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Vaticano publica lista com os participantes da próxima assembleia do Sínodo da Sinodalidade

Abertura da XV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos na Sala do Sínodo, Vaticano, 3 de outubro de 2018. | Daniel Ibáñez/CNA.

O Vaticano divulgou os nomes dos participantes da próxima assembleia do Sínodo sobre a Sinodalidade em outubro, incluindo leigos que serão delegados votantes plenos em um sínodo da Igreja Católica pela primeira vez. Na lista, representantes selecionados pelas Conferências Episcopais e pelas Igrejas Orientais Católicas, líderes da Cúria Romana e 120 delegados selecionados pessoalmente pelo Papa Francisco.

No total, 363 pessoas poderão votar na 16ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, segundo estatísticas divulgadas pela Sala de Imprensa da Santa Sé em 7 de julho. Entre elas, 54 dos delegados votantes são mulheres.

Além dos membros votantes, outros 75 participantes foram convidados para a assembleia sinodal para atuar como facilitadores, especialistas ou assistentes espirituais.

Entre os nomes escolhidos diretamente pelo Papa Francisco, está o padre jesuíta americano James Martin, um comentarista frequente das questões LGBTQ; o ex-prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Cardeal Gerhard Ludwig Müller; o Cardeal Blase Cupich, de Chicago; o cardeal americano Wilton Gregory, de Washington, D.C.; o arcebispo Paul Etienne, de Seattle; o cardeal Sean O’Malley, de Boston; e o cardeal Robert McElroy, de San Diego.

A lista completa de participantes pode ser lida aqui.

Durante a assembleia de quase um mês, os delegados discutirão questões colocadas no recém-lançado Instrumentum laboris, que cobre tópicos polêmicos como mulheres diáconas, celibato sacerdotal, questões LGBTQ e destaca o desejo de novos órgãos institucionais para permitir uma maior participação na tomada de decisões pelo “Povo de Deus”.

Em uma mudança em relação aos sínodos recentes, o Papa Francisco dividiu a assembleia-geral em duas sessões, a primeira a ser realizada em outubro de 2023 e a segunda em outubro de 2024. Segundo o cardeal Mario Grech, chefe do escritório sinodal do Vaticano, as conclusões serão alcançadas somente após a segunda sessão em 2024. Ao final da primeira sessão deste ano, a liderança sinodal proporá aos participantes algumas ideias sobre o que fazer entre as duas sessões.

O Sínodo da Sinodalidade da Igreja Católica está em andamento desde outubro de 2021. Ao final do processo, em 2024, os participantes da assembleia sinodal votarão um documento final consultivo que será apresentado ao Papa, que poderá decidir, se quiser, por adotar o texto como um documento papal ou escrever o seu próprio na conclusão do sínodo.

Henrique Weizenmann

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