“Sheen está limpo”. Essa é a mensagem de Monsenhor Jason Gray, diretor-executivo da Fundação Arcebispo Fulton Sheen, a respeito da situação da causa de beatificação do “bispo da América”, o falecido televangelista Venerável Arcebispo Fulton J. Sheen. “Não creio que nenhuma causa para a beatificação tenha sido submetida a mais escrutínio do que o Arcebispo Sheen, tanto eclesiasticamente como civilmente”, relatou Mosenhor Gray.
Após três anos de batalhas legais, em 2019, a Arquidiocese de Nova York, onde Sheen foi enterrado após sua morte em 1979, liberou o corpo de Sheen para a Diocese de Peoria, Illinois, onde Sheen foi ordenado e serviu pela primeira vez como sacerdote. A ação permitiu que a causa de Sheen continuasse avançando, e a data para a beatificação foi marcada para 20 de setembro de 2019 – o 100º aniversário da ordenação de Sheen ao sacerdócio.
No entanto, explicou Mosenhor Gray, nessa altura foi emitida uma renúncia ao estatuto de limitações do estado de Nova Iorque para a denúncia de casos de abuso, permitindo que os casos avançassem independentemente de quando ocorreram os alegados abusos. Sheen, arcebispo titular de Newport, País de Gales, foi bispo de Rochester, Nova York, de 1966-1969.
“Realmente não se sabia na época se haveria novas alegações das quais realmente nada sabíamos”, disse Mosenhor Gray, “então havia uma preocupação de que algo pudesse surgir, por isso a Santa Sé estava hesitante [em avançar com a causa de Sheen]”.
A equipe também recebeu alguns documentos que levantavam a questão de saber se Sheen lidou ou não com casos de abuso de forma adequada na Diocese de Rochester. Mas depois de uma pesquisa cuidadosa e de uma apresentação à então Congregação para as Causas dos Santos, considerou-se que Sheen os tratou corretamente. A data da beatificação foi então marcada para 22 de dezembro de 2019.
Então o gabinete do procurador-geral de Nova Iorque estava investigando todas as dioceses do estado, por isso, considerou-se mais prudente suspender a causa. Assim, a causa de Sheen foi suspensa indefinidamente. Mas agora que o processo em Rochester está encerrando, questiona-se a situação.
“Em tudo isso, não apenas nada foi encontrado que impune Sheen”, relatou o Monsenhor “acho que suas virtudes heroicas foram confirmadas – como eu gostaria de dizer, Sheen está limpo – e podemos provar isso”.
Um escritório de advocacia em Nova York foi contratado para fazer uma revisão dos casos apresentados e constatou-se que o Venerável Fulton Sheen foi exemplar naquilo que lhe coube.
O Monsenhor Gray acrescentou que em setembro de 2022, um grupo de Peoria foi novamente ao Vaticano para se encontrar com o cardeal Marcello Semeraro, prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos, e com o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, para apresentar a sua investigação. “Roma deixou muito claro que não há problema da Santa Sé com esta causa”, relatou. “As preocupações foram levantadas do outro lado da lagoa – são os membros da hierarquia dos EUA.”
O relatório do procurador-geral de Nova Iorque ainda não foi divulgado.
“Até sentirmos que não restam dúvidas – se for necessário o relatório do procurador-geral para demonstrar o que já sabemos, o que já provamos – queremos avançar com o apoio unânime de toda a Conferência dos Bispos”, disse Monsenhor Gray. . “Tenho certeza de que chegaremos lá.”
Informações com a CNA.