Face o crescente número de pessoas que escolhem a cremação para os seus entes queridos falecidos e depois optam por dispersar as cinzas na natureza, o Cardeal Zuppi apresentou duas questões ao Dicastério para a Doutrina da Fé. As questões foram também motivadas pelo desejo de que “não prevaleçam” as “razões econômicas” sugeridas pelo menor custo associado à dispersão de cinzas; e pelo desejo de dar indicações “sobre o que fazer com as cinzas uma vez expirado o prazo para a sua conservação”, com a intenção não só de corresponder aos pedidos dos familiares, mas “mais importante, com a proclamação cristã da ressurreição do corpo e o respeito que lhe é devido”.
A primeira pergunta foi:
“Tendo em conta a proibição canônica de espalhar as cinzas dos defuntos, é possível preparar um lugar sagrado definido e permanente para a acumulação e preservação conjunta das cinzas dos batizados, indicando os princípios básicos, detalhes de cada pessoa para não perder a memória de seus nomes, à semelhança do que ocorre nos ossários, onde os restos mineralizados dos falecidos são depositados e preservados cumulativamente?”
E a segunda:
“Pode uma família ter permissão para guardar uma parte das cinzas de seu familiar em um local que seja significativo para a história do falecido?”
A resposta, assinada pelo prefeito do Dicastério, o cardeal Victor Fernández, e aprovada pelo Papa Francisco em 9 de dezembro, foi afirmativa para ambas as perguntas.
Em primeiro lugar, recorda-se que, segundo a Instrução Ad resurgendum cum Christo (n.º 5), de 2016, “as cinzas devem ser guardadas em local sagrado, como o cemitério, ou em espaço dedicado a esse fim, desde que tenha assim designado pela autoridade eclesiástica.”
O documento prossegue lembrando que “a fé nos diz que seremos criados com a mesma identidade corporal, que é material […] ainda que essa matéria seja transfigurada, libertada das limitações deste mundo”. Neste sentido, “a ressurreição será ‘nesta carne em que vivemos’”. Mas esta transformação “não implica a recuperação das partículas idênticas de matéria que outrora formaram o corpo do ser humano”. Portanto, “o corpo do ressuscitado não consistirá necessariamente dos mesmos elementos que tinha antes de morrer. Como não se trata de uma simples revivificação do cadáver, a ressurreição pode ocorrer mesmo que o corpo tenha sido totalmente destruído ou disperso.”
Assim, em resposta à pergunta do Cardeal Zuppi, o Dicastério afirma que “um lugar sagrado definido e permanente pode ser reservado para a acumulação e preservação conjunta das cinzas dos falecidos batizados, indicando a identidade de cada pessoa para não perder a memória de seus nomes.”
Em resposta à segunda pergunta, o Dicastério afirmou que “a autoridade eclesiástica, conforme as normas civis vigentes, poderá considerar e avaliar o pedido de uma família para preservar de forma adequada uma parte mínima das cinzas de seu parente em local significativo para a história do falecido, desde que seja descartado todo tipo de mal-entendido panteísta, naturalista ou niilista e também desde que as cinzas do falecido sejam guardadas em lugar sagrado.”
Informações com o Vatican News.
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