Atualidade

Padres franceses portarão identidade digital para mostrar situação canônica

Créditos: Adobe Stock

Os padres na França serão obrigados a carregar cartões de identidade digitais para os fiéis poderem verificar se eles foram afastados. Os cartões poderão ser escanear com o celular e o resultado será uma luz verde, laranja ou vermelha, dependendo do status e do histórico do padre.

O novo sistema anunciado na Conferência dos Bispos da França foi projetado para tornar a igreja mais transparente, mas foi criticado como frívolo.

A ideia é que o cartão de identificação mostre se um padre está qualificado para presidir a missa ou ouvir confissões, mas o código também revela se o padre foi destituído do status clerical. O cartão não indica por que um padre foi destituído desse status, mas o código de cor vermelha servirá para sinalizar que o padre pode ter enfrentado acusações de abuso sexual.

A luz laranja pode simplesmente indicar que um padre é recém-ordenado e não está totalmente qualificado para presidir uma missa.

Os padres católicos franceses já são obrigados a portar um “celebret”, documento em papel que confirma sua profissão e qualificação. Críticos afirmam que os documentos são difíceis de manter atualizados e que chegou a hora de um banco de dados digital centralizado. A nova carteira de identidade também deve ajudar a reprimir padres impostores.

Sob o sistema de código de cores, o verde indica que o padre está totalmente autorizado a conduzir a missa, enquanto o laranja significa que algumas restrições não reveladas foram impostas a ele e o vermelho significa que o padre foi destituído do status clerical.

O banco de dados que lista a situação de cada padre será atualizado uma vez por ano, ou imediatamente em casos de infrações graves, segundo os relatórios. Os bispos já receberam seus cartões, enquanto os 18.000 diáconos e padres restantes devem recebê-los até o final do ano.

As discussões sobre carteiras de identidade digital na Igreja Católica francesa começaram em 2021, quando foi lançado um grande relatório da Comissão Sauvé, que apontou cerca de 216.000 crianças, principalmente meninos, abusadas pelo clero desde 1950. Nele, uma série de recomendações para prevenir o abuso, mas nenhuma deleas envolvendo carteiras de identidade digitais.

Henrique Weizenmann

Recent Posts

Crianças cobaias?

No dia 28 de setembro de 2023, morreu Yonatan Moshe Erlichman, um menino israelense de…

8 meses ago

Seis ativistas pró-vida condenados a até uma década de prisão

Seis ativistas pró-vida foram condenados na terça-feira por violar uma lei federal que proíbe os…

9 meses ago

Cresce a espiritualidade de martírio na Nigéria

2023 foi um ano difícil para o Ir. Peter Olarewaju, postulante do Mosteiro Beneditino na…

9 meses ago

DeSantis abandona corrida eleitoral nos EUA

O governador da Flórida, Ron DeSantis, abandonou a corrida eleitoral nos EUAs e declarou apoio…

9 meses ago

Dois terços dos americanos apoiam alguma restrição ao aborto

Em pesquisa divulgada pelos Cavaleiros de Colombo, cerca de dois terços dos americanos apoiam algum…

9 meses ago

México virou destino de “turismo de aborto”

María Lourdes Varela, diretora da América Latina da campanha de oração 40 Dias pela Vida,…

9 meses ago

Este site utiliza cookies.