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Bispos africanos opõem-se definitivamente ao documento Fiducia Suplicans para evitar escândalos

Cardeal Fridolin Ambongo, Presidente do Simpósio da Conferência Episcopal da África e Madagascar (SECAM). | Crédito: ACI África.

Os bispos católicos africanos rejeitaram o documento Fiducia Suplicans afirmando que as bênçãos a pessoas que vivem em situação de casal irregular não podem ocorrer naquele continente.

Num comunicado tornado público nesta quinta-feira, 11 de janeiro, os bispos, através do Simpósio das Conferências Episcopais de África e Madagascar (SECAM), salientaram que as bênçãos propostas na declaração do Dicastério para a Doutrina da Fé serão escandalosas se aplicadas no continente.

“As Conferências Episcopais de toda a África, que reafirmaram firmemente a sua comunhão com o Papa Francisco, acreditam que as bênçãos extralitúrgicas propostas na declaração Fiducia Supplicans não podem ser realizadas em África sem se exporem a escândalos”, indicaram os bispos.

Os prelados acrescentaram que a Doutrina da Igreja Católica sobre o casamento cristão e a sexualidade permanece intacta.

“O contexto cultural de África, profundamente enraizado nos valores do direito natural relativos ao casamento e à família, complica ainda mais a aceitação das uniões do mesmo sexo, uma vez que são consideradas inerentemente corruptas e contraditórias às normas culturais.”, afirmaram.

Os membros do SECAM acrescentaram: “Nós, os bispos africanos, não consideramos apropriado que África abençoe uniões homossexuais ou casais do mesmo sexo porque, no nosso contexto, isso causaria confusão e estaria em contradição direta com o ethos cultural das comunidades africanas.”

Na sua declaração de cinco páginas, os bispos afirmam que a linguagem da Fiducia supplicans “permanece demasiado sutil” para ser compreendida pelas pessoas comuns e que “não é fácil justificar que pessoas do mesmo sexo que vivem em uniões estáveis não reivindiquem a legitimidade da seu estado.”

No entanto, os bispos reconheceram que alguns países do continente africano preferem ter “mais tempo para aprofundar a declaração, que oferece a possibilidade destas bênçãos, mas não as impõe”.

Informações com a ACI África.

Henrique Weizenmann

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