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Papa Francisco reforma estatutos da Pontifícia Academia de Teologia

Papa Francisco e Catholicos Garegin II, em cerimônia ecumênica na Praça da República, Yerevan, Armênia, junho de 2016. Créditos: Wikimedia Commons.

O Papa Francisco publicou hoje Carta Apostólica em forma de motu proprio Ad theologiam promovendam, através do qual reforma os estatutos da Pontifícia Academia de Teologia, pertencente ao Dicastério para a Cultura e a Educação da Santa Sé.

No documento, o Papa Francisco recorda que a Pontifícia Academia de Teologia encarna constantemente “a exigência de colocar a teologia ao serviço da Igreja e do mundo”, modificando a sua estrutura e ampliando os seus objetivos quando necessário. Conforme o Santo Padre, a prática da teologia no futuro “não pode limitar-se a repropor abstratamente fórmulas e esquemas do passado”, mas é chamada a interpretar profeticamente o presente e a “discernir novos caminhos para o futuro”.

“Depois de quase cinco décadas, chegou o momento de rever estas normas, para torná-las mais adequadas à missão imposta pelo nosso tempo à teologia. Uma Igreja sinodal, missionária e em saída só pode corresponder a uma teologia em saída», escreveu o Sucessor de Pedro.

Neste sentido, o Sumo Pontífice sublinha que a reflexão teológica é chamada a uma mudança de rumo e de paradigma, a uma “brava revolução cultural”, que a compromete a ser uma ciência que sabe “ler e interpretar o Evangelho” conforme o contexto e as diferentes realidades que os homens vivem atualmente.

Para o Papa Francisco, a teologia desempenha um papel predominante na promoção de diálogos entre diversas culturas e religiões, sendo sua tarefa “a marca trinitária que faz do cosmos em que vivemos ‘uma rede de relações’ na qual ‘é característico de todo ser vivo tender para outra coisa’”.

O Santo Padre também convida a um diálogo “dentro da comunidade eclesial”, a fim de promover a sinodalidade, que compromete “os teólogos a fazer teologia de forma sinodal, promovendo entre eles a capacidade de escuta, de diálogo, discernir e integrar a multiplicidade e variedade de instâncias e contribuições”.

Henrique Weizenmann

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