este silêncio… compreender o que significa, mas não intelectualmente, com os sentidos. A Mongólia pode ser compreendida com os sentidos”, disse ele. Quase do tamanho do estado do Amazonas, a Mongólia tem cinco pessoas por quilômetro quadrado. 30% da sua população é nômade ou semi-nômade. Ao norte, o país faz fronteira com a Rússia e, ao sul, com China. O país também é o segundo maior sem litoral e o vasto deserto de Gobi cobre um terço do seu território. O Papa Francisco passará o primeiro dia na capital mongol descansando na prefeitura apostólica. Seu primeiro evento público será uma cerimônia de boas-vindas no dia 2 de setembro na Praça Sükhbaatar da cidade com o Presidente Ukhnaagiin Khürelsükh. Mais tarde, ele se reunirá com a pequena comunidade católica do país na Catedral da cidade. A Prefeitura Apostólica de Ulaanbaatar tem jurisdição sobre toda a Mongólia. Com 1.450 católicos no país, representando muito menos que 1% dos 3,3 milhões de habitantes, a área missionária não tem católicos suficientes para justificar uma diocese. A primeira missão moderna na Mongólia ocorreu em 1922 e foi confiada à Congregação do Imaculado Coração de Maria. À época, o governo logo suprimiu a expressão religiosa. A situação perdurou até 1992. Porém, o primeiro sacerdote nativo da Mongólia foi ordenado só em 2016. No ano passado, o Papa Francisco nomeou um italiano que serviu como missionário na Mongólia durante quase 20 anos como o cardeal mais jovem do mundo. O cardeal Giorgio Marengo, 49 anos, prefeito apostólico de Ulaanbaatar.