O Papa Francisco pousou nesta sexta-feira na Mongóliga, tornando-se o primeiro papa a visitar o país soberano mais escassamente povoado do mundo. A chegada na capital da Mongólia, Ulaanbaatar, foi às 9h52, horário local, deste dia 1º de setembro. O pontífice foi recebido pelo ministro das Relações Exteriores e por uma jovem que ofereceu ao papa uma xícara de coalhada seca tradicional da Mongólia.
A bordo do avião em que viajou, o Papa relatou aos jornalistas que visitar a Mongólia é encontrar “um povo pequeno, mas uma grande cultura”. “Acho que nos fará bem compreender este silêncio… compreender o que significa, mas não intelectualmente, com os sentidos. A Mongólia pode ser compreendida com os sentidos”, disse ele.
Quase do tamanho do estado do Amazonas, a Mongólia tem cinco pessoas por quilômetro quadrado. 30% da sua população é nômade ou semi-nômade. Ao norte, o país faz fronteira com a Rússia e, ao sul, com China. O país também é o segundo maior sem litoral e o vasto deserto de Gobi cobre um terço do seu território.
O Papa Francisco passará o primeiro dia na capital mongol descansando na prefeitura apostólica. Seu primeiro evento público será uma cerimônia de boas-vindas no dia 2 de setembro na Praça Sükhbaatar da cidade com o Presidente Ukhnaagiin Khürelsükh. Mais tarde, ele se reunirá com a pequena comunidade católica do país na Catedral da cidade.
A Prefeitura Apostólica de Ulaanbaatar tem jurisdição sobre toda a Mongólia. Com 1.450 católicos no país, representando muito menos que 1% dos 3,3 milhões de habitantes, a área missionária não tem católicos suficientes para justificar uma diocese.
A primeira missão moderna na Mongólia ocorreu em 1922 e foi confiada à Congregação do Imaculado Coração de Maria. À época, o governo logo suprimiu a expressão religiosa. A situação perdurou até 1992. Porém, o primeiro sacerdote nativo da Mongólia foi ordenado só em 2016.
No ano passado, o Papa Francisco nomeou um italiano que serviu como missionário na Mongólia durante quase 20 anos como o cardeal mais jovem do mundo. O cardeal Giorgio Marengo, 49 anos, prefeito apostólico de Ulaanbaatar.
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