A empresa de chips cerebrais de Elon Musk, Neuralink, começou a buscar voluntários humanos para participarem de testes clínicos de seus chips de implantes cerebrais. No site, a empresa anunciou que “recebemos a aprovação do conselho de revisão institucional independente e de nosso primeiro hospital para iniciar o recrutamento para nosso primeiro ensaio clínico em humanos”.
O próximo estudo, conhecido como PRIME (em inglês, Inferface cérebro-computador precisa e implantada roboticamente), objetiva “avaliar a funcionalidade inicial de nossa BCI (em inglês, interface cérebro-computador) para permitir que pessoas com paralisia controlem dispositivos externos com seus pensamentos”.
A empresa de Musk, fundada em 2016 com um grupo de cientistas e engenheiros, deve usar um robô para “colocar cirurgicamente” os “fios ultrafinos e flexíveis” da “interface cérebro-computador sem fio totalmente implantável” da Neuralink em “uma região do cérebro que controla a intenção do movimento.” O estudo irá “avaliar a segurança” tanto do implante quanto do robô cirúrgico.
Conforme o anúncio, o objetivo é conceder a capacidade de os voluntários controlarem um curso ou um teclado de computador com os pensamentos.
A chamada de voluntários para testes em humanos ocorre depois que a FDA (Food and Drug Administration) deu permissão para a pesquisa da Neuralink sob uma “isenção de dispositivo investigacional” em maio de 2023.
Aqueles elegíveis para se inscrever para participar do estudo incluem “qualquer pessoa nos Estados Unidos que tenha pelo menos 18 anos e tenha a maioria conforme a lei estadual, que seja capaz de consentir e tenha tetraplegia, paraplegia, perda auditiva, incapacidade de falar e/ou amputação grave de membros (afetando acima ou abaixo do cotovelo e/ou acima ou abaixo do joelho)”.
Embora o objetivo inicial da investigação PRIME seja trabalhar com pessoas com deficiência para “restaurar a autonomia”, Elon Musk não escondeu os seus planos mais amplos para a tecnologia.
O bilionário já elogiou a tecnologia como uma salvaguarda contra a inteligência artificial (IA), que eventualmente se tornará “muito mais inteligente que os humanos” e controlará a sociedade. Para o empresário, só através da “fusão” com a IA que os humanos desenvolverão a capacidade de se manterem à frente e de se protegerem dela.