Dois dias depois que um homem nu subiu ao altar-mor da Basílica de São Pedro, o arcipreste da basílica realizou um rito penitencial conforme exigido pela lei canônica nos casos em que locais sagrados são profanados. A celebração foi realizada ao meio-dia de sábado pelo cardeal Mauro Gambetti.
O homem não identificado era um cidadão polonês. Ele se aproximou do altar-mor em 1º de junho, quando a basílica estava prestes a fechar. Ele rapidamente se despiu e subiu no altar. Fotos postadas online mostravam as palavras “Salve as crianças da Ucrânia” escritas em suas costas. A data é o Dia Internacional das Crianças, no Brasil, geralmente se celebra a 12 de outubro, com Nsa Sra Aparecida do Brasil.
O altar-mor da basílica, onde o papa celebra a missa, é chamado de Altar da Confissão. Acessível subindo sete degraus, localizado diretamente acima do túmulo de São Pedro e é coroado pelo grande dossel de bronze esculpido barroco de Gian Lorenzo Bernini.
O Código de Direito Canônico e o Cerimonial dos Bispos fornecem orientações para situações em que altares ou outros espaços sagrados são violados. O cânon 1211 afirma que “os lugares sagrados são violados por atos gravemente lesivos praticados neles com escândalo para os fiéis, atos que, a juízo do Ordinário local, são tão graves e contrários à santidade do lugar que não é permitido neles praticar o culto até que o dano seja reparado por um rito penitencial conforme a norma dos livros litúrgicos”.
E o Cerimonial dos Bispos, nos números 1070-1092, especifica que os crimes que podem profanar uma igreja são aqueles que “desonram gravemente os sagrados mistérios, especialmente as espécies eucarísticas, e são cometidos para mostrar desprezo pela Igreja, ou são crimes que constituem graves ofensas à dignidade da pessoa e da sociedade”.
Um rito penitencial, seja uma Missa ou uma Liturgia da Palavra, deve ser realizado o mais rápido possível após tal profanação.