Poucos candidatos presidenciais republicanos se comprometeram com a proibição do aborto a partir da 15ª semana

Frente do Capitólio americano, em Washington. / Créditos: Freepik.

Depois que a Suprema Corte dos Estados Unidos anulou Roe v. Wade em 24 de junho de 2022, os estados recuperaram o poder de regular ou mesmo proibir o aborto. A política do aborto, no entanto, não permaneceria relegada aos estados por muito tempo, com o senador republicano Lindsey Graham, da Carolina do Sul, apresentando um projeto de lei que criaria uma proibição federal do aborto a partir da 15ª semanas de gravidez.

Nos 13 meses desde que Roe v. Wade foi derrubado, a maioria dos estados republicanos aprovou regras mais rígidas sobre o aborto, variando de proibições desde o momento da concepção, contas de batimentos cardíacos fetais ou o limite de 18 semanas em Utah. No entanto, a maioria dos candidatos republicanos que buscam desafiar o presidente Joe Biden em 2024 evitou apoiar políticas semelhantes no nível federal.

A CNA tentou contato com os presidenciáveis americanos para ver a posição deles quanto à proposta.

Da campanha de Donald Trump, a CNA não recebeu uma resposta. Porém, mesmo relutando em apoiar abertamente uma proibição federal, o ex-presidente assumiu o crédito pela decisão da Suprema Corte dos EUA de derrubar Roe v. Wade, que permitia aos estados estabelecer suas próprias leis de aborto.

No final de junho, Trump disse na conferência anual da Faith and Freedom Coalition que acredita que o governo federal deve desempenhar um “papel vital” na proteção da vida não nascida, mas não disse se isso incluiria uma proibição federal do aborto em um determinado momento da gravidez. .

Da assessoria de Ron DeSantis, também não houve resposta. O governador da Flórida sempre ficou em um distante segundo lugar atrás de Trump na indicação republicana e também evitou endossar uma proibição nacional a partir da 15ª semana. Na Flórida, porém, ele assinou uma legislação para proibir abortos após seis semanas de gravidez.

A assessoria de Nikki Haley informou que a candidata apoia a proibição a partir da 15ª semana. A ex-governadora da Carolina do Sul e ex-embaixadora nas Nações Unidas sempre obteve menos de 5% das pesquisas. Porém, afirmou, durante uma entrevista no início de julho na Fox News, que assinaria uma proibição do aborto de 15 semanas se a legislação chegar até sua mesa.

No entanto, ela observou a necessidade de alcançar 60 votos para superar a obstrução do Senado, o que significaria eleger 60 senadores pró-vida. Segundo o porta-voz que respondeu à CNA, algumas das prioridades de Haley incluem proibir o aborto tardio, salvar bebês nascidos durante um aborto malsucedido, proteger os direitos de consciência de médicos e enfermeiras, facilitar a adoção, oferecer mais recursos e apoio a mulheres grávidas e não punir mulheres que fazer abortos.

A campanha de Mike Pence não respondeu ao questionamento da CNA. Porém, ele fez forte campanha sobre a questão da vida e seu apoio às restrições ao aborto no governo federal.

Em uma publicação no X, anteriormente conhecido como Twitter, no final de julho, o candidato afirmou que os americanos pró-vida “terão um campeão na Casa Branca” se ele for eleito presidente e enfatizou que o aborto não é simplesmente uma questão de estado. No final de junho, na Fox News, ele convocou todos os candidatos republicanos a apoiarem, no mínimo, a proibição do aborto após 15 semanas.

O ex-vice-presidente Mike Pence, que obteve entre 3% e 7% nas pesquisas, ainda está aquém do limite de doadores para chegar ao palco do debate.

Em resposta à CNA, um porta-voz da campanha de Tim Scott resgatou um artigo de opinião publicado no Des Moines Register onde ele declarou seu apoio à proibição a partir da 15ª semana. Ele também disso que apoiaria a mais forte legislação pró-vida que pode passar pelo Congresso.

O político e empresário americano Vivek Ramaswamy, que obteve resultados de pesquisas esporádicos de 2% a 10%, é um dos poucos candidatos republicanos a rejeitar firmemente a proibição do aborto a partir da 15ª semana.

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